Vanja Orico
é artista de cinema, famosa. E é
cantora, famosa. É filha do escritor Osvaldo Orico, o penúltimo paraense a
ocupar a Academia Brasileira de Letras. Pai e filha, famosos e ilustres, mas
a galera
de hoje não sabe de quem se trata. Nossa bandeira é de valorizar o que é
nosso, o leitor deste blog tem ciência dessa nossa ideologia. Por isso, entramos em contato com
Vanja, através de e-mail, para uma
pequena entrevista onde sublinhasse seu pai. Vanja, como disse, atriz de fama internacional, não se fez de rogada,
imediatamente nos respondeu os e-mails e
se colocou à disposição.
O que ela disse e o que amealhamos
das pesquisas no Google, você pode fruir na matéria abaixo, ilustrada com
as fotos colhidas na mesma fonte. Agradecemos à Vanja pela entrevista e a você
por acessar nosso blog.
A VEZ
DAS MULHERES
Olá Larêdo, sou carioca,
nasci no bairro de Copacabana, aqui no Rio de Janeiro.Fiz faculdade de Música,
na Europa.O título de meu livro "Não
Atirem, Somos Todos Brasileiros",
frase dita por mim, quando ajoelhei em frente aos canhões da ditadura, em 1968,
antes de ser presa pela policia. Eu escrevi esse episódio no meu livro.
O show no Peru,
acontecerá após o lançamento do livro. Mais para o final do ano,
outubro/novembro de 2012.
Vanja Orico, viúva,
tem um filho e dois netos e continua
morando no Rio de Janeiro.
- Vanja, fale de seu pai Osvaldo Orico.
- Meu pai foi o acadêmico Osvaldo Orico. Papai nasceu em Belém do Pará
Veio para o Rio para lecionar no Pedro II. Vivemos na Espanha por alguns anos, depois fomos pra Itália, e na volta ao Brasil ele tomou posse na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.
Ele tem uns 60 livros publicados, e é claro que não me lembro de todos os títulos, eu teria que, posteriormente, fazer uma pesquisa.
Sobre papai, a Academia e o Pará, eu não posso falar muito. O que sei é que foi ele quem criou a lei na qual a mulher também pode se tornar uma acadêmica, e a primeira mulher foi Dinah Silveira de Queiroz. Graças ao papai hoje temos muitas mulheres na Academia Brasileira de Letras.
Papai quase não participou de minha vida artística, foi mamãe quem sempre me acompanhou em minhas turnês & filmagens fora do Brasil.
- Meu pai foi o acadêmico Osvaldo Orico. Papai nasceu em Belém do Pará
Veio para o Rio para lecionar no Pedro II. Vivemos na Espanha por alguns anos, depois fomos pra Itália, e na volta ao Brasil ele tomou posse na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro.
Ele tem uns 60 livros publicados, e é claro que não me lembro de todos os títulos, eu teria que, posteriormente, fazer uma pesquisa.
Sobre papai, a Academia e o Pará, eu não posso falar muito. O que sei é que foi ele quem criou a lei na qual a mulher também pode se tornar uma acadêmica, e a primeira mulher foi Dinah Silveira de Queiroz. Graças ao papai hoje temos muitas mulheres na Academia Brasileira de Letras.
Papai quase não participou de minha vida artística, foi mamãe quem sempre me acompanhou em minhas turnês & filmagens fora do Brasil.
MOREI NO PARÁ
Morei no Pará por uns 2/3 anos, tenho muitas saudades da Amazônia, fiz até uma musica com o título "Salve Amazônia"
Depois viemos pro Rio, e daqui pro mundo, pois morei muitos anos na Europa.Já fiz muitos filmes.
Hoje estou me acho bem tanto fisica como psicologicamente. Acabei de entregar meu livro de memórias pro meu editor Leo Christiano, e acredito que será lançado no segundo semestre de 2012.
Tenho um show agendado no Peru, através do meu amigo e escritor Yvo Perez. Atenciosamente, Vanja Orico
Morei no Pará por uns 2/3 anos, tenho muitas saudades da Amazônia, fiz até uma musica com o título "Salve Amazônia"
Depois viemos pro Rio, e daqui pro mundo, pois morei muitos anos na Europa.Já fiz muitos filmes.
Hoje estou me acho bem tanto fisica como psicologicamente. Acabei de entregar meu livro de memórias pro meu editor Leo Christiano, e acredito que será lançado no segundo semestre de 2012.
Tenho um show agendado no Peru, através do meu amigo e escritor Yvo Perez. Atenciosamente, Vanja Orico
CRENDICES AMAZÔNICAS DE OSVALDO ORICO
Osvaldo Orico, é paraense, filho de Manoel Félix
Orico e Blandina Orico nasceu em Belém, no dia
29 de dezembro de 1900 e faleceu no Rio de Janeiro, a 19 de fevereiro de1981.Osvaldo Orico estudou
no Colégio Paes de Carvalho em Belém. Ingressou no jornalismo, em 1918, sendo
repórter no jornal O Estado do Pará e depois.Foi também um dos editores da revista
Guajarina, responsável pela eclosão do movimento modernista no Pará.
Em 1919 foi para o
Rio de Janeiro, onde formou-se em Direito e ingressou na vida diplomática. Primeiramente
dedicou-se ao magistério, sendo professor da Escola Normal no período de 1920 a
1932.
Em 1935 retornou a
Belém, sendo Secretário de Educação. Neste mesmo ano, Magalhães Barata elegeu-o deputado federal,
pelo PSD, concluiu o seu mandato em 1954. Em 1936 foi secretário-geral do
Estado do Pará.
Osvaldo Orico
ocupou a cadeira 38 Academia Paraense de Letras. Em 1938, aos 36 anos, ingressou na Academia Paraense de Letras, ocupando a
cadeira 10. Dentre outros livros, escreveu o romance Seiva; Da Forja à Academia (memórias), Mitos
Ameríndios, Vocabulário de Crendices
Amazônicas.
VANJA – MULHER
RENDEIRA
Vanja Orico, nome artístico de Evangelina Orico,
nasceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1931, é cantora e atriz, filha do diplomata e
escritor paraense Osvaldo Orico e mãe do cineasta Adolfo Rosenthal, fruto de
seu casamento com o ator André Rosenthal, falecido em 1999.
u no cenário
artístico cantando Mulher rendeira, tema do filme "O
Cangaceiro" (1953), de Lima Barreto, mas começou sua carreira cantando
no filme "Mulheres e Luzes", em 1950, uma produção do cineasta
Federico Fellini,
quando estava na Itália estudando música. De volta ao Brasil, fez sua estréia
no cinema brasileiro no clássico O cangaceiro,
premiado no Festival de Cannes e sucesso no mundo inteiro,
o que rendeu a ela o reconhecimento internacional, fazendo apresentações na Europa, na África,
no Caribe
e nos Estados Unidos. Gravou discos na França
e foi recordista de vendas no Brasil. Foi capa das principais revistas da
época.
Uma marca forte da sua trajetória no cinema é sua
presença em vários filmes do Ciclo do Cangaço, do qual é uma das musas. Além do
citado O cangaceiro, também participou de Lampião, o rei do cangaço (1964), Cangaceiros
de Lampião (1967) . Vanja Orico desenvolveu importante carreira de cantora, com
apresentações em várias partes marcada pela valorização da cultura brasileira.
- Eu fui muito
marcada por aquele episódio em 1968 com os militares, com aquele meu gesto
durante a passeata contra a morte daquele estudante, acontecida na véspera. Nós
nos reunimos no Teatro Opinião e depois saímos em passeata. Quando o exército
estava para massacrar a todos eu me coloquei a frente, me ajoelhei e fiz o
gesto: “Não atire, somos todos brasileiros”. Aí eu fui presa e depois fui muito
vigiada.
Um comentário:
Salomão, parabéns pela postagem. Visitei agora seu blog, ao qual cheguei buscando informações sobre Vanja Orico, atriz do filme “Lampião, rei do cangaço”, o qual eu vi, quando ainda adolescente, no saudoso Cine Nazaré, ela contracenando com Leonardo Vilar. Essa busca foi motivada para dar informações a meus dois curumins de 9 e 6 anos que ouviram a expressão “cangaceiro” e queriam saber do que se tratava. Fiz uma longa exposição do que sei, findando em falar do citado filme, inclusive da série da Globo, estrelada por Nelson Xavier e Tânia Alves. E nessa busca, acabei obtendo informações valiosas em seu blog, de que o pai daquela atriz, Osvaldo Orico, era paraense, escritor, integrante da ABL, professor e diplomata. Talvez eu tenha ouvido falar a respeito quando estudei no velho CEPC, na década de 60, mas não lembrava.
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