segunda-feira, 10 de março de 2014

ÁGUA POLUÍDA DO RIO TOCANTINS, A ECLUSA, O PEDRAL, O FILTRO E A VIDA DO POVO DO BAIXO TOCANTINS NÃO MELHORA.

Salomão Larêdo, escritor e jornalista

Essa ação da Eletronorte (leia no recorte de jornal, abaixo) só faz comprovar o que tanto se falou: que com a construção da hidrelétrica de Tucuruí, na década de 1970, a água do rio Tocantins de que a população do Baixo-Tocantins fazia serventia, pra tudo, inclusive pra beber, ficou sem condições de uso. E todo esse tempo o poder público fez ouvido de mercador, aos reclamos da população, das entidades, sindicatos, associações e nada se fez, inclusive, o que é de mais importante, cuidar do saneamento, tratar a água, etc. O peixe sumiu, a água ficou suja, feia, com odor pútrido, com piolho, onde não havia se formou praia ao longo do rio Tocantins e teve até político que se beneficiou dessa situação e se elegeu ao parlamento, construindo poço do tipo Amazonas em diversas localidades das ilhas e vilas. E agora vem a Eletronorte instalar purificador de água ou filtros e ainda, só para alguns. Claro que a comunidade deve receber o equipamento, tratar a água para consumo é sempre bom, necessário. Mas, o que deve ser feito é o saneamento em todas as vilas, povoados, cidades, ilhas, comunidades; o que o governo deve fazer é respeitar o povo do Baixo Tocantins para quem jamais pediu permissão ou ao menos fez consulta quando quis construir a hidrelétrica de Tucuruí e até hoje mantém estrangulado o rio Tocantins, a eclusa não funciona, milhões de dólares são gastos, o Pedral do Lourenço continua no mesmo lugar e o prejuízo é todo da gente pobre e humilde da região.

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(Texto e foto: Salomão Larêdo) O tema serviu ao entrecho do romance “Sibele Mendes de Amor e Luta”, publicado em 1982.



SIBELE MENDES de amor e luta: Saga de mulher que sai pela Amazônia formando seu povo para nova Revolução Cabana. Faz denúncias, reivindicações - inclusive as eclusas de Tucuruí, no rio Tocantins, o mais bonito do mundo-. Essa mulher intrépida, Sibele, que tem muito amor e ama demais, é prostituta e santa, mas não se deixa montar, ela sublinha esse detalhe, por qualquer tipo de polícia.

Formato: 15 x 22 cm
Páginas: 138
Ano: 1984
Gênero: romance
Capa: Emmanuel Nassar


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