quinta-feira, 7 de março de 2013

BISNETA DE OSWALDO CRUZ EM BELÉM

100 ANOS DEPOIS DO BISAVÔ, ANNA OSWALDO CRUZ, QUE É FOTÓGRAFA E BISNETA DE OSWALDO CRUZ, CONHECE A AMAZÔNIA, VISITA BELÉM E ANAJÁS.

Salomão Larêdo, jornalista e escritor

Anna Oswaldo Cruz, bisneta de Oswaldo Cruz esteve em Belém e foi  a Anajás no Marajó. Anna veio a Belém, 103 anos após seu bisavô Oswaldo Gonçalves Cruz, higienista , executar, em 1910, campanha de profilaxia da febre amarela, aqui em Belém. Conversamos rapidamente com ela num pedaço de tempo de seus compromissos na manhã da sexta-feira, 1 de março de 2013, na “Revistaria Alves” banca do casal biólogo Francisco Alves e Ayla Oliveira, na frente do Jardim Socilar e do hospital Ophyr Loyola, bairro de São Brás, em Belém, avenida Magalhães Barata.

Anna, austríaca e brasileira, nasceu em Haia, na Holanda, se criou no Rio de Janeiro onde chegou aos sete anos de idade e aos 21, decidiu fixar residência em Barcelona e fez curso de fotografia em Munique, na Alemanha  e  entre muitos de seus trabalhos nessa área, incluiu fotos    de escritores, como por exemplo,  Salman Rushidie e  Roberto Bolaño.


Na Amazônia, em menos de uma semana esteve em Anajás, depois Belém, onde visitou algumas áreas da cidade e tirou um tempinho pra conversar com o nosso blog.
 
Anajás
 

A viagem a Belém e sobretudo a Anajás, no Marajó, chamou-lhe a atenção, pelos extremos: a imensa desigualdade de condições, desequilíbrios sociais entre o Rio de Janeiro, Barcelona e Anajás, o  calor humano e a total entrega e dedicação entre os que trabalham em Anajás em busca da erradicação da malária. “Levo experiências humanas muito enriquecedoras e, muita fotografia”.
 

Embora não trabalhe na área da malária, aproveitou a oportunidade do convite e se integrou na viagem do dr. Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, pesquisador  da Fiocruz – Fundação Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

Anna fez questão de ressaltar, na entrevista ao nosso blog que ainda que muito se preocupe com a malária e com tudo que viu e presenciou em Anajás no sentido das desigualdades sócioeconômicas, diferentemente de seu bisavô, que era pesquisador e erradicou a febre amarela, sua área de atuação é a fotografia e que não veio a Belém para recordar ou fazer o trajeto do bisavô - ainda que tenha pensado como teria sido seu trabalho nas condições sanitárias de Belém no início do século passado .
 
 
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Obs: Sobre o trabalho de Oswaldo Cruz, no Pará, o leitor deste blog pode e deve consultar a excelente obra “Oswaldo Cruz e a febre amarela no Pará – memória da vitoriosa campanha de profilaxia da febre amarela dirigida pelo sábio higienista em Belém em 1910 e 1911”, de autoria do médico e pesquisador paraense dr.Habib Fraiha Neto, edição comemorativa do centenário, feita pela Editora do Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará, em 2012.








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