Profissional
indispensável na biblioteca é a bibliotecária. Toda biblioteca tem que ter. Ah,
se as leis fossem cumpridas! Não entro em biblioteca sem orientação pedagógica dessa profissional ao que pretendo obter em lugar tão importante na
vida, chamada biblioteca, pois é esse profissional quem facilita o trânsito em
meio aos livros, documentos ali
conservados, objetos de meu interesse.
Estimo
e respeito o bibliotecário, pois é do trabalho dele, junto com os pais e
professores, que todos dependemos se quisermos um país de leitores.
É
imperativo a contratação de bibliotecários, de instalação de bibliotecas, de
acesso facilitado ao livro e leitura. 12 de março é o dia da figura mais
importante quando se quer sociedade democrática: o bibliotecário!
O
Pará, terra de chuvas e rios, tem muito
que reinventar nesse campo e cresce ainda mais a importância do bibliotecário
para, por exemplo, atender o ribeirinho que procura a biblioteca do Cuxipiari,
no rio Tocantins, Cametá e o estudante que sem poder se deslocar à biblioteca do
Centur, procura a do Tenoné na ilharga da Seduc/Belém, que foram “arranjadas” e
“ajeitadas” pela comunidade ante a inércia do poder público e quase sempre ao
se arranjar uma biblioteca arranja-se também alguém que faça as vezes desse
profissional para tomar conta da biblioteca que, de biblioteca, infelizmente
só tem o nome, pois uma biblioteca precisa, além do bibliotecário, acervo
atualizado, espaço confortável, funcionar dia e noite dentre outras
características técnicas do que se entende seja biblioteca e não “arranjo”. O governo deve
organizar e manter as bibliotecas - ainda que as comunidades ajudem,
participem, colaborem - promover o acesso à informação, ao conhecimento, ao
livro, à leitura.
D. Erwin, diz: “os pobres de hoje não são apenas uns explorados e oprimidos,são excluídos, expulsos da sociedade e da terra por serem considerados “supérfluos” e por isso não devemos aceitar” a política do rolo compressor que usa a tática do fato consumado, do autoritarismo que não aceita contestação, contraditório. Devemos reivindicar, contestar e isso se faz com conhecimento que a leitura, luz do saber oportuniza distinguir quem só quer prejudicar a comunidade.
Biblioteca virtual ou real é direito à formação cultural de quem deseja ser educado, informado, cidadão.
O
linguista Tveztan Todorov ensina que literatura não é teoria, é paixão e que não se
lê para ser especialista e sim para
aprender a ser mais humano, conhecedor
da vida pulsante nos livros.
Quem alavanca as mudanças para que os pobres não sejam “supérfluos” e tampouco a biblioteca nem o livro e sim, instrumento de libertação, de transformação estrutural à sociedade mais justa , fraterna , é o bibliotecário, daí porque esse profissional, a biblioteca, o livro,a leitura e a cultura sempre recebem, dos que não querem o povo politizado, as mais esfarrapadas desculpas para a não adoção de política cultural que implemente a biblioteca, a leitura, o livro e se contrate o bibliotecário, pois sem ele, não há livro, leitor, leitura, cidadania, porque estaremos no escuro, no desconhecido, situação de que se valem os incautos para continuar manobrando as massas com fins subreptícios.
À bibliotecária e aos que trabalham nas bibliotecas, na promoção do livro e da leitura, parabéns e agradecimento pelo relevante serviço prestado ao bem comum, quase sempre esmagados pelos baixos salários e péssimas condições de trabalho.
Salomão Larêdo, leitor e escritor.
*
Publicado na edição do dia 18 de Março de 2010 no jornal O Liberal – Belém -
Pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário