“NUNCA VIRAM NADA IGUAL: o povo
sofrendo, morrendo e cantando, alegre, fazendo festa, de tudo arranjando uma
maneira de fazer piada, driblar a sorte, a vida, empurrá-la para a frente, e de
nada, nada reclamava. Viviam todos aprisionados naquele pedaço infecto,
segregados, abandonados. Lá fora, a fartura, o luxo, a riqueza... E eles na
miséria, comendo cata de lixo, pés e cabeça de frangos que a caridade alheia
ainda fazia chegar até eles (...) Como é possível dizer que se vive num
ambiente daqueles? Como é possível dizer que se vive, existir vida, no sentido
de que vida seja existir com dignidade, com a segurança de bens comuns, de
infraestrutura, de reais condições? Quem está dentro sabe que deve dar a volta
por cima, deve reinventar para poder dar vida ao que não existe.”
Te interessaste, leitor e
leitora? Leiam o livro CABARÉ DOS BANDIDOS e saibam mais sobre a realidade do
bairro do Guamá, ambientada em um cenário repleto de desigualdade social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário