segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PARA ENTENDER A HISTÓRIA DE TUCURUÍ E DO BAIXO TOCANTINS, LEIA O QUE DIZ MARIA DIAS FRANCÊS.


Maria de Jesus Dias Francês: está aí a minha felicidade



Não sei se era isso, ou era assim que você queria; só sei que tudo que lhe contei aconteceu de verdade.


"... Foi muito bom escrever, pois recordei coisas que já estavam quase esquecidas: creia que vivi novamente esses momentos.

Desejo muito sucesso para seu trabalho memorial.

Com carinho, um apertado abraço para você.

Maria de Jesus Dias."



Maria de Jesus Dias da Silva nasceu em Belém, no dia 26 de junho de 1937, filha de João Dias da Silva e Lavina Veiga da Silva.



João Dias (44 anos) e Maria Dias (15 anos), em Belém, dia 06/04/1952.


João Dias da Silva (44 anos) e Lavina Veiga da Silva (42 anos). Belém, 1952.

FAMÍLIA


João Dias nasceu em Gurupá, a 5 de janeiro de 1908, e casou-se com Lavina, que nasceu no dia 25 de dezembro de 1910. Ambos morreram em Macapá, estado do Amapá, no dia 2 de fevereiro de 1988, e 2 de novembro de 1990, respectivamente. João e Lavina tiveram 3 filhas: Maria de Jesus, Maria Melita e Maria de Nazaré.


"Meu nome de casada é Maria de Jesus Dias Francês. Estudei o curso primário no Colégio Imaculada Conceição, na cidade de Baião, onde fui aluna interna, e o curso ginasial, no Instituto Santa Rosa, em Belém, na condição de aluna interna.


Casamento de Fátima (filha de Melita) com Walter Catunda, aos 23 anos. Nazaré Dias (35 anos), Fátima Catunda (21 anos) e Melita Souza (37 anos). Santarém-PA, 22/01/1982.


MELITA E NENA

Tive duas irmãs:

1 - Maria Melita Dias da Silva e Maria de Nazaré Dias da Silva, de apelido Nena, nasce
ram  na cidade de Tucuruí, e também estudaram na cidade de Baião, no Colégio Imaculada Conceição, onde concluiram o curso primário.
MERCEARIA E BAR POPULAR

Moramos na cidade de Tucuruí em função de meu pai, João Dias, ter trabalhado em uma embarcação no trajeto Belém/Tucuruí e ter sofrido um acidente no trabalho, perdendo parte dos movimentos da mão esquerda. Com a indenização, resolveu abrir comércio em Tucuruí, que naquela época ainda era uma vila chamada Alcobaça.

Devido à carência de comércio naquela região, achou que seria um bom negócio.

Cresceu como comerciante, construindo um dos maiores comércios de Tucuruí, a “Mercearia e Bar Popular”.

Muito depois adquiriu castanhais, possuindo quatro motores de popa para transporte e comercialização das castanhas, enquanto minha mãe Lavina cuidava da casa, dos filhos e ajudava no comércio.

João Dias (63 anos) e Lavina Veiga (61 anos), na sala da casa da Nena. Santarém-PA, 21/11/1971.


POLÍTICO
Meu pai tornou-se muito conhecido, pois era morador do lugar desde quando ainda ra Vila de Alcobaça. Tomou parte na política e, anos mais tarde, a vila passou a ser a cidade de Tucuruí.
Entrou para a política, onde por duas vezes foi eleito vereador pelo então Partido Social Democrático (PSD), participando na formação desse município.

EM BAIÃO
Como disse, estudei no Colégio Imaculada Conceição, na cidade de Baião, em regime de internato. Seguíamos uma rotina diária de estudo, aulas práticas de bordados, pinturas, costuras e outras atividades consideradas de grande importância para meninas.
Todos os dias assistíamos à bênção do Santíssimo, às 18 horas, na igreja matriz.
Na época em que estudei, a diretora do colégio era a Irmã Neves. Lembro-me da querida Irmã Luiza, Irmã Antoinete e Irmã Vicência. Todo domingo pegávamos nossas bicicletas e íamos ensinar catecismo nos bairros da cidade: Maracanã e Limão. Íamos junto com as freiras, lógico.


QUE TEMPO BOM!

As minhas colegas de internato eram Maria das Graças, Ângela, Cacilda, Maria de Jesus Pereira, Lídia Nogueira; são as que me lembro bem, com muitas saudades. Nós nos divertíamos jogando bola, pulando corda, tomando banho de chuva e juntando manga debaixo das mangueiras em frente ao colégio. Que tempo bom! Minhas amigas mais próximas eram a Lídia Nogueira e a Cleide Brito.

Baião era uma cidade muito calma, tranquila, de um clima maravilhoso, onde fui muito feliz e tenho muita saudade. Uma cidade de pessoas simples e religiosas, a religião predominante era a católica; na verdade, nem se ouvia falar em protestantismo naquela época.

A FAMÍLIA HEIDTMAN E PAIXÃO

Nossos passeios eram para os interiores, colônias e uma ilha, que para chegar até lá íamos de canoa, para apanhar muruci, pois lá existia um murucizal; trazíamos tanto que até sobrava para um tacho de doce que a Irmã Antoinete preparava. Lembro-me dos banhos que tomávamos em um igarapé que ficava em um belo sítio de propriedade do pai de minha amiga de internato Ione Carvalho, Emanoel Carvalho, único dentista que existia na cidade. O nome deste sítio era “Santo Agostinho”.


Das famílias da cidade aquela com que mais eu convivi foi a do seu Henrique Heidtman, era a mais íntima; a dona Enoi, a esposa dele e as filhas Beth, Elizabeth, Margareth, Olga e Carlito. Sempre fui muito bem tratada por essa família, aliás, por toda a família Paixão.

As minhas amiga Donina e Tereza, já falecidas; a comadre Arlete Paixão, Marlene, Meire, Ione e Graça Paixão.

Meu pai abriu uma conta no comércio de seu Henrique, o Alemão, como era mais conhecido, e minha maior aquisição diária eram os picolés, que adquiria pra mim e para minhas amigas.




Maria Dias (14 anos), estudante com uniforme do Santa Rosa e João Dias (43 anos). Belém-PA, 1951.


Saiba mais lendo o livro "Terra dos Romualdos País dos Maparás"





O Livro “TERRA DOS ROMUALDOS PAIS DOS MAPARÁS” , lançado recentemente e as demais obras do escritor e jornalista paraense SALOMÃO LARÊDO, podem ser encontrados nos seguintes locais:

Em BELÉM:

1 - Livraria da Fox – trav. dr. Moraes, 584, entre a av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus – Batista Campos, Tel.: (91) 4008-0007. Ou pelo site:
http://www.foxvideo.com.br/.

2 - Livraria Newstime: Pátio Belém e Estação das Docas.

3 - Revistaria do Alvino: no Yamada Plaza e na Praça da República

Em CAMETÁ

1 - Livraria do Campus da UFPA , no bairro do Guamá Trav. Pe. Antonio Franco, 2617 – Matinha
Tel: 91 – 37811182 cameta@ufpa.br

Em MARABÁ

1 - Fundação Casa da Cultura de Marabá – Folha 31, Quadra Especial Lote 01 – Nova Marabá Tel: 94 – 33224176 – fccmaraba@hotmail.com



















































Nenhum comentário: