terça-feira, 1 de março de 2011

LITERATURA PARAENSE

Março, entre folias , cinzas e quaresmas,leia!
ACONTECIMENTOS
- “ Nós, professores de português, muitas vezes matamos a alma do texto” – é o início do artigo “O professor de Linguagem , de Célia Brito, professora , in Beira do Rio, nº 91, UFPA.

-Procuradíssimo o “Dicionário Papachibé a língua paraense – volume IV, do escritor Raymundo Mário Sobral.
COMEMORAÇÃO – Programação cultural – com mostra de livros de autores locais - intensa, no Centur, marca o aniversário da Biblioteca Pública Arthur Vianna., que entra depois em merecida e necessária reforma.

DESTAQUE

Recebi – e muito agradeço a gentileza - do professor José Maria Filardo Bassalo, o livro Sapos e Estrelas que engloba o que o escritor e intelectual paraense Inocêncio Machado Coelho escreveu em sua coluna semanal no jornal A Província do Pará, publicou, de fevereiro de 1952 a outubro de 1953, denominada de “Sapos e Estrelas”. Bassalo, diretor-executivo da fundação Minerva, coletou o que Machado Coelho escreveu nessa coluna, nesse período e nesse jornal, digitou e editou e publicou a obra em 2005. Na orelha,a professora Célia, filha de Machado , e , esposa do professor Bassalo, informa que seu pai nasceu em Belém, estudou em Bragança e no Lyceu Paraense ( atual CEPC), concluindo o segundo grau e tendo, com a morte do pai, que assumir encargos de família , “... tornou-se autodidata, amante das letras, das artes, da cultura de modo geral...” . Sapos e Estrelas é de leitura saborosa pelo conteúdo da prosa em estilo agradável refletindo o estofo cultural do autor que vai informando, formando através da dialética, da fina ironia, do bom gosto disposto a todo tipo de leitor a quem, alerta: “ não se ensina a escrever como não se aprende a tocar sinos”, advertindo, qual S. Paulo, apóstolo, que o sentido das palavras é traiçoeiro, demonstrando o que dizia José Veríssimo que “ não somos um povo espirituoso” e vai demonstrando sua sapiência e cidadania cultural de leitor crítico, em obra de 400 páginas de boa literatura.

E para não cansar o leitor deste espaço, fecho este registro, sublinhando a sugestão , no momento em que a Arquidiocese de Belém quer comemorar, também com outro Congresso Eucarístico, o centenário do que aconteceu em 1953, que se dê destaque pelo menos aos sacerdotes escritores do Pará: Cupertino Contente, Américo Leal, Alberto Ramos,José Maria Albuquerque, Nelson Soares, Apio Campos, Aderson Neder, e outros, dentro do paraensismo e do valorizar o que é nosso como leciona Machado Coelho em crônica do dia 28 de julho de 1953 à pág. 306 do Sapos e Estrelas , quando escrevia sobre o grande escritor paraense, Raimundo Moraes: “ Agora, que há em Belém uma “Comissão de Lembranças” reunindo souvenirs para os peregrinos do Congresso Eucarístico, eu me permito sugerir a ela inclua os livros de Raimundo Moraes como recordações da terra para os turistas letrados. Nada se escreveu aqui mais digno dessa oferta que a produção literária, artística e harmoniosa, entusiasta e patriótica, do explorador infatigável que descobriu o filão áureo de todas as “minas” da Amazônia...”
MEMÓRIA - Partícipes da história e da memória imortal da cultura e da literatura paraense, partiram, em fevereiro, o poeta Alonso Rocha e o filósofo Benedito Nunes, ambos da academia dos novos e de outras importantes instituições.
LEITURA RECOMENDADA

Memórias dos Carnavais de Vigia, do escritor Paulo Cordeiro.
LEIA!!! LER É O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA!!!!!

2 comentários:

Ana Lucia disse...

Boa noite Salomão. Vi sua recomendação acerca do livro do Paulo Cordeiro.Gostaria de saber sua opinião sobre esta obra, do ponto de vista histórico e cultural.

Saudações

Salomão Larêdo disse...

Oi, Ana Lúcia, você poderia informar-me mais dados e indicar-me onde houve a citação. Grato,abs