terça-feira, 9 de maio de 2017

Filiação partidária. Novo partido. Veja como entrar nessa e mudar a situação, pra melhor, é claro! Partido da Educação, da Cultura e da Leitura.

PARTIDO DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DA LEITURA
Salomão Larêdo*

Estará criado e fundado o Partido da Educação, da Cultura e da Leitura quando toda a sociedade assim desejar acontecer diferente do que se pratica no atual sistema. Quem quiser ser desse partido basta sentir-se educador e sair praticando ações políticas que efetivamente contribuam para melhorar essas e outras questões (saúde, saneamento, transporte, moradia etc.) de que tanto nos preocupam e, então marcar o tempo da colheita.

Em 2050, a situação da nova sociedade humana e democrática, certamente terá mudado, pois já teremos muitos anos de tenso e intenso investimento e trabalho nestas áreas, que é possível antever como as coisas vão ficar.

Quem quiser, nesse partido, ser e ter o titulo de parlamentar: vereador, deputado, senador, conselheiro, deve começar instalando espaços de leituras, arrecadando livros, ensinando a ler, formando leitor e ao se apresentar para a função, ter consciência de que receberá apenas o título de cidadania, sem remuneração ou retribuição de nenhum tipo e de que assume o encargo do cargo tudo em benefício do bem comum.

Investindo em educação, cultura e leitura durante uns trinta anos, certamente veremos mudar a face de nossa comunidade, é uma utopia (sem, distopia), mas, devemos fazer esta experiência para ver se melhoramos a relação interpessoal, o cuidado, o respeito, o valor que o outro tem diverso do meu. Todos terão que ser alfabetizados, todos têm que ter educação de base, escola com qualidade, em toda parte, sobretudo aqui nas beiras dos nossos rios amazônicos, como foi feito, com muita dignidade, por exemplo, há coisa de uns dois no interior cametaense com escolas funcionando em prédios bonitos, salas de aulas confortáveis, atraentes, gostosas e prazerosas de se estar num ambiente acolhedor, equipadas com material do bom e do melhor, merenda escolar farta e nutritiva, tudo, direito da pessoa humana que pode e deve crescer para fazer parte de sociedade menos desigual e cada vez mais de convivência humana e fraterna, de respeito, de estima, das mesmas oportunidades.

Vamos alfabetizar, ensinar a ler, formar leitor. Essa a base de trabalho de político que se interessa pelo bem estar de seu semelhante. Esse é o partido de que precisamos, quem toma a iniciativa de tomar partido da leitura, do livro, do leitor com senso crítico.

Para isso, faz-se necessário remunerar bem o professor, garantir emprego e renda aos pais dos alunos, a família participando da vida comunitária, atenta ao movimento escolar, todos escolhendo os docentes, a gestão participativa, o que deve conter nos currículos, qual o acervo de livros a biblioteca deve priorizar.

Nesse partido, todos nós já estamos automaticamente filiados e todos nós queremos eleger sempre a cultura, a leitura e a educação de nossa gente, de nosso povo, como prioridade, objetivo de vida ao bem comum de todos em todas as áreas. 

(Publicado no jornal O Liberal (impresso) – Belém do Pará, edição do dia 25 de Maio de 2017, Caderno Atualidades, página 2)

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