terça-feira, 8 de janeiro de 2013

FAMOSO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO DO PARÁ, A ANTIGA ESCOLA NORMAL PODE SER UM ESPAÇO ONDE SE VEJA, SE PERCEBA E ESTUDE A EVOLUÇÃO DE NOSSA ARTE DE ENSINAR, A PEDAGOGIA AMAZÔNICA, PARANSE, NOSSA EVOLUÇÃO EM ENSINO, EDUCAÇÃO E CULTURA.

Construção da chamada bela época ou tempos da borracha, residência do intendente de Belém, Antonio Lemos e depois sede do jornal “A Província do Pará”, e que foi adquirida pelo governo do Estado e tempos depois passou a abrigar a antiga Escola Normal do Pará que depois virou Instituto de Educação, claro, continua sendo prédio bonito, histórico que fica na Praça da República, centro de Belém, que muita gente sabe sua localização e transita por sua frente, sem, no entanto, entrar. Passando por lá, mais uma vez, ao entrar, vem a antiga e mesma sugestão: transformar aquele edifício bonito em Escola de Educação do Pará que abrigue e seja uma verdadeira e séria Escola de Aplicação, espaço de conteúdo de nossa história e memória da evolução de nossa arte de ensinar, a pedagogia que se criou e desenvolveu na Amazônia e no Pará, local de referência quando se quiser saber, ver, estudar, pesquisar a evolução de nossa educação e ensino, como começamos, até onde fomos, onde estamos e como estamos em termos de ensino e educação.

Fachada do prédio da antiga Escola Normal do Pará

Nesse espaço por onde passaram docentes famosos e discentes que se tornaram, deve, claro, antes, passar por uma boa reforma física, a começar pelo telhado, para evitar as inúmeras goteiras e as infiltrações que estragam e prejudicam o importante local de onde saíram os professores que foram levar o ensino e a educação ao nosso interior, à nossa gente e que merecem preservação memorial que, parece relegada e em estado de ruim conservação. 

Lateral da fachada da escola, pichado.

Essa reforma deve preservar toda a memória possível: móveis, cadeiras, carteiras e os inúmeros quadros de colação de grau das inúmeras turmas que por lá passaram e ainda passam. É preciso mudar toda a fiação da energia elétrica, adaptar o espaço para os equipamentos modernos sem descaracterizar o ambiente.

No pé da escada os quadros de formatura, no assoalho.

Nesse sentido todos devem colaborar doando material didático e outros objetos que contem a história por meio da memória, livros didáticos, cadernos, cadernetas, identificação, objetos, especialmente os que lá estudaram ou tiveram parentes de lá egressos, ex-alunos de famosos docentes como Manuela Freitas, Naíde Vasconcelos, Paulo Maranhão, Otávio Mendonça e muitos, muitos outros.

Quadro de formatura da turma de 1911.

O espaço deve contar com uma boa equipe de educadores, de técnicos e gente que gosta desse tipo de trabalho, de proceder pesquisa, pessoas que queiram levantar esse material importante ao conhecimento de onde viemos em termos de educação, do tempos de escritores e educadores que formulavam livros didáticos para uso em nossas escolas, como Vilhena Alves, Bertoldo Nunes, Pinto Marques, Amazonas de Figueiredo, Miguel Pernambuco Filho e muitos outros.

Quadro de formatura das normalistas de 1922.

Esse espaço deve abrigar a relação de todas as escolas da rede federal, estadual e dos municípios paraenses, o nome de cada unidade, as razões da nomenclatura e que seja um espaço aberto à contribuição, que receba sugestões, que acolha todo tipo de material que se amealhe e, depois de algum tempo, teremos, além de um museu da nossa educação, local onde se preserva a memória cultural, histórica de como se processou e se processa a educação em nosso Estado, com seus erros e acertos. É a nossa sugestão, aberta à sugestão. Esperamos a sua!

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