sábado, 2 de março de 2013

CADÁVERES NÃO RECLAMADOS

Para onde a dor, o amor, a flor, o choro, a vela, o velório, o rio de lágrimas, a essa, sem encomendação, sem missa de corpo presente, de sétimo dia, sem dia, sem acompanhamento? dilema sem poema que dilacera a alma na lama podre do abandono? Viver, é isso ou esse sem essa é a resultante do não viver?

Salomão Larêdo, escritor e jornalista



É o título da chamada por edital do Instituto Médico Legal – veja e leia atentamente caro leitor porque foi publicado nos jornais e se você leitor deste nossos blog, não leu, pode ler ou reler em nosso blog e leia e releia com calma, analisando a situação para sentir o drama, perceber as narrativas descritivas de cada corpo inanimado e tatuado com nomes evocativos certamente de um ser que aquele corpo amou ou quis amar ou pretendia amar ou homenagear. Essa matéria sei em nosso blog, pois não sei se algum leitor atentou para este edital ou chamada como queira denominar. Chamo a atenção do leitor deste blog que, um ser humano, depois de um peregrinar difícil no mundo, no Brasil, na Amazônia, no Pará, em Belém ou no interior do Pará, a pessoa humana vira um código, um número, um indigente que não é é gente e indigente que será enterrado de maneira ignorada, talvez como tenha vivida E depois de cinco anos desse enterro dentro “nos padrões de enterro” segundo a nota, haverá o desenterro para que os ossos sejam depositados na chamada vala comum para o esquecimento total e eterno. E como não há nenhum resquício de algum bem material ou intelectual , segue-se o esqueci mento total, eterno. Eta capitalismo da selva que não salva nem choro e nem vela e muito menos uma fita amarela, como diz a música, gravado o nome dele ou dela Descanso eterno dai-lhe Senhor!!!!!!

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