Uma espécie de mundiação plena, atração fatal tem a Vila de Nossa Senhora do Carmo do Tocantins, em Cametá, região do Baixo-Tocantins. Quem nasce lá na Vila, quem pisa em seu solo, se banha em suas águas, recebe indelével enfeitiçamento e nunca mais olvida essa lugar encantado e por isso, todo ano, no mês de julho das férias, faz o impossível para estar presente na “Festa do Carmo”. Meus bisavós, avós , pais, tios, primos , eu e meus cinco irmãos nascemos na Vila do Carmo vendo o majestoso rio Tocantins e os rostos brancos e arredondados das imagens grande e pequena, de roca, da Virgem do Carmo e seu filho, antes, nos altares da igreja velha e depois, na igreja construída sob a direção do pe. Guilherme, do grupo de sacerdotes holandeses que dirigia a prelazia de Cametá e a firme liderança de Ana Gonzaga Larêdo, presidente da comunidade.
O encantamento talvez proceda
das águas, das matarias do entorno, das catingas de mulata, das preamares, das
ilhas e vilas próximas: Moiraba, são Benedito, Monteiro, Furtados, Marinteua, Preguiças, Baxo; talvez das melodias das cantorias dos banguês
do tio Félix, das canções das lavadeiras
na beira do rio lavando roupa com sabão de cacau e folhagens que dão cheiros
cheirosos aos panos e lençóis das alvas
quentes e ardentes alcovas e alvoradas
de foguetes e cantigas de benzeção do seu Alves ou a matintapereragem da tia
Rosa; talvez das contrições do povo nas procissões e nos afagos à santa na
missa da irmandade do “dia da festa”, na simplicidade de sua gente; nos duarvos
e lanzudos, fifites e jatuaranas que donalady cozia com alfavaca
chicória para o Milton e filharada com muita ternura; talvez proceda da amizade dos
Cota, gente-irmã-vizinha do são Benedito, dos Barroso, dos Braga, dos Almeida,
dos Filgueira, Fiel, Brito, Américo,Tenório,Gonzaga, Capela, Medeiro,Gaia,
Dornela, Freita, Vanzeler, Vicência, Conceição, Vidico e Joana Baia, Antonia,
Pombito Tiruti, Leôncio Moraes, Bebé, Nestor, Leonel, Zérnani e outras pessoas
amigas e famílias que construíram
intensa vida cultural ; talvez da
negritude dos Torra, entre nicanores e pachulitas; talvez das palmas de pão, dos doces dos Furtados,
dos beijus-chica, dos beijos de moça, das gengibirras, das mandiocabas;
talvez das piadas do Coroca, da
musicalidade dos Satiro de Melo e tantas outras manifestações da arte e do
engenho do povo carmoense.
Tentando registrar tudo isso e muito mais, elaboramos um livro de 900 páginas que conta a origem e a história da família Larêdo, seu começo hebraico, em Santander na Espanha, passando pelo Marrocos e chegando à Amazônia rumo de Cametá por meio do velho Jacob, judeu sefardita que nos precedeu nesta jornada que mostra os primórdios da Vila, seu povo, seu rosto, sua cultura e lógico todo o encantamento que se explica no mythus grego pela intensa fé que todos temos na Virgem do Carmo que nos guia e nos protege, hoje e sempre em todas as vilas e vidas e festas do Carmo na querida Vila do Carmo do Tocantins do Artênio, Jacob, Jaime, Moisés, Raquel,David, Zita, Pêca, Domingas e também do Abrão, Zéisaac, Adalcinda e Ocirema.
Tentando registrar tudo isso e muito mais, elaboramos um livro de 900 páginas que conta a origem e a história da família Larêdo, seu começo hebraico, em Santander na Espanha, passando pelo Marrocos e chegando à Amazônia rumo de Cametá por meio do velho Jacob, judeu sefardita que nos precedeu nesta jornada que mostra os primórdios da Vila, seu povo, seu rosto, sua cultura e lógico todo o encantamento que se explica no mythus grego pela intensa fé que todos temos na Virgem do Carmo que nos guia e nos protege, hoje e sempre em todas as vilas e vidas e festas do Carmo na querida Vila do Carmo do Tocantins do Artênio, Jacob, Jaime, Moisés, Raquel,David, Zita, Pêca, Domingas e também do Abrão, Zéisaac, Adalcinda e Ocirema.
2 comentários:
Prezado Salomão, aqui fala um conter-
raneo residente aqui no Rio de Janei-ro, Antonio Barroso Tenório, filho do
Raimundo Tenório e Da.Juruty,vizinhos
Saí dai descalço e confesso com orgu-lho que cheguei aqui, mas orgulho maior, é ver que você chegou mais longe ainda, pois, constantemente vejo na internet noticias suas, colocando nossa terra em evidência.
Estou na casa de 83,se vivo for,
ainda pretendo encontra-lo num mês de julho. se Deus quiser.Um abraço, recomndações a "Familia"
Prezado Salomão:Com satisfação e orgu
lho leio"Encantamento".Os nomes citados, conheço todos. com ternura,relembro o Professor Laredo, com a palmatória na mão, ensinando taboada. Saí daí descalço e, graças a
ÊLE, cheguei até aqui, assim como você, que chegou mais longe ainda, no topo. Palmas para êle e uma estátua,alí mesmo,ao lado da igrejinha,para homenagear um dos
maiores bemfeitores daquele torrão
barroso-cruz@bol.com.br
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