Salomão Larêdo, escritor e jornalista
Cametá-PA
Sobretudo após as rezas de ladainha ou nas festas de santo, pessoal do Baixo Tocantins servia chocolate com gema de ovo e farinha de tapioca aos convidados sentados no banco ao redor do salão, que saboreavam essa iguaria de nossa cozinha, a chocolateira tisnada fumegando e os ovos batidos nas bacias, branquinhos parece neve avultavam nas xícaras, gostosura de alimento e convivência nas comunidades de nosso interior entre gente fraterna que sabia unir as orações com a liturgia e as ações do serviço.
O costume, permanece e, pelo menos em Cametá preservamos a feitura do pão de chocolate após a colheita do cacau nativo; depois vem a seca no tupé, sob o sol, no trapiche, a torra das pivides e o fabrico da massa no pilão, socado com a mão de pilão que depois é enformado com as mãos do fabricante, virando pão próprio ao uso preservando, nas latas, essa preciosidade ao consumo continuo.
Profa. Lucilena Gonzaga e Salomão Larêdo
E um desses presentes preciosos – pão de chocolate – ganhei, em minha recente estada na deliciosa Cametá dos meus afetos, da querida amiga, a professora Cica - Lucilena Gonzaga-, quando lá estive lançando o “Terra dos Romualdos País dos Maparás”.
Pão de chocolate
E para recordar os tempos das ladainhas dos santos, em latim, na minha inesquecível Vila do Carmo do Tocantins, a nossa Márcia vai elaborar esse néctar dos deuses que, junto com Maria Lygia, será saciado o desejo dessa iguaria paraense, como disse, gostosa, porém gordurosa,apetitosa e afrodisíaca!!!!!
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