Placa
do Clube do Livro – escolha seu futuro.
EM CAPITÃO POÇO, PROFESSOR TEM CLUBE DO LIVRO E É AMIGO DO ESTUDANTE, MAS INIMIGO DO ALUNO.
O professor Jackson Magalhães, 73, cearense de nascimento e morador há 24 anos em Capitão Poço, colocou a placa na parede da casa onde mora - “amigo do estudante, mas inimigo do aluno” - para que ninguém tenha dúvida de sua real intenção e objetivo: apoiar quem quer estudar, pesquisar, ler pra “ ser alguma coisa na vida” e, como ação política concreta, mantém a duras penas o “Clube do Livro” que só ainda não fechou porque Jackson resiste às críticas e dificuldades de espaço e recursos.
Tudo começou quando Jackson, que morava no Rio de Janeiro, e é formado em direito, administração e contabilidade ,veio passear no Pará e ao visitar Capitão Poço, não retornou mais. Trouxe a família: mulher e cinco filhos hoje todos morando em Belém e Rio de Janeiro, formados.
Explica que ficou em Capitão Poço e não voltou ao Rio de Janeiro onde possuía residência e domicílio, porque foi convidado e ajudou a montar o curso de administração, nível médio, na “EEEFM Padre Vitaliano Maria Vari”.
Cheguei aqui em Capitão Poço no dia 27 de setembro de 1988 e me adaptei totalmente, parece até que nasci aqui e passei a exercer o magistério nessa escola que tem quase dois mil alunos, fui vice-diretor e onde me aposentei. E, agora então, quero realizar meu sonho que é adquirir uma casa – esta que atualmente moro, é alugada – e abrir um Salão de Leitura - onde funcione também cinema e teatro, as minhas paixões. Não possuo bens materiais e nem recursos, mas agora tenho mais tempo e posso me dedicar e realizar este sonho.
Peço licença e entro na sala pequena que tem um pouco de tudo: é escritório de contabilidade, sala de aula e de leitura com duas mesas e cadeiras pra quem quiser estudar, ler e pesquisar. As estantes cheias de livros, pastas, vidros de mel, equipamentos, e material visual das aulas de língua portuguesa dos cursos que prof. Jackson mantém.
- Não usa computador?
É, responde o prof. Jackson Magalhães Cavalcanti, o pessoal me chama de jurássico porque não uso, mas meu objetivo é exatamente este: fazer um contra-ponto com a tecnologia. Aqui, há livros pra ler no suporte impresso, procuro fazer o aluno ler e escrever, se comunicar de outra forma. No salão, vamos ter jogos de xadrez, quebra-cabeça para que o estudante perceba que há outras opções e não apenas o computador, a internet, os games.
Quer um retorno ao velho sistema de ensino e pesquisa?
O
Clube do Livro funciona na casa do
professor Jackson Magalhães
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