quinta-feira, 29 de agosto de 2013

LARÊDO E CAMETAENSE PODERIA SER RAINHA DE PORTUGAL

A TRAGÉDIA DA RUA DO ARSENAL OU AMÉLIA LARÊDO, UMA TRAGÉDIA PORTUGUESA. É O NOME DO ROMANCE HISTÓRICO DO ESCRITOR MARROQUINO, JEAN PAILLER, QUE MORA EM PARIS ONDE VEM EDITANDO SEUS INÚMEROS LIVROS, TODOS, SUCESSO DE CRÍTICA E DE PÚBLICO.

Salomão Larêdo, Escritor e Jornalista

Histórias da Família LARÊDO
Há uns vinte anos, pelo menos, mantenho contato com Jean Pailler que foi o primeiro a procurar -“... espero que se lembre dos nossos contatos de alguns anos antes, quando eu procurava informação sobre Amélia Laredo e Murça...” - e encontrar-me por conta de uma longa história que pode assim ser resumida: Jean, de 1975 a 1979 foi adido cultural da Embaixada Francesa, em Lisboa e ficou fascinado pela cultura portuguesa, iniciou pesquisas referente a fase final da monarquia em 1908 e cai-lhe às mãos - entre acontecimentos dramáticos da situação econômica e os primeiros golpes republicanos - uma perigosa conspiração política e uma paixão secreta entre o príncipe d. Luis Filipe e uma jovem brasileira. Jean começou, através de e-mail, querer saber qual meu parentesco – SALOMÃO LARÊDO - com Amélia Laredo e Murça, cuja filha – Maria Pia - pretendeu, toda a vida, ser filha do rei Dom Carlos.
Maria Pia
A história é longa. Dona Maria Pia de Bragança (1907/1995) seria filha do príncipe Dom Luiz Filipe (filho mais velho do rei dom Carlos e da rainha D. Amélia), que namorou Amélia Larêdo, brasileira, de Cametá, porém, as circunstâncias do destino fizeram com que fosse batizada em Madrid como sendo filha de dom Carlos, para não prejudicar o príncipe Luiz Filipe, que era herdeiro da coroa.

príncipe Dom Luiz Filipe
ROMANCE HISTÓRICO
Diante dos protagonistas da história, o escritor Jean Pailler não teve outra saída, a não ser escrever um romance histórico denominado “A TRAGÉDIA DA RUA DO ARSENAL”,que na França, em sua edição original, o romance tem o título de “AMÉLIA LAREDÓ, UNE TRAGÉDIE PORTUGAISE”, uma ficção com os elementos que amealhou em sua pesquisa, para que a história ficasse registrada, não prejudicasse ninguém – porque é um livro de ficção - e ele mesmo, Jean Pailler, o autor, conseguisse seguir em frente na prospecção sem ser perseguido, de vez, que não pode afirmar com categoria, comprovadamente provado, o que havia descoberto e daí, a saída, fazer o romance histórico, tecer ficção com os elementos pesquisados.


Essa situação ensejou outro livro de Jean Pailler – DONA MARIA PIA, A MULHER QUE QUERIA SER RAINHA DE PORTUGAL - e o outro livro “DOM CARLOS”.


PESQUISA QUE A ÁUSTRIA SOLICITOU SOBRE A FAMÍLIA LARÊDO

Avisei a Embaixada da Aústria – que contatou-me, faz tempo, por carta consular - de que não havia encontrado, em minha pesquisa, nada sobre Amélia Larêdo, filha do Barão da Borracha, Armando Mauricio Laredo e Laredo e de sua mulher, a Baronesa Maria Amélia Murcia y Beheren, de Cametá e educada em Belém. Vale registrar que os Laredo procedem do norte da Espanha. Da minha parte, meu bisavó é o velho Jacob Bensabath Laredo, que, proveniente do Marrocos, chegou a Cametá, fixou-se em Vila do Carmo e casou com Tereza Barroso Larêdo da Costa, com quem teve dois filhos: Manuel e José, meus avós, que se assinavam, Larêdo da Costa, de acordo com o costume espanhol, da época: o nome da mãe vinha por último.

MARIA PIA E LADY LARÊDO SE CONHECEM A BORDO DE UM NAVIO DOS SNAPP


Maria Pia

De minha parte, informei Jean Pailler do que sabia e falei de meu livro “A Família Larêdo”, com mais de 900 páginas com material que consegui pesquisar sobre esta família cametaense e remeti-lhe o livro “Vila do Carmo do Tocantins”, que contém uma síntese da história da família Laredo e onde relatei que minha mãe, Lady havia-me contado, que, numa de suas viagens, no mês de junho, no navio da SNAPP, que fazia a linha Belém/Tucuruí, o encontro que teve, na década de 1950 com uma senhora bonita e elegante que estava a bordo nessa viagem e ao ouvir o nome de minha mãe (Lady Larêdo) imediatamente sorriu e veio conversar procurando saber tudo de nossa família e como desembarcaria em Cametá e tinha muito que saber, insistiu, com minha mãe para ali ficar, o que não era o destino da viagem de minha mãe.

Lady Larêdo

Essa senhora foi muito carinhosa e afetuosamente se despediu dizendo ser parente de minha mãe. Diante desse fato, Jean Pailler deduziu que essa senhora era a Dona Maria Pia de Bragança, que estava viajando a procura de seus parentes, de seus antepassados e de sua história, entre os quais seu bisavô Moisés Abraão Laredo, de Cametá. Dona Maria Pia, depois retornou a Roma onde fixou residência, morreu em 1995 e foi enterrada. Jean Pailler municiou-me, como citado, com livros e outros dados e com cópias de fotos e documentos, certidões de batismo e outros, de Maria Pia, remetidos via internet.

Livro "Família Larêdo", de Salomão Larêdo

GRANDE ESCRITOR JEAN PAILLER


Jean Pailler

Continuamos – eu e o grande escritor Jean Pailler (Jean Pailler nasceu em Casablança. Em Paris, estudou Ciências Políticas, Inglês e Espanhol. Livros publicados: D. Carlos I – Rei de Portugal, Portugal - A Primavera dos Capitães - dentre outras obras, ficção, ensaios, artigos, pesquisas) - a nos corresponder – sempre na esperança de que, em nossas pesquisas, surjam novidades sobre o affaire de uma Larêdo, de Cametá, com a Família Real Portuguesa. Jean Pailler é preclaro amigo, entusiasta e admirador do Brasil, do seu povo, de Cametá e da Vila do Carmo, que conhece de literatura e breve estará entre nós para conhecer Cametá, sobretudo a Vila do Carmo e banhar-se nas águas do mais bonito rio do mundo, o Tocantins. (Texto: Salomão Larêdo).



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Leia
Salomão Larêdo
O melhor da Literatura Brasileira produzida no Pará



FAMÍLIA LARÊDO-Origens(hebraica) e desenvolvimento - memória emotiva, social, histórica, afetiva: Livro sobre a família de Milton e Lady Larêdo, contém 980 páginas com dados que podem ajudar, no futuro, quem desejar iniciar pesquisa sobre os assuntos tratados, inclusive no âmbito histórico, político, cultural, artístico, usos, costumes, crenças, informes gerais da Família Larêdo e outras e assuntos variados referente a Vila do Carmo - terra dos Larêdo - e seu entorno nos municípios de Cametá e Mocajuba. Formato: A4. Impressão: processo xerográfico (policopiação).


VILA DO CARMO DO TOCANTINS: texto contendo registro da história memorial social, afetiva, histórica, política, cultural e familiar, modus vivendi do povo cametaense que habita a vila e seus entornos; a Festa do Carmo e o que o autor chama de paisagens de afetos, textos de ternura, memórias carinhosas, depoimentos e entrevistas com moradores é também um painel fotográfico.











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