MULHERES DE ÓBIDOS

Mulheres bonitas, firmes, seguras e  altamente femininas, organizadas  zelosas  e carinhosas, elas estão conquistando todas as frentes de trabalho na cidade de Óbidos. O leitor tem uma pequena mostra dessa atuação dessas grandes mulheres em todos os setores.

MARIA ANTONIA É JUIZ DE FUTEBOL

Maria Antônia dos Santos, 36 anos de idade, um casal de filhos, trabalha como  vigilante  na Secretaria de Cultura  de Óbidos e nas horas vagas  se vira como “técnica manicure”. Comunicativa, é quem atende o visitante no prédio histórico – o quartel -que abriga também a biblioteca municipal. Mas, o que  gosta de fazer  e sente  prazer é quando entra no estádio de futebol para apitar jogo.  Antônia fez o curso de arbitragem  e acumula  experiência em jogos  da copa  do interior onde atua com firmeza. Conta que é a única mulher nessa função em todo o Oeste do Pará e se sente  o máximo quando é aplaudida ou mesmo vaiada pelos torcedores  Gosta mesmo quando o estádio fica cheio de gente toda a atenção é pra ela, autoridade em campo e isso,  “aqui em Óbidos, acontece quando jogam os times do Paraense  e do Mariano, uma rivalidade de  longas datas".

CLEONICE PRESIDIU O MARIANO

Provando ser moderno, o Mariano Esporte Clube (que adota a cor azul)  já foi comandado por uma presidente, a professora Cleonice Maia Alfaia de Barros Nogueira, que se orgulha de ter levado o time à grandes conquistas e informa que o Mariano que se originou da congregação Mariana , tem torcida mais esclarecida.

Madura, inteligente, personalidade firme,  a professora Cléo se orgulha também de sua afrodescendência e de ter uma família muito bem estruturada, o marido é os filhos apoiam inclusive sua candidatura ao cargo de vereador à câmara municipal de Óbidos, um anseio dos amigos, alunado  e do vasto circulo de amizade da professora Cleonice.

Por sua vez, o pessoal do Paraense Esporte Clube, diz que o Paraense é  clube popular, pertence  à  imensa galera de Óbidos, pertence ao  povão que lota os estádios e se mantém fiel ao time que é da cor vermelha.

A professora Cleonice, líder comunitária, além de  conhecer todo o povo de Óbidos, tem um carisma especial e embora seja Mariano roxa, respeita o adversário – o  Paraense -  cantando , sobretudo, um verso do hino  mariano que exalta a inteligência do torcedor e sorri, sua marca registrada.

MERCÊS É CHEFE DA BIBLIOTECA

Maria das Mercês é a chefe da Biblioteca Municipal e com ela, grande mulheres trabalham para que a leitura seja uma realidade em Óbidos: Maria Goreti Ferreira Nascimento, e Leocila Maria Ferreira de Araújo, gente importante no setor do livro.

Leocila Araújo 

 Goreti Nascimento

ANA IZA PRESIDE A APDO

Ana Iza, é  a eficiente presidente da APDO -  Associação da Pessoa Deficiente de Óbidos-, tendo como presidente do conselho fiscal, o Jorge. A entidade cresce em  prestigio numa prova de que a cidadania é pra todos, independente de condição física ou social , fruto do trabalho sério  que toda a turma desenvolve com  muita garra.

COMERCIANTE

Marilda Costa Lopes  Ferreira  - casada com Jorge Ferreira e mãe de Ana Flávia e Ana Beatriz - gerencia grande centro comercial em Óbidos, em parceria com o marido, o cartorário Jorge Ferreira que  ao verificar que a esposa  tem excelente  tino comercial cuidou de ampliar os negócios  e  comenta: Olha, Salomão, o comércio é uma atividade estimulante e eu gosto de ver a Marilda em ação, ela é uma pessoa feliz e  isso irradia pra toda a  nossa família.

O DOMINÓ DE FRANCISCA

Francisca Pereira Correa, obidense, 80 anos, é  há quarenta nos, a única costureira dos dominós, a roupa  unissex com que o pessoal brinca o Fobó. Tem de todo tipo e pra quem quiser, é alugado, o brincante paga apenas sete reais.

OS POEMAS DE CARMINHA

Maria do Carmo Gomes Ibrahim, é professora de Geografia e adora escrever poemas. Está concluindo um livro para lançar antes do fim deste ano. É ativa leitora e gosta das atividades culturais, não perde palestras e bate-papo sobre cultura de um modo geral.

O SORRISO DE IMACULADA

Maria Imaculada Brito de Souza , viúva,  mãe de 3 filhos, trabalha na secretaria de Cultura de Óbidos, sabe e divulga a arte literária do escritor obidense  Mário Rego que deixou textos esparsos, sobretudo crônicas que escrevia sentado debaixo de um cajueiro. Imaculada mantém sorriso de quem está sempre  de bem com a vida.

WILMA E HELOISA

Wilma

Wilma Silva, formada em Turismo e Heloisa,  são baluartes na divulgação das coisas da cidade. Espalham simpatia num trabalho primoroso, cheio de muita afeição..

JAÍNE LÊ AS MÃOS

Desde pequena, uns 6 a 7 anos de idade Jaíne Leila Mamede Ribeiro (obidense, solteira, que nasceu no dia  16 de setembro) gosta de ver as mãos das pessoas e daí pra ler, foi um pulo e sabe  que é um dom especial que  todos  admiram, seja na escola onde é professora – é  graduada pela UFPA,  em Letras e Pedagogia – de Língua  Portuguesa – ou em qualquer ambiente. Seu avô tinha o dom de adivinhar e Jaine, de prever, de saber, de intuir e ver os acontecimentos, basta ver as mãos, a professora Jaíne  lê, sabe  tudo e revela ao interessado, se  este, claro, quiser.

MARIA DE LOURDES E O CAFÉ DA PURRINHA

Maria de Lourdes Nogueira dos Santos, obidense, 55 anos, 3 filhos, chega cedo ao mercado municipal para abrir seu  negócio, o café, ponto de encontro da turma que joga purinha e por lá fica até às 13 horas, trabalhando, vendendo café, pão, tapioca e refeição a quem por lá passa. O nome do estabelecimento – Café da Purrinha –  passou assim a ser denominado porque é lá que se  concentram  os membros desse clube – do qual falaremos mais adiante -  todos amigos de Lourdes que se considera uma privilegiada pois “ todos  são  meus amigos, me ajudam muito, tenho a estima e o respeito de todos, são como se fossem meus irmãos, ai de mim sem esses amigos. Eles  chegam aqui e é todo tempo na brincadeira, contando piada , são muito divertidos, gente de caráter, generosa, fraterna, na hora do aperto, é com quem conto e nunca me decepcionei e olha, eu sempre estou precisando. Sou uma  mulher feliz, acordo cedo porque Deus ajuda quem cedo madruga”.

ANA COUTO – QUEM TIRA O QUEBRANTO É A FÉ

Aos oito anos de idade, o pai chegou do campo com o dedo do pé, inchado e disse: preta, vem puxar meu pé com andiroba. Obedeci e fiz. O inchaço sumiu. A notícia  de que eu sabia consertar, se espalhou. Olhe, seu Salomão, eu ponho a minha mão e Deus cura. Benzo , tiro quebranto, curo izipla. A reza? Pai Nosso, Ave Maria. No quebranto, peço que a pessoa mude a roupa ao chegar em casa. O que dá quebranto, é uma pessoa, um pai, um parente  que chega na casa com fome, cansado, passa pra criança. Mas olhe, o que tira o quebranto, é a fé em Deus. No adulto, é a inveja que dá o que se chama mau olhado. Mas o curandeiro benze e o feitiço se vai. A senhora puxa? Puxo, com talco. E rasgadura? Costuro. E a Izipla? É uma inflamação, rezo, passo hortelã e diabinho, vassourinha com álcool e pronto.

"Diabinho" planta utilizada por D. Ana

Quem conta tudo isso é a benzedeira Ana Maria Couto, viúva, 70 anos, obidense que mora no bairro Santa Rita, mãe de cinco filhos, todos, adultos, católica, devota de Sant’Anna que não cobra nada por seu serviço, mas diz que o mundo mudou muito  e melhorou a vida e é mulher feliz porque “tenho saúde e vivo em paz”. 

RECEPÇÃO EFICIENTE

No serviço de recepção e infra-estrutura da Secretara Municipal de Turismo, em Óbidos, estas lindas mulheres  exercem suas atividades, procurando informar  sobre os bens culturais  e patrimoniais da  cidade,  detalhando fatos  a respeito do carnaval e o mascarado fobó e procurando atender todos – estudantes, turistas, visitantes -  com muita educação.