sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A IMPORTANTE PAIXÃO DE STÉFANO POR BAIÃO E PELO CINEMA QUE PORTA CONSCIÊNCIA CRÍTICA E POLÍTICA AO POVO DA AMAZÔNIA TOCANTINA!

Salomão Larêdo, escritor e jornalista

Stéfano Paixão

Stéfano (que conta com meu apoio ao seu trabalho, solidariedade às dificuldades e estímulo à não desistência, nunca), que porta, naturalmente, consigo a Paixão no nome, é um jovem  corajoso e destemido (intemerato e intimorato)  produtor cultural  ganhador de prêmios  no Pará e nas Minas Gerais (paraense, de Baião)  e que no peito e na raça realiza na praça, para o seu povo da poética Baião,  a  “ II Mostra de Cinema Paraense de Baião”. 


Isso é que se chama arte, todas, não apenas a sétima, porque só sendo artista, tendo amor à arte, sensibilidade estética e poética para, com a cara e a coragem, sem nenhum apoio público ou privado como ele mesmo anuncia, inovar, fazer o filme e ir mostrar ao seu povo e pensando coletivamente, seduzir outros a ir mostrar também seus trabalhos que dão muito trabalho – são muitos os filmes que serão vistos, com direção e artistas diferentes, todos, paraenses - na mostra que começa hoje, até porque, arte, se faz para o outro, junto com outros. 


Stéfano é corajoso porque faz arte no interior amazônico, na região do Baixo-Tocantins (aqui, além de termos o chamado custo amazônico, estamos distantes do eixo cultural do Brasil, sem apoio dos governos, dos empresários, das instituições, sem equipamentos, com material deficiente e tanta gente puxando pra trás e torcendo pra não dar certo, que só o cara sendo passado na casca do alho e tendo o corpo fechado aos quebrantos, feitiços, puçangas, pajelanças e mal dizeres, consegue e prova às exigentes musas da arte, que é mesmo,  artista porque faz arte tirando leite de pedra)  que  e sai pra mostrar  ao público  na estação  das chuvas, período  de tempo  mais instável, o chamado inverno amazônico e na cidade que está mais perto das nuvens, portanto, mais sujeita a chuvas e trovoadas. Mas, Stéfano, que adora desafios, sabe o que faz e faz tão bem que ,inobstante todas as barreiras, dificuldades, desestímulos , negação de todo jeito e tipo, não desiste de sua arte, não desgruda da arte e produz e faz, obedecendo  a regra  básica do cinema: luz, câmera, ação e ação tem que  acontecer, tem que se dar e neste caso é uma ação política que objetiva levar cultura à sua gente para que   surja  a consciência crítica, política, artística, a consciência cidadã que  forma subjetividade à cultura e faz pensar e muda a sociedade, pra melhor é claro. 


Stéfano faz (e sempre muito bem) a sua parte, com arte, atento às mudanças que virão e nessa mesma crença, façamos todos nós, com a nossa arte de ver, a nossa participação nessa mudança que virá, porque essa mostra de cinema carrega consigo a instrução, o ensino, a educação, a cultura e a arte, raiz da cultura popular paraense e amazônica, logo, universal, alicerce de todos que fazem cinema, que fazem arte, que fazem o povo ficar mais sábio e feliz. Parabéns Stéfano; parabéns cineastas e toda gente ligada à arte; parabéns Baião; parabéns povo do Baixo-Tocantins.


P.S. Tenho absoluta certeza que o prof. dr. Doriedson Rodrigues,  com toda sua sensibilidade   de educador e de amor às artes e a cultura, que é  o coordenador do campus da UFPA em Cametá que envolve também o núcleo de Baião, dá total apoio e incentivo a esse investimento e realização do Stéfano Paixão e recomenda que  os alunos dos cursos  superiores de Baião e Mocajuba  apoiem e participem ativamente dessa mostra que pode servir  ao currículo  como importante atividade complementar, dentro da atividade de extensão que a universidade deve efetivar. 


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