Não entendo essa
política eclesial de não valorizar o que é nosso. Será que não existe nenhum
padre paraense que sirva pra ser bispo de seu próprio povo aqui na Região
Norte, na Amazônia, no Pará? Analise, amigo leitor, a situação hoje, veja só:
O Vaticano nomeou
recentemente o bispo de Abaetetuba, que é italiano, para ser bispo de Santarém,
diocese que vinha sendo administrada pelo Padre Luiz Pinto, que é santareno.
Bispo de Abaetetuba
O bispo de Marabá, que
era italiano, morreu e quem administra a diocese é o bispo de Cametá, que é
espanhol.
O bispo de Castanhal, é
italiano, que já foi de Belém. O bispo de Bragança, italiano. O bispo de Conceição
do Araguaia, francês; o bispo de Macapá, italiano. O atual bispo auxiliar de Belém, é português.
O bispo do Xingu é
austríaco, de Ponta de Pedras, italiano, do Marajó, espanhol; o bispo de
Óbidos, é alemão.
Para quebrar o galho, a
Santa Sé coloca um, o de Iatituba, que é brasileiro para não chegar aos cem por
cento os bispos do estrangeiro aqui no Estado do Pará. Sem nenhum xenofobismo,
nada contra os estrangeiros, mas porque a perpétua dominação italiana no Pará?
Porque não vem bispo cubano ou xexeno ou chinês ou japonês, colombiano ou judeu?
Será que nas dioceses
italianas há algum bispo brasileiro? Nenhum.
Na verdade, pra igreja,
nós, aqui na Amazônia, no Pará, continuamos terra de missão, colônia. O Pará,
para o Vaticano, continua sendo terra de gente bronca que não sabe se
auto-gerir e precisa de bispos de fora. Será que os padres daqui não servem pra
ser bispos, de sua própria gente? Pense nisso!
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