terça-feira, 19 de novembro de 2019




“NUNCA VIRAM NADA IGUAL: o povo sofrendo, morrendo e cantando, alegre, fazendo festa, de tudo arranjando uma maneira de fazer piada, driblar a sorte, a vida, empurrá-la para a frente, e de nada, nada reclamava. Viviam todos aprisionados naquele pedaço infecto, segregados, abandonados. Lá fora, a fartura, o luxo, a riqueza... E eles na miséria, comendo cata de lixo, pés e cabeça de frangos que a caridade alheia ainda fazia chegar até eles (...) Como é possível dizer que se vive num ambiente daqueles? Como é possível dizer que se vive, existir vida, no sentido de que vida seja existir com dignidade, com a segurança de bens comuns, de infraestrutura, de reais condições? Quem está dentro sabe que deve dar a volta por cima, deve reinventar para poder dar vida ao que não existe.”

Te interessaste, leitor e leitora? Leiam o livro CABARÉ DOS BANDIDOS e saibam mais sobre a realidade do bairro do Guamá, ambientada em um cenário repleto de desigualdade social.




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