segunda-feira, 19 de agosto de 2013

UMA VIAGEM DE ÔNIBUS, O QUE ACONTECE DENTRO DOS COLETIVOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM

Leia
Salomão Larêdo
O melhor da Literatura Brasileira produzida no Pará


Arte da capa: Eliene Tenório

JIBÓIA BRANCA via Tapanã/ Tenoné - sentido Águas lindas/ Ver-o-Peso: instalação poética – enlinhamento dos ônibus de Belém. Uma viagem de ônibus, o que acontece dentro dos coletivos na Região Metropolitana de Belém.
Leia abaixo, um trecho do livro:
"Primeira Marcha
Para José, na recordação de quando apreciávamos a confecção dos ônibus de madeira a partir da carroceria de caminhão, na Cremação e observávamos os "caras chatas" da empresa Excelsior que nos transportariam ao destino dos nossos sonhos, num tempo de preparação para os necessários vôos de águias.

Desenho de Sabastião Godinho

Hoje os "bus" são fabricados em fibra de vidro, todos na região sul/sudeste e oprimem nosso povo com o desconforto das cadeiras, com janelas de vidro de pouca abertura trazendo mais calor ao interior dos ônibus que esmagam o Homem da Amazônia ao trafegar em alta velocidade (e em alguns momentos demasiadamente lentos que chegam a irritar), frear bruscamente, queimar parada no afã do ganho maior em menos tempo que não permite estacionar corretamente e estressa condutor e passageios que travam batalhas cotidianas entre reclamações e acidentes, com vítimas, a maioria, indefesos idosos ou catraca vigiada por um trocador insensível e ameaçado por constantes assaltos na insegurança em que todos vivemos de uma vida dita moderna e sempre apressada sem tempo para reinvindicar melhoras."

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