segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

SUELY CALS COM O TERRA DESTACANDO A LUA E A MULHER PARAENSE, A FORÇA FEMININA, O VENTRE, AS ERVAS, O VESTUÁRIO E O CARDÁPIO DOS SIGNOS!!!!

Salomão Larêdo, escritor e jornalista 



Suely Cals – com quem estou na foto do lançamento do meu livro “TERRA DOS ROMUALDOS PAÍS DOS MAPARÁS” - é minha amiga há muitos anos e também colega escritora. Suely Cals, já publicou “Tarô Amazônico”, “Caldeirão da Bruxa”, “O Caminho da Bruxa”, “Mandalas do Poder”, dentre outras obras na área de seu perfeito conhecimento. E, neste seu livro de nome lindo, chamado LUNA ela destaca a boniteza e a força da mulher paraense e homenageia muitas “mulheres corajosas de minha terra”: Natal Silva, Nilza Maria, Iracema Oliveira, Tacimar Cantuária, Fafá, Dira, Rosa Murtinho, Nazaré Pereira, Leila Pinheiro e tantas outras e também Maria Igarapé, “figura lendária da beira do cais”.


Suely Cals, competentemente, vai explicando em LUNA, sobre a Lua e suas influências, os períodos, o poder do ventre as ervas sobre os minerais e pedras preciosas, os signos e comenta sobre tudo que nos rodeia, as roupas, os alimentos e dá as receitas, por exemplo de um carneiro assado no cardápio de alguém do signo de Áries, camarão na cerveja, ao taurino e por aí segue e comenta sobre os números, enfim, tudo que o leitor gosta de saber nesta época e as novidades de um novo tempo como é o caso deste 2014 que começa e com a graça de Deus, sempre bem!





sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

10 livros para pedir pro Papai Noel

em 26/12/2013 às 0:00
Ainda dá tempo. São livros para se ler durante as festas (ou férias) de fim de ano.

Toda Poesia (Paulo Leminski)



Para começar as festas de fim de ano, nada melhor do que um belo livro de poesias de um dos principais poetas brasileiros dos últimos tempos.

Considerado um dos mascotes da poesia concretista, em apenas 44 anos de vida Leminski causou alvoroço no cenário literário tupiniquim dos anos 1970, sendo profundo entusiasta da Tropicália, da contracultura, da psicodelia e do rock n’ roll. Essa obra, que reúne todos os trabalhos completos do poeta curitibano, foi protagonista de um interessante fenômeno no ano de 2013: a poesia voltando para a lista dos mais vendidos.

Sim, é verdade, durante um período Toda poesia conseguiu vencer até mesmo Cinquenta tons de cinza.

O Hobbit (J.R.R. Tolkien)


Para muitos, Tolkien é o maior autor de todos os tempos. 

Seja em literatura fantástica, em filologia ou em linguística. Poucos sabem, mas O hobbit foi seu primeiro livro e, por conta do sucesso que alcançou, foi responsável pelo interesse de editora em uma continuação. Foi então que surgiu O senhor dos anéis. Para as festas de fim de ano, a indicação do livro – que inicialmente foi escrito para os próprios filhos de Tolkien, mas que depois foi tomando forma publicável – já seria, por si só, interessante, porém, com o lançamento do filme nos cinemas, torna a leitura obrigatória para os fãs do gênero.

Leia e conheça as histórias de Bilbo Bolseiro de Bolsão, que, junto a treze anões e ao mago Gandalf, partiram para uma magnífica aventura.


Cash: a Autobiografia de Johnny Cash (Johnny Cash e Patrick Carr)


O “Homem de Preto” foi – e ainda é – um indivíduo respeitado dentro do cenário musical mundial. Sua importância é tão grande que ele foi o único, até hoje, a entrar em dois halls da fama: da música country e do rock n’ roll. 

Tudo porque, com seu estilo rockabilly, que mistura blues, jazz, gospel e hillbilly (música caipira norte-americana), ele ajudou a criar o que se chama nos dias atuais de rock. Mas sua importância não para por aí. Ele não apenas ajudou a criar o conceito, mas também adotou uma atitude rocker que vem sendo imitada por artistas desde então. 

Nessa autobiografia, ele conta tudo, sem travas, o que aconteceu em sua vida, inclusive sua conturbada relação com a primeira esposa, o vício em drogas, o declínio na carreira e a redenção de encontrar a paixão de sua vida: June Carter. Além disso, o leitor poderá conhecer algumas das curiosas histórias envolvendo outros famosos músicos como Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Roy Orbinson e outros.


Retalhos (Craig Thompson)


Ao criar uma belíssima graphic novel, Craig Thompson também retratou sua própria história, passada numa pequena e nevada cidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. Da infância até tornar-se adulto, um fator marcante em sua vida foi a presença do temor a Deus – postura entranhada principalmente em sua família e sua escola – em contraposição às suas vontades sexuais, artísticas.


Contudo, as transformações vão acontecendo conforme a adolescência traz novos desejos, que desembocam na paixão por Raina, uma garota impulsiva e independente. Com ela, Thompson aprenderá uma maneira diferente de encarar Deus, a família e o amor.

Com uma arte gráfica primorosa, Retalhos é um romance de formação vencedor dos principais prêmios de quadrinhos do mundo, incluindo três Harvey e dois Eisner.
 


Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley) 




Dizem os entusiastas da literatura que os bons livros nunca envelhecem. Esse é o caso de uma das mais importantes obras de ficção científica da história.

Huxley conseguiu resumir nessa ficção todo o ambiente racionalista e tecnológico de sua época. Entretanto, não parou por aí. Ele conseguiu prever muitas das consequências que aquele tipo de comportamento levaria, e que se confirma nos dias atuais: uma Terra superpovoada, a sociedade dividida em castas definidas por manipulação genética e laboratórios que definem quais pessoas devem ser trabalhadores braçais e quais devem liderar.

Todo o complexo social do mundo passa a ser resumido pelo slogan “comunidade, identidade e estabilidade”. Já não há mais espaço para o amor e para o vínculo afetivo, o sexo é livre e exageradamente estimulado.
 


Leite Derramado (Chico Buarque)



Chico Buarque ficou conhecido, principalmente, por suas belas canções compostas em seus quase cinquenta anos de carreira. Mas para aqueles que duvidam de sua capacidade literária, sinto dizer: ele escreve bem.

Ligeiramente vinculada a uma canção chamada “O velho Francisco”, em Leite derramado o escritor Chico Buarque conta a história de um decadente e rico aristocrata do Rio de Janeiro que se encontra, já em idade avançada, dentro de um quarto de hospital, tentando contar algumas de suas histórias de vida para personagens desconhecidos e pouco interessados. Na narrativa, o leitor descobre como foi o auge financeiro da família do velho e onde começou a destruição de seu patrimônio, até chegar no momento presente.

Leitura interessante para o fim do ano. Com essa obra, Chico Buarque recebeu o Prêmio Jabuti de Livro do Ano.

As Vantagens de ser Invisível (Stephen Chbosky) 



Legítimo representante do recente gênero sick-lit, o livro é um drama que tem como protagonista um garoto de quinze anos. A narrativa começa quando ele chega a um colégio em Pittsburgh, e aos poucos o leitor vai descobrindo que o personagem tenta se recuperar de uma depressão que o fez ter tendências suicidas no passado.

Ao entrar no colégio, Charlie começa novamente a se socializar e conquistar novos amigos, o que o faz voltar a sentir alegria nas descobertas da vida e a curtir um amadurecimento tão comum nessa idade.


O Assassinato e Outras Histórias (Anton Tchekhov)


Ele viveu pouco, mas 44 anos que precisou para escrever deixaram marcas inesquecíveis na literatura russa.

Diferente dos famosos Tolstói e Dostoiévski, que dominaram o cenário com seus romances, Tchekhov preferiu trabalhar nas formas curtas, chamadas hoje de contos. Neles, o autor retratava situações cotidianas com uma discrição polêmica do mais alto nível.

Em cenas domésticas comuns, a felicidade não era deixada de lado, contudo era apresentada de modo fugidio por conta da atmosfera aterrorizante em que seu país se encontrava.

Nessa edição da Cosac Naify foram reunidas seus narrativas do último período da obra do escritor e é possível perceber a riqueza de detalhes que tornaram a obra de Tchekhov célebre.
Jim Morrison – Ninguém Sai Vivo Daqui (Danny Sugerman e Jerry Hopkins)


Para os especialistas em biografias, essa é a melhor já escrita sobre o famigerado vocalista da banda The Doors. Nele nenhum detalhe é escondido, principalmente no que diz respeito às suas polêmicas em vida e aos mistérios de sua morte.

Com bastante experiência em jornalismo musical, Danny Sugerman e Jerry Hopkins escreveram um livro no qual dezenas de pessoas que tiveram contato com Jim Morrison fala sobre como foi sua infância, o relacionamento com os pais, os primeiros poemas e composições, o contato com a banda, o problema com drogas, enfim, tudo o que um verdadeiro fã da banda não pode deixar de saber.

Minha Querida Sputnik (Haruki Murakami)


Para terminar a lista, fiquemos com Haruki Murakami. O autor japonês era o maior favorito a receber o Prêmio Nobel em 2012, mas foi desbancado pelo chinês Mo Yan, uma surpresa para a mídia especializada.

De qualquer forma, Minha querida Sputnik é um excelente livro e deve ser lido nesse fim de ano.

A trama se passa no Japão suburbano e conta a história de Sumire, uma jovem aspirante a escritora de 22 anos que se apaixona por Miu, mulher casada, 17 anos mais velha e bem-sucedida negociante de vinhos. As duas se conhecem quando Sumire passa a trabalhar para Miu e as duas decidem viajar juntas a negócios.

Durante a viagem, a jovem escritora se declara para sua patroa, que a rejeita, fazendo com que Sumire desapareça sem deixar vestígios. Resta então para K., que também é o narrado da história e é apaixonado por Sumire, a tarefa de encontrá-la. 

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Filipe Larêdo

Filipe Larêdo é um amante dos livros e aprendeu a editá-los. Atualmente trabalha na Editora Empíreo, um caminho que decidiu seguir na busca de publicar livros apaixonantes. É formado em Direito e em Produção Editorial.

Outros artigos escritos por
Filipe Larêdo você Lê no site: papodehomem.com.br

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

QUER SABER SOBRE O SNAPP - SERVIÇO DE NAVEGAÇÃO DA AMAZÔNIA E ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DO PARÁ? LEIA A ENTREVISTA DO COMANDANTE AMORIM, RAIMUNDO EULÁLIO.

COMANDANTE AMORIM

COMANDANTE AMORIM

No livro TERRA DOS ROMULADOS PAÍS DOS MAPARÁS, há um capítulo  que aborda a questão da navegação, do transporte de passageiros e cargas no Baixo-Tocantins, na década de 1950/1960, no período do SNAPP. época em que os comandantes dos navios: Amorim, Giovanni e o imediato Aranai eram as figuras mais importantes da região e tratados como deuses, quase viram mitos. Infelizmente, não conseguimos entrevistar o comandante Giovanni e nem o imediato Aranai, pois já haviam,falecido. Ouvimos o comandante Amorim. É um depoimento longo e muito importante para o entendimento do que representava o SNAPP para o povo tocantino. Queríamos mais subsídos. Você, quer saber mais? Leia o livro. Agora, aqui, neste espaço,  apresentamos  apenas  uns "aperitivos", para dar água na sua boca, amigo leitor.



Raimundo Eulálio Amorim, comandante de navios gaiolas pelo Baixo Tocantins, na época do Serviço de Navegação da Amazônia e da Administração dos Portos do Pará (Snapp), é um indignado com o fechamento da estatal que depois se transformou em Enasa e se acabou.

Vários momentos do trabalho do Comandante Amorim.



















Acabou!

Prejudicando o desenvolvimento do povo e de uma região carente. E quem fechou o Snapp? Quem acabou com a Enasa? Para onde foram seus mais de 40 navios e todo o ser acervo? Ninguém sabe e ninguém viu.




Aranaí e Amorim.
E quem fez isso – comenta o comandante – nunca foi punido. “Não que eu saiba”.

Comandante atracando o navio.

Comandante Amorim e seus companheiros de trabalho.

Raimundo Eulálo Amorim me recebeu em sua casa, na manhã do dia 19 de maio de 2009, para uma entrevista que pretendia objetivando registrar essa memória. Suas primeiras palavras foram ditas em forma de observação: estou com 84 anos de idade e muitos fatos e acontecimentos não me lembro mais, de tal maneira que me perdoe se muita coisa eu não souber responder.

Antigo galpão Mosqueiro e Soure, onde os navios atracavam.

  

Saiba mais lendo o livro "Terra dos Romualdos País dos Maparás"


O Livro “TERRA DOS ROMUALDOS PAIS DOS MAPARÁS” , lançado recentemente e as demais obras do escritor e jornalista paraense SALOMÃO LARÊDO, podem ser encontrados nos seguintes locais:

Em BELÉM:

1 - Livraria da Fox – trav. dr. Moraes, 584, entre a av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus – Batista Campos, Tel.: (91) 4008-0007. Ou pelo site:
http://www.foxvideo.com.br/.

2 - Livraria Newstime: Pátio Belém e Estação das Docas.

3 - Revistaria do Alvino: no Yamada Plaza e na Praça da República

Em CAMETÁ

1 - Livraria do Campus da UFPA , no bairro do Guamá Trav. Pe. Antonio Franco, 2617 – Matinha
Tel: 91 – 37811182 cameta@ufpa.br

Em MARABÁ

1 - Fundação Casa da Cultura de Marabá – Folha 31, Quadra Especial Lote 01 – Nova Marabá Tel: 94 – 33224176 – fccmaraba@hotmail.com














CONCURSO CULTURAL

PRESENTE DE NATAL - SORTEIO

VALORIZE O QUE É NOSSO! NESTE NATAL, DÊ E GANHE TERRA DE PRESENTE



Neste Natal, dê e ganhe TERRA de presente.  Este blog  ajuda  você a realizar isto. Sortearemos um (1) exemplar do livro "Terra dos Romualdos País dos Maparás". É fácil e simples: responda:  "ONDE NASCEU O MENINO JESUS?".

Veja o  regulamento deste sorteio

1. Esta promoção começou desde a zero hora de hoje, dia 23  de dezembro de 2013 e  encerra dia 25 de dezembro de 2013.
2.  Pode participar deste sorteio, qualquer pessoa física que responder corretamente  a pergunta:" ONDE NASCEU O MENINO JESUS?. Responda  na imagem publicada no facebook e compartilhe a imagem.
3. Divulgaremos o nome do ganhador na página do facebook, no dia 27 de dezembro.
4. O Prêmio será entregue na cidade de Belém-PA, em local que depois informaremos.
5. O participante sorteado será premiado com o Livro "TERRA DOS ROMULADOS PAÍS DOS MAPARÁS" autografado.
6. O ganhador terá seu nome divulgado em nossa página do Facebook, bem como aqui em nosso blog.

Que tal garantir este super presente de Natal?
Responda a pergunta e compartilhe na página do Facebook. Com isso, você  valoriza o que é seu, prestigia um autor local e ganha um dos livros mais procurados  e lidos de 2013!!!



sábado, 21 de dezembro de 2013

VESTIDA DE NOIVA, MARIA LYGIA, A NOVIDADE COMO VIDA EM MINHA VIDA, COM A VIDA QUE PEDI A DEUS E ELA FAZ ACONTECER HÁ 39 ANOS .

Salomão Larêdo em oferta especial à sua amada Maria Lygia



Na igreja de são Judas Tadeu, na Condor, às margens do lendário rio Guamá, em Belém do Pará, às 20 horas, do dia 21 de dezembro, recebemos o sacramento do matrimônio em cerimônia presidida pelo celebrante, o tio David, que era o coadjutor do padre Ribamar Souza. A simples, doce, meiga, encantada ,bonita e elegante Maria Lygia que, mais linda, vestida de noiva e noiva especial, passou a repartir comigo um cotidiano de amor numa vida que se tornou um amor crescido e que gerou o Filipe pra completar a família, que, sob o olhar dos santos do altar, dos nossos familiares, amigos e convidados, prometemos construir.




E mesmo com as imperfeições humanas, a conjugação é Verbo que une em verso e prosa o querer divino e vamos contribuindo e o viver se faz, fazendo, milagre, diante do nada que sou e tenho e que Maria Lygia - eu vivia pedindo a Deus que me desse uma mulher especial e ele me presenteou com o amor e a amada, atenta, prudente e sensível Maria Lygia - vive alegre e feliz e assim, irradiando otimismo, simpatia, esperança e amor faz acontecer em mim um amor que é e vai se fazendo mais e repartimos essa felicidade de com-viver confiantes, sempre, no amor de Deus e da Virgem Santíssima que nos proporcionam vida feliz porque plena do amor deles, do nosso, do Filipe e de toda gente que passa por nós deixando o melhor que o ser humano pode ofertar: amor, que é o que também hoje repartimos, compartilhamos e comungamos - também há pouco, na missa em ação de graças que todo ano participamos na igreja dos Capuchinhos - com todos, nesse dia do aniversário da recepção do sacramento que nos fez marido, mulher e família: Salomão e Maria Lygia e Filipe.

Filipe, Maria Lygia e Salomão Larêdo

E Filipe que, na bondade e vontade de Deus nos alegrando com a alegria dos que acreditam na leticia do Deus que é Verbo e por isso, puro amor , palavra da salvação!!!!





sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O SNAPP E A NAVEGAÇÃO NO BAIXO TOCANTINS

A navegação fluvial no Baixo Tocantins


O SNAPP E AS VIAGENS AO BAIXO-TOCANTINS 
Muitos que neste livro contam suas histórias, memórias e lembranças se reportam às viagens, sobretudo no período das férias, nos navios da linha do Tocantins efetivadas pelo Serviços de Navegação da Amazônia e de Administração dos Portos do Pará (Snapp), depois Enasa.
Procuramos, presentemente, então, algum subsídio sobre essa autarquia e de toda parte havia uma espécie de interdição à informação. Nunca tive tanta dificuldade em obter subsídios. Como o escopo deste livro não é a história da navegação na Amazônia e nem do Snapp, resolvemos inserir aqui o que foi possível amealhar de informes sobre essas viagens e que se tornou um capítulo desta obra e, com isso, espero ser um contributo para que no futuro se consiga uma robusta obra sobre esse importante serviço que o Snapp prestou ao povo do Baixo Tocantins.
Temos que levar a sério a necessidade de olhar o passado para compreender quem somos no presente.
O PRIMEIRO MUNDO

Inúmeras vezes, garoto, viajei com meus pais e irmãos nos navios do Snapp – 3 de Outubro e nas chatinhas construídas na Holanda –, sempre de terceira classe, devido a nossa condição, o que não impedia que me infiltrasse na primeira classe. Parecia outro mundo. As condições eram outras: a comida, os banheiros com chuveiros e vasos, bar com refrigerante e sanduíche, mesas, camarotes, coisas que julgava ser do Primeiro Mundo e inacessíveis para mim naquele momento. A hora da refeição, um ambiente bonito; o refeitório com as mesas de quatro e de seis lugares e a comida servida em pratos separados e a louçaria com as marcas da empresa. Parecia que o pessoal de bordo era de nossa família, mas apenas as pessoas importantes, os ricos, os políticos tinham acesso ao pessoal de comando.
Rolavam muitas histórias. Uma delas era de que o rancho de bordo era previsto para sobrar e ser repartido entre os maiorais; que a tripulação tinha amantes em cada localidade e outras. Vi em algumas casas de ribeirinhos alguns pratos, xícaras e talheres que o pessoal levava de lembrança.

Pelo menos três nomes sobressaíam entre a tripulação: comandante Amorim, Giovanni e o Imediato Aranaí, este, muito popular, amigo. Diziam que era analfabeto. Ele trazia as correspondências e encomendas e a gente ia buscar a bordo. Ele pedia para ler o envelope para ver se aquela era mesmo a encomenda da pessoa a sua frente.

No mínimo, estes homens merecem ter os nomes lembrados pelo tempo de convivência nos navios, pelo bem que representavam para nós que vivíamos isolados, distantes da capital ou da civilização.

O Snapp foi um sonho de um tempo bom e bonito que não volta mais. Com o material a seguir, recordemos um pouco esse tempo.


A PRESSA

A propósito de alguma prosa referente aos meus trabalhos nessa linha e afins, o professor Danúzio Pompeu, por e-mail, teceu o seguinte comentário, cujo fragmento publico abaixo com o título de: A Pressa.

A pressa
“... Agora que tudo acabou... Tudo mudou... Não há vapor... não descem os marabaenses... os coletores de castanha estão ou mortos ou aposentados...Não há peixe nos rios, só pescadores recebendo um seguro-defeso onde não há mais o que defender. Você tem que escrever... Sugiro, piçico um marreteiro, daquele que lograva o pessoal no regatão. Enfim... você pode descrever o que foi e que agora a pressa da viagem faz com que vamos e queiramos voltar no mesmo dia da capital.
Tinha Botafogo, 3 de Outubro... Os Rodrigues Alves “levaram o farelo”.

Tinha os navios que o Nelson mandou afundar e o Gerson Peres deu continuidade, mas nada disso salva Cametá da decadência o povo é que não vê perspectivas
de melhorar – é um querendo ser mais ligeiro que o outro...”.


CRIME POLÍTICO?

Depois de 40 anos comandante de navios dos Snapp, Raimundo Eulálio Amorim solta sua indignação: Por que fecharam o Snapp? Onde estão os navios, o acervo e a
memória?
O Brasil tem que se conscientizar de que na Amazônia somos uma civilização fluvial, disse o escritor paraense Benedicto Monteiro, em entrevista à revista Caros Amigos, edição de novembro de 2006.
Dizemos todos que a Amazônia são muitas amazônias tal a biodiversidade e sua gente é diferente, com culturas diversas, falar variados e costumes diversos e suas águas, suas muitas águas, sua bacia hidrográfica, seus mistérios, seus encantamentos, seu lendário e seu
imaginário e muito mais.

Tanta diversidade assim fez o ex-parlamentar Benedicto Monteiro dizer na entrevista à revista que somos uma civilização fluvial, o que nos torna uma região diferente, e explica:

“... as rodovias lá, ligam rios, saem do nada e vão para o nada. Todo potencial fluvial permanece inexplorado, nem sequer temos linhas fluviais regulares.

Getúlio foi o único estadista que teve visão para a Amazônia. Ele criou o Banco da Amazônia, a Sudam, estatizou toda a infraestrutura, os serviços públicos.

E comprou uma frota de navios na Holanda para suprir os ramais fluviais. Eram transatlânticos que ficavam em Manaus e faziam a linha Belém-Manaus e outros portos do Nordeste e do Sul.

Navios menores atendiam ramais secundários. Acabou!

Acabou o que representou enorme atraso para os estados amazônicos, com prejuízos incalculáveis.



A COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO E COMÉRCIO DO AMAZONAS

A Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas, uma iniciativa do Barão de Mauá – Irineu Evangelista de Souza –, começou a funcionar em 1852 com embarcações a vapor objetivando maior rapidez no transporte e exportação da borracha. Recebia subvenções do tesouro Imperial, embora fosse uma empresa privada.


Essa situação peculiar – ciclo da borracha – atraiu capital estrangeiro à Amazônia e então em 1872, os ingleses fundaram a “Amazon Steam Navigation Company Ltd.”.

Dois anos depois, a empresa inglesa adquiriu a Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas, bem como outras duas companhias, eliminando a concorrência e garantindo o monopólio do transporte fluvial.

Permaneceram, no entanto, as subvenções do governo brasileiro, interessado na manutenção e incremento dos serviços de transportes na bacia hidrográfica do rio Amazonas.





Em 1940, o governo federal nacionalizou a companhia e, juntamente com a prestadora de serviços portuários – Port of Pará –, criou o Serviço de Navegação da Amazônia e Administração dos Portos do Pará (Snapp). A Snapp, no ano de 1967, foi desmembrada e surgiram duas companhias: Companhia Docas do Pará e a Enasa (CDP) Empresa de Navegação da Amazônia S/A.

Sucateada e mal administrada, a Enasa passou para o controle do estado do Pará no final da década de 1990.

Recursos prometidos para a restauração da empresa não vieram. Então o governo do Estado do Pará decidiu liquidar a empresa no final de 2008.



CIVILIZAÇÃO FLUVIAL

Então, se o Brasil quiser entender a Amazônia, tem que começar por entender que somos uma civilização fluvial. Sem entender isso, não prospera nada que se faça pela Amazônia. Todas as cidades amazônicas estão na beira dos rios. Todas as pessoas moram perto dos rios, vivem dos rios, sobrevivem dos rios.

Olhe o mapa hidrográfico do Pará e verá que é um emaranhado de rios, sem falar nos igarapés. Belém era cheia de igarapés. Chegaram a planejar torná-la a Veneza brasileira, o que seria, além de belíssimo, excelente para a cidade.

Mas vieram os rodoviários, aterraram tudo, encanaram, e aquelas coisas todas que hoje são grandes problemas.


Poderíamos estar andando de barco em Belém. E nem a ligação óbvia por via fluvial para Icoaraci e Mosqueiro temos mais. Querem fazer do Pará um estado rodoviário, é um absurdo!

Antes fosse transporte ferroviário, mas a única estrada de ferro que tínhamos, acabaram com ela. O que nos resta é o transporte aéreo, e caro. A Panair do Brasil começou lá com os hidroaviões, pois tinham campos de pouso naturais nos rios. Não temos mais hidroaviões!

Se você não tiver a visão de que o homem é parte da natureza, que a natureza é a “teia da vida”, que Capra está desvendando, e que somos uma civilização fluvial, de hidrovias, um Estado trançado de rios e igarapés, como você entenderá o Pará, a Amazônia? Nunca vai entender!

É por não entendermos a Amazônia que a estamos entregando à exploração vil pelos estrangeiros. O ferro de Carajás, o alumínio, tudo para os estrangeiros...”.


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Saiba mais lendo o livro "Terra dos Romualdos País dos Maparás"


O Livro “TERRA DOS ROMUALDOS PAIS DOS MAPARÁS” , lançado recentemente e as demais obras do escritor e jornalista paraense SALOMÃO LARÊDO, podem ser encontrados nos seguintes locais:

Em BELÉM:

1 - Livraria da Fox – trav. dr. Moraes, 584, entre a av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus – Batista Campos, Tel.: (91) 4008-0007. Ou pelo site:
http://www.foxvideo.com.br/.

2 - Livraria Newstime: Pátio Belém e Estação das Docas.

3 - Revistaria do Alvino: no Yamada Plaza e na Praça da República

Em CAMETÁ

1 - Livraria do Campus da UFPA , no bairro do Guamá Trav. Pe. Antonio Franco, 2617 – Matinha
Tel: 91 – 37811182 cameta@ufpa.br

Em MARABÁ

1 - Fundação Casa da Cultura de Marabá – Folha 31, Quadra Especial Lote 01 – Nova Marabá Tel: 94 – 33224176 – fccmaraba@hotmail.com

















































segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A literatura fantástica no Brasil

por Filipe Larêdo
em 15/12/2013 às 0:00

Quando falamos de literatura fantástica, os primeiros nomes que vêm à nossa mente são C. S. Lewis (1898-1963) J. R. R. Tolkien (1892-1973) e George R. R. Martin (1948). Correto?

Porém, embora seus nomes estejam sob pedestais nos cânones divinos do estilo, para muitos brasileiros, eles não são os únicos a receber os louros. E uma produção incessante, feita nos mais diversos rincões do Brasil, vem abastecendo leitores há algum tempo.

Mas se dentre os estrangeiros, os três citados podem ser considerados como a “trindade fantástica”, aqui no Brasil a realidade está tomando um rumo bem diferente, e novas trindades genuinamente brasileiras surgem a cada instante.

Com cenários suficientemente fantásticos e mitológicos, não é de se estranhar que o Brasil consiga ser palco de fascinantes livros ambientados dentro de seu território e muito além dele. Desde o extremo norte até os pampas sulistas, muitas histórias antigas são relatadas a partir de referenciais indígenas, negros e europeus. Essa mistura faz com que ricos temas possam ser abordados por autores nacionais, cujos trabalhos, nos últimos anos, vêm ganhando destaque e espaço nas prateleiras das livrarias e nos criados-mudos dos leitores.

Esse cenário é bastante promissor, porque gera oportunidade para aqueles que já estão no batente há mais tempo e que estão limpando o terreno para novos autores. E quem formaria a “trindade fantástica brasileira”? Mesmo correndo o risco de ser injusto com outros autores de grande destaque, não é tão absurdo dizer que eles seriam André Vianco, Raphael Draccon e Eduardo Spohr.


André Vianco

André Vianco

Embora os índices de leitura não sejam muito promissores no Brasil, esses três autores juntos alcançam números que fogem da curva da média com sensível vantagem e podem se orgulhar de já terem vendido livros na faixa dos milhões.

Sim, é verdade. Seus fãs são fiéis e, a cada lançamento, esperam ansiosamente para ter seus livros comprados e autografados. Em tempos de crise de leitura, eles podem ser chamados de verdadeiras estrelas literárias, o que, por si só, é um fato estranho para um país que quase não lê.

Porém, eles não são os únicos que fazem o fãs chorarem de emoção ao assinar seus livros e posar para uma foto. Carolina Munhóz, Thalita Rebouças, Cirilo S. Lemos, Eric Novello, Fábio M. Barreto e Affonso Solano também vêm se destacando e já contam com várias dezenas de milhares de livros vendidos, causando alvoroço em todos as palestras e lançamentos dos quais participam.

Mas e por que a grande mídia ainda resiste em lhes dar espaço?

Felizmente, no Brasil, esse tipo de literatura começou a ganhar destaque há pouco tempo, muito graças a todos esses nomes citados.

Antes deles, a fantasia no Brasil era considerada gênero de baixo escalão (a chamada “baixa literatura”) e, para muitos, não merecia ser listado como obra literária, apesar da produção estrangeira figurar como clássica em seus países de origem.

Ou alguém se atreveria a chamar O Senhor dos Anéis de baixa literatura? Ninguém em sã consciência faria isso. Antes, precisaria estar ciente de que seria alvo de uma avalanche de críticas de mestres, doutores e pós-doutores, especializados em literatura tolkeniana e que discordam, revoltosamente, de alguém que não coloque o autor de O Hobbit nas mais importantes listas de obras.

Acontece que, a crítica literária no Brasil, embora comece a apresentar sinais de mudança, ainda é bastante engessada no academicismo. Ela costuma considerar como “boa literatura” apenas aquelas obras feitas por – ou referendadas por – gabaritados professores universitários.
Raphael Draccon

Raphael Draccon

Dessa forma, forma-se um círculo preciosista totalmente desnecessário, principalmente em um país que encontra graves dificuldades de comunicação entre livros e leitores. Se esse problema ficasse apenas no âmbito da produção, já seria grave. Porém, ele se estende para toda uma elite consumidora, que negará até a morte, mas, muitas vezes nem entende o que lê, já que os livros engessados são intelectualmente herméticos, e vai até as grandes mídias, que apenas reproduzem aquilo que lhes é oferecido como a “boa literatura”.

Contudo, os leitores já não precisam dos velhos críticos literários para lhes dizer o que é bom ou não. O acesso à internet permite que as pessoas conversem entre si, organizem encontros e saibam quando e onde o seu autor preferido estará.

Um exemplo muito interessante disso é o Simpósio de Literatura Fantástica (Fantasticon). Ele surgiu em 2007 e se orgulha de ser, hoje, um dos mais importantes eventos de literatura fantástica nacional. Todos os anos, promove encontros que incentivam e enriquecem o estudo e a produção desse tipo de literatura.

Outro exemplo importante são os podcasts, que podem ser literários ou sobre cultura pop, mas que fala sobre literatura, principalmente a fantástica. Um deles é o Rapadura Cast, cujo time conta com os autores Raphael Draccon, Carolinha Munhóz, Afonso Solano, entre outros. Nele, os participantes falam sobre temas variados, mas, por conta de sua quantidade imensa de seguidores, consegue divulgar seus livros e movimentam multidões em seus eventos.

Por último, podemos citar o portal Jovem Nerd, virou uma febre nacional e, pelo selo próprio,Nerdbooks, lançou quatro livros, conseguindo vender, sem o apoio formal das grandes redes de livrarias, dezenas de milhares de exemplares. Dentre eles, destaca-se o Branca dos Mortos e os Sete Zumbis, que conseguiu sucesso tão grande que teve os direitos de publicação comprados pela Globo Livros.

Esse três exemplos são apenas aqueles que mais têm se sobressaído nos últimos anos, mas uma intensa proliferação de canais midiáticos está se estabelecendo e os leitores conseguem consumir assuntos que lhes interessam. Mesmo assim, aquela dúvida anterior (por que a grande mídia ainda resiste em lhes dar espaço?) ainda permanece, mas agora parece incomodar não os consumidores ou autores prejudicados, mas alguns medalhões da literatura nacional, como Paulo Coelho.
Eduardo Spohr

Eduardo Spohr
Um dos mais importantes autores da história nacional e, certamente, o brasileiro que vendeu mais livros em todo o mundo, decidiu que era hora de se manifestar e, simplesmente, cancelou a sua participação no maior evento literário do mundo, a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, no qual o Brasil seria o país homenageado.

Paulo Coelho não contou conversa e falou ao jornal alemão Die Welt que abandonou o evento como protesto por autores da nossa “trindade fantástica”, André Vianco, Raphael Draccon e Eduardo Spohr não terem sido convidados para estar entre os setenta brasileiros presentes na lista. No papel de principal autor nacional vivo no cenário estrangeiro, a atitude de Paulo Coelho foi sublime.

Ele revelou, sem nenhuma trava, que aqueles autores selecionados e elitistas não resumiam de forma igualitária a literatura brasileira, uma vez que os brasileiros que verdadeiramente fazem sucesso entre seus leitores foram impedidos de participar.

A partir dessa nova postura, o cenário parece que vai mudando aos poucos. Quando uma figura como Paulo Coelho se posiciona a favor de um lado, toda a mídia abre os olhos e passa a pesquisar: mas quem diabos são esses caras?

Basta uma pequena fuçada em seus históricos para encontrar uma mina de ouro, diferente daquelas obras engessadas e inacessíveis, tomadas, supostamente, como a elite intelectual do Brasil. E esse novo apelo popular também começa a tomar forma. No mês de novembro desse ano, a novela das oito (ou nove) da Globo deu um espaço muito interessante para alguns autores, especialmente para Raphael Draccon e André Vianco, este último conseguindo, inclusive, colocar um de seus livros, Os sete, nas mãos de uma personagem, que inclusive conta um pouco da história.

Conforme a literatura fantástica brasileira vai sendo assunto nos meios de comunicação, mais leitores são conquistados. Dia após dia, o estímulo à leitura se constrói.

Porém, o cenário ideal seria que grande parte dos brasileiros soubessem quem são esses destacados autores que lutam por um lugar ao sol. Um passo seria fazer como é feito em outros países: O Hobbit e Senhor dos Anéis é indicado como leitura obrigatória nos colégios. Com livros como esses, dificilmente uma criança ou adolescente não vai criar carinho pelo ato de ler.

Nada contra os antigos clássicos da literatura brasileira, mas precisamos abandonar os arcaicos e conservadores comportamentos para entender que existe um extraordinário mundo novo lá fora, recheado de vampiros aterrorizando Osasco em A noite Maldita de André Vianco, Dragões de Éterde Raphael Draccon e O Inverno das Fadas, de Carolina Munhóz.



FILIPE LARÊDO

Filipe Larêdo é um amante dos livros e aprendeu a editá-los. Atualmente trabalha na Editora Empíreo, um caminho que decidiu seguir na busca de publicar livros apaixonantes. É formado em Direito e em Produção Editorial.
Outros artigos escritos por Filipe Larêdo você encontra no site: papodehomem.com.br

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PARA ENTENDER A HISTÓRIA DE TUCURUÍ E DO BAIXO TOCANTINS, LEIA O QUE DIZ MARIA DIAS FRANCÊS.


Maria de Jesus Dias Francês: está aí a minha felicidade



Não sei se era isso, ou era assim que você queria; só sei que tudo que lhe contei aconteceu de verdade.


"... Foi muito bom escrever, pois recordei coisas que já estavam quase esquecidas: creia que vivi novamente esses momentos.

Desejo muito sucesso para seu trabalho memorial.

Com carinho, um apertado abraço para você.

Maria de Jesus Dias."



Maria de Jesus Dias da Silva nasceu em Belém, no dia 26 de junho de 1937, filha de João Dias da Silva e Lavina Veiga da Silva.



João Dias (44 anos) e Maria Dias (15 anos), em Belém, dia 06/04/1952.


João Dias da Silva (44 anos) e Lavina Veiga da Silva (42 anos). Belém, 1952.

FAMÍLIA


João Dias nasceu em Gurupá, a 5 de janeiro de 1908, e casou-se com Lavina, que nasceu no dia 25 de dezembro de 1910. Ambos morreram em Macapá, estado do Amapá, no dia 2 de fevereiro de 1988, e 2 de novembro de 1990, respectivamente. João e Lavina tiveram 3 filhas: Maria de Jesus, Maria Melita e Maria de Nazaré.


"Meu nome de casada é Maria de Jesus Dias Francês. Estudei o curso primário no Colégio Imaculada Conceição, na cidade de Baião, onde fui aluna interna, e o curso ginasial, no Instituto Santa Rosa, em Belém, na condição de aluna interna.


Casamento de Fátima (filha de Melita) com Walter Catunda, aos 23 anos. Nazaré Dias (35 anos), Fátima Catunda (21 anos) e Melita Souza (37 anos). Santarém-PA, 22/01/1982.


MELITA E NENA

Tive duas irmãs:

1 - Maria Melita Dias da Silva e Maria de Nazaré Dias da Silva, de apelido Nena, nasce
ram  na cidade de Tucuruí, e também estudaram na cidade de Baião, no Colégio Imaculada Conceição, onde concluiram o curso primário.
MERCEARIA E BAR POPULAR

Moramos na cidade de Tucuruí em função de meu pai, João Dias, ter trabalhado em uma embarcação no trajeto Belém/Tucuruí e ter sofrido um acidente no trabalho, perdendo parte dos movimentos da mão esquerda. Com a indenização, resolveu abrir comércio em Tucuruí, que naquela época ainda era uma vila chamada Alcobaça.

Devido à carência de comércio naquela região, achou que seria um bom negócio.

Cresceu como comerciante, construindo um dos maiores comércios de Tucuruí, a “Mercearia e Bar Popular”.

Muito depois adquiriu castanhais, possuindo quatro motores de popa para transporte e comercialização das castanhas, enquanto minha mãe Lavina cuidava da casa, dos filhos e ajudava no comércio.

João Dias (63 anos) e Lavina Veiga (61 anos), na sala da casa da Nena. Santarém-PA, 21/11/1971.


POLÍTICO
Meu pai tornou-se muito conhecido, pois era morador do lugar desde quando ainda ra Vila de Alcobaça. Tomou parte na política e, anos mais tarde, a vila passou a ser a cidade de Tucuruí.
Entrou para a política, onde por duas vezes foi eleito vereador pelo então Partido Social Democrático (PSD), participando na formação desse município.

EM BAIÃO
Como disse, estudei no Colégio Imaculada Conceição, na cidade de Baião, em regime de internato. Seguíamos uma rotina diária de estudo, aulas práticas de bordados, pinturas, costuras e outras atividades consideradas de grande importância para meninas.
Todos os dias assistíamos à bênção do Santíssimo, às 18 horas, na igreja matriz.
Na época em que estudei, a diretora do colégio era a Irmã Neves. Lembro-me da querida Irmã Luiza, Irmã Antoinete e Irmã Vicência. Todo domingo pegávamos nossas bicicletas e íamos ensinar catecismo nos bairros da cidade: Maracanã e Limão. Íamos junto com as freiras, lógico.


QUE TEMPO BOM!

As minhas colegas de internato eram Maria das Graças, Ângela, Cacilda, Maria de Jesus Pereira, Lídia Nogueira; são as que me lembro bem, com muitas saudades. Nós nos divertíamos jogando bola, pulando corda, tomando banho de chuva e juntando manga debaixo das mangueiras em frente ao colégio. Que tempo bom! Minhas amigas mais próximas eram a Lídia Nogueira e a Cleide Brito.

Baião era uma cidade muito calma, tranquila, de um clima maravilhoso, onde fui muito feliz e tenho muita saudade. Uma cidade de pessoas simples e religiosas, a religião predominante era a católica; na verdade, nem se ouvia falar em protestantismo naquela época.

A FAMÍLIA HEIDTMAN E PAIXÃO

Nossos passeios eram para os interiores, colônias e uma ilha, que para chegar até lá íamos de canoa, para apanhar muruci, pois lá existia um murucizal; trazíamos tanto que até sobrava para um tacho de doce que a Irmã Antoinete preparava. Lembro-me dos banhos que tomávamos em um igarapé que ficava em um belo sítio de propriedade do pai de minha amiga de internato Ione Carvalho, Emanoel Carvalho, único dentista que existia na cidade. O nome deste sítio era “Santo Agostinho”.


Das famílias da cidade aquela com que mais eu convivi foi a do seu Henrique Heidtman, era a mais íntima; a dona Enoi, a esposa dele e as filhas Beth, Elizabeth, Margareth, Olga e Carlito. Sempre fui muito bem tratada por essa família, aliás, por toda a família Paixão.

As minhas amiga Donina e Tereza, já falecidas; a comadre Arlete Paixão, Marlene, Meire, Ione e Graça Paixão.

Meu pai abriu uma conta no comércio de seu Henrique, o Alemão, como era mais conhecido, e minha maior aquisição diária eram os picolés, que adquiria pra mim e para minhas amigas.




Maria Dias (14 anos), estudante com uniforme do Santa Rosa e João Dias (43 anos). Belém-PA, 1951.


Saiba mais lendo o livro "Terra dos Romualdos País dos Maparás"





O Livro “TERRA DOS ROMUALDOS PAIS DOS MAPARÁS” , lançado recentemente e as demais obras do escritor e jornalista paraense SALOMÃO LARÊDO, podem ser encontrados nos seguintes locais:

Em BELÉM:

1 - Livraria da Fox – trav. dr. Moraes, 584, entre a av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus – Batista Campos, Tel.: (91) 4008-0007. Ou pelo site:
http://www.foxvideo.com.br/.

2 - Livraria Newstime: Pátio Belém e Estação das Docas.

3 - Revistaria do Alvino: no Yamada Plaza e na Praça da República

Em CAMETÁ

1 - Livraria do Campus da UFPA , no bairro do Guamá Trav. Pe. Antonio Franco, 2617 – Matinha
Tel: 91 – 37811182 cameta@ufpa.br

Em MARABÁ

1 - Fundação Casa da Cultura de Marabá – Folha 31, Quadra Especial Lote 01 – Nova Marabá Tel: 94 – 33224176 – fccmaraba@hotmail.com