sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Documentário "Velhos Baionaras, Tesouros Vivos" no IAP


Um recorte poético visual da memória afetiva e popular da cidade Baião por meio de depoimentos daqueles que muito já contribuíram ou ainda contribuem para construção da identidade local. Este é o universo apresentado no documentário “Velhos Baionaras, Tesouros Vivos" de Stéfano Paixão, ontem a noite (14/12) no Teatrinho do IAP.


Resultado da Bolsa de Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística 2012 do Instituto de Artes do Pará, o documentário celebra os 318 anos de Baião, cidade paraense na região do Baixo-Tocantins através da beleza, emoção, dor, esperança e leveza das cinco biografias escolhidas para contar a história popular de um povo ímpar e que integra o Circuito das Artes 2012 do IAP.
Stéfano Paixão é Assistente Social, Ator, Arte Educador e Diretor.



PAIXÃO POR BAIÃO - A CULTURA POPULAR ,O ROSTO DO POVO, A BELEZA, A MAGIA, LENDÁRIO E IMAGINÁRIO, ENCANTAMENTOS E ENCANTADOS DE STÉFANO PAIXÃO.
Salomão Larêdo

Fui ver ontem a noite no auditório do IAP – Instituto de Artes do Pará, “Velhos Baionaras – que prefiro Baionense – a convite de Stéfano Paixão, diretor do doc., que, por estima e amizade, deu-me a honra, de, após a mostra do documentário, tecer algumas considerações a respeito do trabalho que ele e competente e criativa equipe fizeram - em Baião, com seu povo e sua cultura -, com intenso e imenso carinho, superando todas as dificuldades. Plásticamente está bem feito, com bom áudio, sincronia de enquadramentos e cronologias etc e de acordo com a tecnologia de que foi possível dispor aqui na Amazônia, norte do Brasil, Baixo-Tocantins.



O JAPIIM FEITO DE TIMBUÍ

Stéfano que vem tratando com cuidado a cultura popular de Baião há algum tempo e seus trabalhos de preservação provados e aprovados nativamente e em outras capitais, agora dá inicio ao restauro da memória sócio-cultural de Baião, em vídeo registrando a cultura popular, mostrando, a dança, a cantoria, a pajelança, boi, pássaro (cordão do Japiim feito de timbuí), jeito, uso, costume, lendário e imaginário, encantamentos, águas, pajelança, sotaque e o rosto do povo desse lindo município, preservando história e memória poética de maneira emocionante e com seu olhar sensível dá testemunho e exemplo de paixão pela cultura de seu lugar e de que se começa, no Baixo-Tocantins, é despertar para a arte de maneira firme e positiva, decorrente do investimento que se vem processando na área da educação que proporciona o desvendamento à história que o povo constrói e precisa de registro nos diversos suportes disponíveis – literatura, cinema, teatro, dança etc.


LUGAR DE POESIA

Parabenizo Stéfano Paixão e a equipe realizadora do doc. e ao povo de Baião que lotou o auditório comparecendo, aplaudindo, apoiando, incentivando e aprovando o trabalho de um de seus filhos, que além de carregar a Paixão no nome, tem isso como sinal de seu compromisso cidadão com sua gente, mesmo sem apoio efetivo dos órgãos públicos do município de Baião e sabendo da escassez de recursos na área cultural, sem medo, partiu para a ação política e cultural concreta e realizou um dos mais belos trabalhos de registro memorial da cultura popular de Baião e já está trabalhando no segundo documentário e certamente não vai parar, porque, além de competente, é jovem e entusiasta, tem garra e assunto, há até demais, em Baião que, pra mim, sempre foi lugar de poesia.



EXPANSÃO

P.S – Stéfano irá a Baião mostrar o documentário. Sugiro faça itinerância nas demais localidades do município. Adiantei-me e sugeri ao prof. dr.Doriedson Rodrigues, coordenador do Campus da UFPA, em Cametá, que de pronto acatou a sugestão e irá convidar o Stéfano para mostrar e falar de seu trabalho aos universitários do Núcleo de Baião, da UFPA e à comunidade cametaense, no auditório do campus de Cametá. Quem sabe outros se aninem a produzir trabalho similar, pois o objetivo da universidade é universalizar conhecimento, arte, cultura.

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