sexta-feira, 28 de novembro de 2014

SOU ESCRITOR, SOU DO PARÁ E AMO MINHA TERRA, MINHA CULTURA E MINHA GENTE

Salomão Larêdo, escritor e jornalista


É sempre com muito amor que divulgo minha origem caboca, humilde, simples, pobre lá da Vila do Carmo, município de Cametá, Estado do Pará, região Amazônica, brasileiro e cidadão universal. Rompendo todas as dificuldades, continuo estudando, pesquisando e trabalhando muito para manter meu sustento e de minha família e sempre declarei que sou escritor e escrevo sobre as coisas do cotidiano de minha gente e isso significa dizer que, escrevo de minha aldeia a respeito dos acontecimentos humanos para toda a humanidade. Tenho consciência de que sou escritor brasileiro, que venho, repito, da Vila do Carmo, município de Cametá, Estado do Pará, região Amazônica, do Brasil, para o mundo ou como queiram, universal. Claro que escrevo para leitor que gosta de ler meus textos e por isso luto, efetivamente, há quase 50 anos, para formar leitor com consciência crítica e política, pois quem lê, pensa e na diversidade morfológica, muda tudo pra melhor e podemos ter sociedade mais justa, mais fraterna, menos desigual, mais humana e mais feliz. Com quase 50 anos de atividade literária, luto por uma nova civilização e sempre lutei por uma valorização do que é nosso. Por isso, ainda que entenda que sou escritor brasileiro, procuro sublinhar que SOU DO PARÁ, que sou escritor paraense, pois, se aqui nós não valorizamos o que é nosso, imagina fora daqui onde grassa, ainda, enorme preconceito que estamos e vamos, com nosso trabalho sério, um dia, vencer para que a cultura paraense e todas as vertentes da arte que produzimos aqui com grande capacidade, competência, apuro técnico e responsabilidade, tenha seu merecido lugar ao sol. 


Por isso, caro amigo leitor e leitora deste espaço, tu és testemunha de como me desdobro para valorizar o que é nosso e então tenho que chamar de Literatura Paraense a importante produção literária dos escritores daqui do Pará até por que não tenho vergonha de dizer que sou caboco do Pará, que sou Parauara, cametauara. Nessa de levarem tudo o que é nosso e por falta de consciência crítica e política e por termos pouco investimento em educação e cultura que passa pela literatura, livro, biblioteca e leitura, quase nada fazemos, me levanto e nesse embate cotidiano, quero ao menos lutar - tendo como arma a palavra -, sempre para que não suma a fisionomia literária do Pará ou a fisionomia do Pará, da Amazônia, na literatura brasileira e seja ela qual for, tenho orgulho de ter ação política que pensou e fundou a Associação Paraense de Escritores, que pensou o Jirau da Literatura, que fundou a União dos Escritores da Amazônia, que pensou e é um dos executantes da importante FEIRA LITERÁRIA DO PARÁ – FLiPA - e por tudo isso, volto a afirmar sou escritor brasileiro que vem da Vila do Carmo, de Cametá, do Pará e da Amazônia. Sou Paraense, sou do Pará, sou escritor brasileiro do Pará. (Esta é uma pequena declaração de amor ao Pará, ao povo paraense e à cultura paraense/amazônica. Autor: Salomão Larêdo)


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