quarta-feira, 27 de novembro de 2013

HOJE É DIA DE MARIA !!!! DIA DAS GRAÇAS, MUITAS GRAÇAS !!!!! PEDE A tua e terás!!!!

Salomão Larêdo escritor e jornalista


MEDALHA MILAGROSA – Pede, ela atende por que MARIA SANTÍSSIMA É A PORTA DO CÉU E É A VIRGEM PODEROSA!!


Ó MARIA CONCEBIDA SEM PECADO – Claro ela é a mãe, imenso céu que contém o amor – Rogai por nós que recorremos a vós.


____________________________________


 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

POR QUE O BRASILEIRO NÃO LÊ?

por Filipe Larêdo

em 20/11/2013 às 0:00 |
Artigos e ensaios, Cultura e arte

“Somos todos feitos do que os outros nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente.”

– Tzvetan Todorov (
A literatura em perigo, 2009)

A importância da leitura dentro da história da humanidade sempre surgiu como uma condição essencial para a construção do poder crítico do indivíduo. Para entender — e compreender — os acontecimentos de sua época, a pessoa deve possuir ferramentas que apenas o conhecimento pode transmitir.

Esse conhecimento pode estar guardado em inúmeros lugares. Porém, para escutarmos o que as gerações antigas têm a nos dizer, precisamos consultar os livros, pois neles ficaram registrados seus pensamentos, incluindo certas instruções para a resolução de problemas que, no fundo, apenas se repetem.

Vejamos um exemplo. Milênios atrás, Aristóteles, um filósofo grego, escreveu um livro chamado
Política, no qual analisa o contexto de sua época e de épocas anteriores, além de apontar os regimes políticos possíveis. Apesar da grande distância de tempo, os teóricos políticos dos tempos atuais precisam passar pelo estudo das teorias aristotélicas para refletir acerca das condições atuais.

Para continuar na Grécia, passemos para o professor de Aristóteles, Platão. Em sua mais conhecida obra,
A República, ele descreve um modelo ideal de cidadão que, se fosse reproduzido em larga escala dentro da cidade, constituiria uma sociedade perfeita, na qual todas as pessoas viveriam em perfeita harmonia. Milênios depois de ter escrito sua teoria, ele permanece sendo referência para os estudiosos posteriores, que o leem com bastante atenção.

Esses dois exemplos citados serviram para que possamos perceber a importância dos pensamentos antigos para a reflexão contemporânea dos acontecimentos. E até hoje, o modo mais comum de registro ainda é o livro.

E o que é ser leitor?

Para ser leitor, basta ler.

Simples.

Se a leitura for assim considerada, então os brasileiros não tem problema algum com ela, já que estão constantemente lendo alguma coisa, seja na internet, nas placas de trânsito, nas legendas dos filmes e dos jogos de videogames ou nos anúncios dos shopping centers.

Leitura é o que não falta no dia a dia das pessoas no Brasil e no mundo. Nesse caso, é melhor recolher o texto que estou escrevendo, porque o brasileiro lê, sim. Mas será?

Para organizar melhor os argumentos, foi escolhido uma fonte de referência que se renova de dois em dois anos e já se encontra no terceiro volume, que é a pesquisa Retratos da leitura no Brasil, feita pela
Instituto Pró-livro de São Paulo. Nela, pessoas espalhadas por todo o país responderam diversos questionários, e foi possível saber, dentre muitas coisas, não apenas a quantidade de pessoas que têm o hábito da leitura, mas também porque os brasileiros não leem.

Segundo o livro Retratos da leitura no Brasil, leitor seria “aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos últimos 3 meses”. E não leitor seria “aquele que não leu, nenhum livro nos últimos 3 meses, mesmo que tenha lido nos últimos 12 meses”. Sendo assim, excluem-se leituras em jornais, revistas, folhetos, internet etc.

Na pesquisa feita em 2007, o número de livros lidos por habitante/ano era de 4,7. Na pesquisa divulgada em 2013, esse número caiu e atingiu a marca de apenas 4 livros por ano, sendo 2,1 inteiros e 2,0 em partes.

Preocupante, não?




Se considerarmos que grande parte das pessoas pesquisadas ainda participa de algum estágio da formação escolar ou acadêmica, muitos desses quatro livros por ano são leituras técnicas e/ou obrigatórias, e as quantidade de leituras espontâneas, aquelas que a pessoa faz por iniciativa própria, são ainda menores.

Outro ponto importante para identificarmos os leitores no Brasil são as regiões. O Nordeste é o que mais lê, com cerca de 4,3 livros por ano. Já o Norte puxa toda a média para baixo, com 2,7.

Com isso, é possível verificar que o brasileiro já lia pouco em 2007. Contudo, conseguiu diminuir ainda mais esse número na última pesquisa e alcançou uma marca preocupante para um país que deseja se desenvolver e que figura entre as dez maiores economias do mundo

E por que o brasileiro não lê?

Com o baixo interesse do brasileiro em leitura confirmado pela pesquisa, resta agora tentar entender os motivos que geram essa problemática. Vamos lá.

Pais que não têm o hábito de ler não são boas referências de leitura para o filho.

Para que uma criança descubra o prazer pela leitura, a primeira influência que ela pode receber é a familiar. Assim, se os pais têm o hábito de ler constantemente em seus horários livres, a criança rapidamente vai associar essa prática a uma coisa legal e divertida.

Mas, se ao contrário, os pais não têm o hábito de pegar um livro nas mãos, a criança vai apenas reproduzir aquilo que vê em casa.

Um detalhe interessante para se destacar nesse ponto é sobre o que os brasileiros costumam fazer quando têm tempo livre, ou seja, quando estão fora do trabalho, da escola ou de quaisquer obrigações. A resposta é surpreendente.

A leitura ocupa uma singela sétima colocação colocação, atrás de assistir à televisão, descansar e escutar música ou rádio. Porém, um dado rivaliza com esse que acabamos de descobrir. Questionados sobre as razões que o fizeram não ter lido nos últimos três meses, 53% dos brasileiros responderam que não tinham tempo para ler.

Com esses dados em mãos, fica fácil perceber que, embora tenham rapidamente apontado, o verdadeiro problema não é a falta de tempo, e sim a falta de interesse pela leitura. O que acontece é que a pessoa prefere tomar uma cerveja no bar com os amigos, assistir a um jogo de futebol ou a um filme do que sentar numa poltrona ou sofá para ler um livro.

O mesmo ocorre quando as pessoas questionam que não têm dinheiro para comprar um livro ou que o livro custa caro. Muitas vezes, sim, ele custa caro, mas o mesmo sujeito que faz essa reclamação reserva uma quantia de seu salário para gastar em farra no final de semana.

Então, mais uma vez, o problema não é o dinheiro, e sim o interesse.

O paradoxo do preço do livro

Ah, o preço do livro é alto demais? Chegou a hora de você conhecer o paradoxo que envolve esse problema.

Resumidamente, para o preço do livro ser definido, a editora soma diversos valores, que incluem as seguintes etapas:

1. produção (que se resume basicamente em preparação de texto, diagramação/projeto gráfico, revisão e design de capa);

2. impressão;

3. marketing;

4. distribuição.

Todas essas etapas variam de preço, sempre dependendo da qualidade do profissional que vai executá-las.

Porém, uma delas possui um detalhe que é universal: quanto mais livros são impressos, mais barato fico o preço unitário.

Isso acontece porque o custo de colocar uma máquina de impressão para funcionar é alto e, para se manter, as gráficas precisam dar prioridade às grandes tiragens, que, embora utilizem mais material, compensam na continuidade do trabalho.

Para ilustrar, vamos usar um exemplo. Digamos que a tiragem de um determinado título tenha sido de 3000 exemplares e seu preço de capa — ou seja, aquele aplicado nas livrarias — seja R$40,00. Em virtude do preço gasto na gráfica e em todas as etapas de produção, fica impossível para a editora fazer um preço menor.

Todavia, se ela optasse por mandar imprimir 10.000 exemplares, provavelmente o preço de capa do livro baixaria para algo em torno de R$20,00 e R$30,00. E por que as editoras não fazem isso sempre? Porque não existem leitores suficientes para bancar uma tiragem de 10.000 exemplares.

Entenderam o paradoxo?

As pessoas não comprar livros por os considerarem caros, e os livros são caros porque as pessoas não os compram.

A influência da família no cultivo do hábito da leitura em casa é de extrema importância. Pais que gostam de ler estimulam seus filhos. E essa questão muitas vezes não tem relação com o baixo ou alto poder aquisitivo, já que bibliotecas existem para conceder o acesso.

Mas e quando os pais não sabem ler?

Bem, esse é o nosso próximo tópico.

O analfabetismo

Os dados coletados pela pesquisa Retratos da leitura no Brasil indicam que os índices de leitura aumentam com o crescimento do nível de escolaridade, alcançando 7,7 livros por ano entre as pessoas com nível superior, 3,9 com nível médio, 3,7 da 5a à 8a séries e 2,5 até a 4a série.

Esses números mostram que a leitura tem uma forte relação com a escolaridade.

Embora muitas pessoas hoje já possuam acesso a níveis de escolaridade superior, muitas delas não possuem habilidades de leitura ou até mesmo são analfabetas, como foi o caso do rapaz que passou em 9 lugar no vestibular de Direito em 2001 sem saber ler e escrever.


Isso impede que o vínculo afetivo da pessoa com o livro seja possível, uma vez que, para ela, ler é um sacrifício tremendo.

Mas como explicar que pessoas com níveis de escolaridade concluídos não saibam ler ou tenham grandes dificuldades? Vamos voltar um pouco no tempo.

A partir da década de 1980, é possível perceber profundas mudanças conceituais e metodológicas no processo de alfabetização. Por décadas, o modelo tradicional foi representado pela cartilha, a qual se constituía num mero código de representação de linguagem oral.

Hoje, é possível ver que a escrita passou a ter um caráter simbólico.

Esse modelo representado pela cartilha tem origem num contexto político bem singular de nosso país. A partir da década de 1960, por conta da evolução tecnológica, os países economicamente desenvolvidos passaram a exigir que o trabalhador soubesse apenas o lado funcional da escrita, de modo a conseguir operar técnica e cientificamente as teorias e os aparelhos usados em suas demandas de produção.

Dessa forma, os sistemas educacionais do mundo inteiro tiveram que se adaptar às novas regras.

Com esse cenário armado e uma ditadura definindo as regras do país, o brasileiro se acostumou a identificar no professor a figura da autoridade, que não dá espaço para a indisciplina, mas que também afoga as práticas sociais de leitura e escrita, as quais incorporam condições essenciais para o exercício da cidadania plenamente consciente.

Dessa época para cá, passaram-se cerca de cinquenta anos e, apesar de todas as mudanças que vêm sendo aplicadas no sentido de alfabetizar as pessoas de modo a torná-las “alfabetizadas letradas”, e não apenas meras reprodutoras de informações, ainda assim não conseguimos resultados satisfatórios.

Um exemplo disso são as leituras obrigatórias nas escolas.

Grande parte delas são clássicos das literaturas brasileira e portuguesa, entretanto, a despeito de sua relevância histórica, não são nada sedutoras para crianças e adolescentes que estão adentrando nesse universo. Livros como
Senhora, de José de Alencar, e Auto da barca do infernode Gil Vicente são magníficos, mas verdadeiras esfinges para os estudantes do segundo grau. Por não conseguirem absorver muita coisa das leituras, frustram-se e as abandonam, preferindo se preparar para as provas estudando resumos feitos pelos pouquíssimos colegas que conseguiram entender algo.

Mas a pior consequência desse cenário é o fato de que esse adolescente vai continuar identificando a leitura a algo chato e sem graça, pois sempre que recebeu um livro nas mãos, escutou: “decifra-me ou te devoro”.

Mesmo novo, esse jovem aluno já possui dois desafios tremendos: pais que não gostam de ler e poucos livros interessantes para ler na escola.

Contudo, nos últimos anos, o Governo Federal tem investido muitos milhões de reais para abastecer as bibliotecas públicas e/ou escolares do Brasil. Todos os anos, ele compra milhares de livros que são distribuídos por todas as cidades e que deveriam chegar nas mãos de professores e alunos.

O problema surge quando se verifica que as escolas têm…
Professores mal preparados

Para que alunos sejam bem formados acadêmica e intelectualmente, uma peça não pode faltar: o professor.

Ele é o personagem principal quando o assunto é estímulo à leitura. A sua importância chega ao ponto de até ocupar o topo da lista de quem mais influenciou os leitores a ler, ficando na frente dos pais e dos amigos.

Porém, quando esses professores não possuem uma boa formação ou uma prática de leitura bem firmada, os alunos não detectam que o livro pode ser divertido e permanecem considerando o objeto como uma simples ferramenta necessária para passar de ano.

Uma história curiosa me foi contada por uma especialista em literatura infanto-juvenil. Disse ela que, no ano passado, em uma cidade do interior de São Paulo, uma escola recebeu milhares de livros para abastecer sua biblioteca. Os livros chegaram bem empacotados, ainda exalando aquele cheirinho de papel novo tão gostoso. Porém, a diretora, que certamente não possuía nem o mínimo grau de hábito de leitura, tomou uma decisão que, na cabeça dela, era a mais correta.

Decidiu trancar todos os livros dentro de uma sala.

O motivo?

“Assim os alunos não vão estragá-los”.

Percebem a total falta de consciência literária nessa diretora? Para ela, os livros são objetos que não podem ser estragados. Em virtude disso, devem ficar trancados, longe dos alunos.

E o que os alunos fizeram? Nada, é óbvio!

Se eles não têm pais que gostem de ler dentro de casa, não têm professores preparados para ensiná-los a ler com prazer e os livros ficam trancados dentro de salas, o que mais vocês esperam que aconteça? Os alunos vão continuar indo para a escola, tendo suas aulas, mas, na primeira oportunidade que tiverem, vão querer jogar futebol, assistir à televisão etc.

As escolas não precisam de pessoas que escondam os livros, por melhores que sejam as suas intenções. O que as escolas precisam é promover a educação de verdade.

Para isso, precisa de profissionais e educadores que leiam outros livros além dos didáticos, que ensinem seus alunos a procurar a leitura como forma de resolução através de reflexão interior, que criem condições adequadas para essa função.
A exploração portuguesa não ajudou

Enquanto outros países europeus, com índices bem maiores de leitura que os brasileiros, já possuem milênios de prática, o nosso país, de vida, não tem pouco mais de quinhentos anos. Além disso, por muito tempo, nossas terras serviram, exclusivamente, como fonte de extração de matéria-prima, e pouco desenvolvimento foi feito.

Se para a metrópole portuguesa o Brasil não servia para nada além do envio de riquezas brutas, certamente a leitura não constava na lista de itens mais importantes da agenda imperial. Porém, esse cenário mudou quando as coisas apertaram para Portugal lá na Europa.

Com a ameaça napoleônica de invasão francesa, a corte portuguesa ficou com medo e decidiu se estabelecer em terras brasileiras. Com eles, vieram uma quantidade absurda de barcos que traziam obras de arte, jóias, roupas e, inclusive, toda a Biblioteca Real.

No meio desses barcos, veio também algo que seria muito importante para o estabelecimento da leitura no Brasil:
a Impressão Régia.

Em 13 de maio de 1808, foi oficializada por Dom João a instalação de uma casa impressora, que seria destinada a publicar a papelada oficial do governo. Embora fosse reservada apenas para os assuntos do governo, a Impressão Régia foi um marco de mudança, uma vez que, antes dela, os livros que se consumiam no Brasil vinham quase que exclusivamente da Europa.

Se apenas em 1808 o Brasil pôde contar com uma máquina de impressão oficial, por um pouco mais de duzentos anos é que se foi fomentando, a passos de formiga, a leitura. Sendo assim, é natural que nossos índices sejam mais baixos que o restante dos países mais desenvolvidos.

Entretanto, existe um detalhe nessa história. Os Estados Unidos começaram a ser colonizados um pouco antes do Brasil, mas têm um índice de leitura bem maior. Como se explica?

Países católicos, geralmente, leem menos que protestantes

Segundo o intelectual alemão
Max Weber, o espírito do capitalismo reside dentro da ética protestante. Dessa forma, a maioria dos países que se desenvolveram durante a Revolução Industrial seguiam a filosofia iniciada por Martinho Lutero na Alemanha, no século XVI.

Para o filósofo, os
protestantes possuem uma formação educacional mais técnica, voltada para a pesquisa e para a contestação.

E não é para menos, né?

Lutero foi um padre ordenado pela Igreja Católica, mas expulso por criticar o distanciamento que ela mantinha com os fiéis. Não contente com apenas questionar as bases católicas, ele fez algo terminantemente proibido: traduzir a Bíblia para uma língua diferente do latim. No caso, ele traduziu para o alemão. A partir daí, aqueles que queriam ler a Bíblia e muitos outros livros, poderiam fazê-lo.

Esse distanciamento da Igreja Católica foi criticado por Lutero, que optou por criar sua própria corrente religiosa. Porém, por séculos ela continuou tendo seguidores, que estavam satisfeitos em não ter tanto acesso às informações quanto os protestantes, e aceitaram até 1962 que a liturgia católica seguisse o formato romano e fosse rezada em latim, língua inacessível para quase 100% de seus seguidores nos dias atuais.

Por isso, os protestantes receberam maiores estímulos à leitura (mesmo que, na época, fossem apenas documentos religiosos), enquanto que os católicos eram afastados dos assuntos relacionados à sua igreja e, consequentemente, à leitura e à pesquisa.

Para formarmos um país de leitores, precisamos começar dentro de nossas próprias casas, precisamos entender que a leitura é, sim, prazerosa, e que rende frutos fascinantes para aqueles que a praticam.

Com ela, uma pessoa pode, efetivamente, se tornar cidadã, com poder e consciência crítica. Agora que sabemos os motivos que prejudicam o hábito da leitura no Brasil, podemos identificar as soluções, não acham?

Então levante, pegue o seu livro — impresso ou eletrônico — e comece a ler. Qualquer leitura é válida.

Vamos aumentar essa média de leituras por ano no Brasil?

Nota do editor: nenhuma imagem foi inserida nesse post de propósito, para que o foco seja unica e exclusivamente a leitura e a reflexão sobre a leitura no Brasil. O espaço de comentários está aberto para a discussão.


FILIPE LARÊDO

Filipe Larêdo é um amante dos livros e aprendeu a editá-los. Atualmente trabalha na Editora Empíreo, um caminho que decidiu seguir na busca de publicar livros apaixonantes. É formado em Direito e em Produção Editorial.

Leia outros artigos escritos por
Filipe Larêdo, no site http://papodehomem.com.br

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

JORNALISTA DÁ "PUXÃO DE ORELHA" E CONCLAMA COMUNIDADE A CONHECER ESCRITORES DA NOSSA TERRA

 
LEIA ABAIXO, MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL "CORREIO DO TOCANTINS"- MARABÁ-PA
 





Click na imagem para melhor visulaização

Click na imagem para melhor visulaização

Click na imagem para melhor visulaização
 
Click na imagem para melhor visulaização
 


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

LEIA A ENTREVISTA COM SALOMÃO LARÊDO À REVISTA TODA, ENCARTADA NO JORNAL DIÁRIO DO PARÁ


Click na imagem para melhor visualização

Livro de Salomão Larêdo resgata memória do Baixo Tocantins

Por Iva Muniz* Fotos Klelson Pinto
*"Salomão Larêdo, 64, lançou na semana passada seu 39º livro, intitulado "Terra dos Romualdos País dos Maparás", uma forma que o autor encontro de chamar atenção dos leitores para a região do Baixo Tocantins, assim como para a história e cultura do povo amazônico. Conta que o termo "País dos Maparás" foi também estratégico para destacar a degradação que a chamada "modernidade" impões ao meio ambiente. "A construção da hidrelétrica de Tucuruí quase dizimou a nossa fauna ictiológica, onde se sobresaia o Mapará que quase é exterminado, enfatiza". No livro, Salomão retrata a área da educação, religião, religiosidade, usos e costumes daquela região. Confira mais detalhes sobre o livro na entrevista com o escritor."
Nome: Salomão Larêdo
Idade: 64

Quantos livros já lançados?
Editados e publicados, com este, são 39


1. Quando ouviu falar pela primeira vez dos“Romualdos” em Cametá?
Nasci na Vila do Carmo, município de Cametá e naturalmente, na convivência com meus pais e minha família, fiquei sabendo da existência desses dois vultos históricos. Dom Romualdo Coelho, primeiro bispo do Pará, e o sétimo bispo a comandar a diocese de Belém nasceu no sítio Paricateua, no Moiraba, perto da Vila do Carmo e como presidente da junta governativa do Pará, assinou a adesão do Pará à Independência, no dia 15 de agosto de 1823. Seu sobrinho, dom Romualdo de Seixas, nasceu num sítio em Mutuacá, Cametá e é o segundo bispo cametaense e o primeiro bispo brasileiro que se tornou Arcebispo Primaz do Brasil, em Salvador, Bahia nessa função que exerceu por quase 30 anos, foi quem coroou dom Pedro II, que outorgou-lhe o título de Marques de Santa Cruz.

2. Do que se trata o livro exatamente?
O livro não é sobre os Romualdos, apenas dei esse título pra chamar a atenção de todo paraense e amazônida que devemos valorizar o que é nosso, nossa gente, nossos vultos históricos, nossa cultura, nossa história. Cametá, em razão dos dois bispos terem nascido lá, com o mesmo nome, Romualdo, passou a ser chamada "Terra dos Romualdos", mas hoje, percebo que há um certo apagamento com relação ao nome deles e a a história do Pará que não estudamos, não conhecemos e não valorizamos. O livro contém, claro, informações sobre os Romualdos, mas é um livro que trás muito registro memorial do povo do Baixo Tocantins, em alguns aspectos, como por exemplo, na área da educação, religião, religiosidade, usos, costumes, navegação e outros. Quero sublinhar, que, é na área da educação, onde há maior dado, mais informes, pois há conteúdos de como tudo começou.

3. O que deve ser feito para que não nos percamos da nossa história? 
Valorizar o que é nosso, estudar nossa história e para isso, investir em estudo, em pesquisa na preservação da memória, qualquer memória, que incluí os documentos históricos, familiares, fotos. O professor precisa ler mais e ser instruído sobre o que é nosso, precisamos saber, conhecer nossa história, do contrário, eles vão levar tudo. Já levam nosso minério com enorme avidez pra China, levarão tudo o mais se não valorizaremos, conhecermos, estudarmos e isso é urgente que deve ser feito com urgência.


4. Os “Romualdos” deixaram que legado para o povo cametaense?

 Muitos, mas, sobretudo, que se vence, estudando, pobreza nunca foi desculpa para ninguém deixar de estudar e vencer.


5. De Cametá, quem mais merece ser resgatado do esquecimento?
Todos que fizeram e fazem a história, desde ontem, até aos dias de hoje, É certo que tem uns que avultam mais que outros. Na área da política, na literatura, no esporte, no transporte, em todas as áreas. Assim como podemos citar os bispos Romualdos, há dom Milton Pereira, que foi arcebispo de Manaus e é cametaense e outros sacerdotes temos escritores da estirpe de um Juvenal Tavares, Victor Tamer e outros, temos na área da escultura, o mestre Jeremias, na pintura, por exemplo, Andrelino Cotta, na política, os Mendonça, os Parijós, na área da carpintaria naval, temos Francisco Lira e seus filhos.


6. Qual sua expectativa sobre esse livro?

Que ele seja lido por muitos, pois tem um grande manancial informativo. Ficarei muito feliz se ele servir como plataforma de lançamento para profundar pesquisa e servir de inspiração a outras pesquisas sobre nossa história, nossa cultura e nossa gente.

7. Onde o livro pode ser encontrado?

No primeiro momento, na livraria da Fox – trav. dr. Moraes, 584, entre a av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus – Batista Campos; na livraria Newstime do Pátio Belém e Estação das Docas e na Livraria do Campus da UFPA em Belém e Cametá.


8. E como se deu esse começo?

Começou com o olhar dos padres lazaristas que chagaram da Holanda e perceberam que não havia escolas nos diversos municípios das paróquias pelas quais eram responsáveis. Esses padres que pertenciam à Congregação da Missão, também chamados de Lazaristas, são super importantes no Baixo-Tocantins porque detonaram o processo educacional que os governos não se importavam com o Baixo-Tocantins, como acontece até hoje, essa é uma região relegada, quase não há nenhum investimento e sendo uma região rica. Por exemplo, é em Tucuruí que produzimos energia elétrica que é exportada para todo o Brasil e no entanto, há localidades sem energia elétrica, o caboco, o ribeirinho ainda tem que usar a lamparina. Não há pontes, há balsas velhas, preguentas precárias, o transporte rodoviário é péssimo, o fluvial, inexiste, o rio Tocantins continua estrangulado, o pedral do Lourenço sem solução, a eclusa não funciona, só há pouco tempo chegou ensino superior por aqui.

9. Quanto tempo durou seu trabalho de pesquisa? 
Passei 20 anos pesquisando, ouvindo depoimentos, fazendo entrevistas, observando, escrevendo, anotando, enfim, juntando material, como se diz, fazendo coleta de campo e escrevendo, checando informações, lendo documentos, indo atrás de fontes, etc, tudo isso, nos diversos municípios que compõem o Baixo-Tocantins: Igarapé-Miri, Cametá, Mocajuba, Baião, Tucuruí, Oeiras do Pará, Belém e outros. Nesta obra, faço o que chamo de literatura de testemunho. Sou ficcionista, mas, gosto da área memorial, do que se denomina hoje autoficção e como jornalista e ficcionista, mergulhei no que chamo de memória afetiva do povo do Baixo-Tocantins, minha gente.Eu quis, como escritor e cidadão, trazer material para as meditações, porque os padres e as irmãs investiram no básico: educação e saúde.



______________



Você encontra o livro "Terra dos Romualdos País dos Maparás", do escritor e jornalista Salomão Larêdo, na na livraria da Fox – trav. dr. Moraes, 584, entre a av. Conselheiro Furtado e Rua dos Mundurucus – Batista Campos; na livraria Newstime do Pátio Belém e Estação das Docas, na Revistaria do Alvino e na Livraria do Campus da UFPA em Belém e Cametá.



Salomão Larêdo Editora acaba de lançar mais uma importante obra. Trata-se do novo livro do escritor e jornalista Salomão Larêdo “TERRA DOS ROMUALDOS PAÍS DOS MAPARÁS”.

 TERRA DOS ROMUALDOS
PAÍS DOS MAPARÁS



Salomão Larêdo Editora acaba de lançar mais uma importante obra. Trata-se do novo livro do escritor e jornalista Salomão Larêdo “TERRA DOS ROMUALDOS PAÍS DOS MAPARÁS”. É literatura de testemunho, registro memorial do Baixo-Tocantins, abrangendo as localidades de Igarapé-Miri, Cametá, Mocajuba, Baião e Tucuruí, nos seus aspectos educacionais, religioso, usos e costumes do povo dessa área. O leitor é quem decide se é etnoliteratura, teologia cultural ou mitopoética quando se emprazerar com as 738 páginas dessa obra que o autor levou dez anos pesquisando, escrevendo, procedendo transcrição epistemológica da memória pessoal e coletiva, na luta contra o esquecimento na sociedade contemporânea - que desvaloriza o passado - procurando descobrir e mostrar, através da palavra paisana, comprovada com fotografias, a fisionomia paraense do povo da região de Cametá.
Este livro registra também a presença dos padres da Congregação da Missão (CM) lazaristas holandeses que trabalharam na prelazia – hoje, diocese- de Cametá e, por extensão, anota os presbíteros nativos, aspectos da religião e do trabalho das irmãs Filhas da Caridade (FC) na área da educação e a memória - que é a história -, através também de entrevistas, retratos, documentos que formam o maior corpus de obra já escrita pelo autor na área da memória ou literatura documental ou texto reportagem.

TERRA DOS ROMUALDOS

Cametá é conhecida como a Terra dos Romualdos. E alguém poderia perguntar: e são muitos os Romualdos? São os Romualdos de Souza Coelho e Romualdo Antonio de Seixas.
O primeiro, Bispo de Belém, proclamou a adesão do Pará à independência do Brasil; e o outro, Arcebispo da Bahia, Primaz do Brasil, coroou dom Pedro II como Imperador do Brasil, conforme dados históricos.
Cametá, Terra dos Romualdos, é um título, um cognome hoje com enorme apagamento, desmemória.
Não deveríamos esquecer estes dois nomes de nossa história política, cultural e eclesial. Fatos de suas vidas devem ser pesquisados, estudados, analisados criticamente. O desconhecimento de nossa história pode prejudicar nossa identidade, lugar de pertencimento, conforme Canclini e Hommi Babha, nossa cultura e nossa história.
Em Cametá há muita gente e nomes “notáveis” que devem também (e sempre) receber nossos reconhecimentos, estudos analíticos.
Para saber mais, vale a pena consultar – sempre com espírito crítico e analítico – as obras dos pesquisadores de nossa história.

Título: TERRA DOS ROMUALDOS PAÍS DOS MAPARÁS 



Autor: SALOMÃO LARÊDO 
Páginas: 738 
ISBN: 978-85-85595-50-0 
Lançamento: Novembro de 2013 
Gênero: ciências humanas e sociais 
Público-alvo: Interessados na cultura, usos, costumes, educação, religião, memória do povo do Baixo-Tocantins, - Pará - região Amazônica- Brasil - América Latina.





sexta-feira, 15 de novembro de 2013

"UMA DAS MAIORES FESTAS LITERÁRIAS! CENTENAS DE FÃS ABARROTARAM A FOX! PARABÉNS! OBRIGADO PELO PRESENTE DADO AO NOSSO POVO E A NOSSA HISTÓRIA"



Abaixo o leitor pode apreciar síntese de alguns comentários feitos pelos que estiveram no lançamento do livro do escritor e jornalista Salomão Larêdo, na Livraria da Fox, em Belém.

Salomão Larêdo e Edilberto Barreiros


IMPRESSIONANTE GARIMPAGEM

Queridos Salomão e Ma. Lygia : “... Ainda estou pasmo diante do seu excelente livro, "Terra dos Romualdos País dos Maparás. Pasmo não pela sua genialidade e simplicidade, que tanto conheço, mas diante da impressionante garimpagem de material que você levou 20 anos. E também da grandeza desses missionários que deram a vida pelos amazônidas. Sugiro amigo, que envies vários exemplares para o Vaticano, pois precisava de um Salomão para nos fazer saborear esses "maparás" que tanto nos alimentaram espiritualmente... Que grande livro em todos os sentidos. Orgulhoso de ser seu compadre, amigo e testemunha de tão grande talento. Seu sempre, Edilberto.”
(Edilberto Barreiros é músico, compositor e artista paraense, atualmente radicado em Fortaleza, Ceará)


Eduardo e Cintia costa

"Estou amando ler Terra dos Romualdos todas as noites antes de dormir! Como amo história, estou gostando muito de aprender alguns motivos de termos tido tantas freiras e padres europeus por aqui. Muito obrigada por compartilhar suas pesquisas com teus leitores! — lendo Terra dos Romualdos País dos Maparás."
(Cintia Costa, professora)


"Olha ai povo do miri, nossa bandeira no Lançamento do Livro do Escritor Salomão Larêdo, Que Orgulho!"
(José Teixeira Junior, Gerente de Marketing)
 
"Literatura brasileira, literatura paraense.. Salomão Larêdo Terra dos Romualdos - País dos Maparás. Leitura muito boa, recomendo".
(Gleice Faro)

"Parabéns amigo. Foi uma festa bonita! Valeu! Obrigada por conservar viva em nós a memória de nossa gente e nosso chão. Abraços".
(Orlanda Rodrigues Alves, professora)

"Parabéns, meu grande amigo salomão larêdo, pelo gigantesco sucesso alcançado, com o lançamento de seu livro "Terra dos Romualdos - País dos Maparás".trata-se de uma obra literária de grande penetração, tanto nos meios educacionais, como também históricos, sociológicos e muito mais... Demorou 20 anos para ser publicado, devido o árduo trabalho do autor, em busca pesquisas altamente confiáveis. Ver, sentir, agir e interagir com a sociedade, em todos os segmentos, sempre foi a "bandeira" usada por Salomão Larêdo, em suas dezenas de obras editadas. mais uma vez, receba nossos abraços e congratulações. = péricles e família".
(Pericles Rodrigues Borges)



"Parabéns por mais este trabalho, e que venham outros para o enriquecimento da cultura paraense e deleite nosso!".
(Kelly Sousa, professora)

"Parabéns pelo livro sucesso absoluto, seus seguidores, como eu , agradecem ...."
(Fernanda Laredo dos Santos, médica)

"Meu amigo, parabéns pelo lançamento de belíssima e apurada obra. Ter visto este sucesso me faz acreditar que ainda há espaço para literatura de boa qualidade neste país. Grande abraço."
(Andrei Simões , biólogo, professor e escritor)

"Amigo Salomão Laredo parabéns pela belíssima obra. Comecei a ler. Uma bela obra que nos leva a vida gostosa das cametaenses e demais interioranos que possuem uma rica cultura e belas histórias. Inclusive comprei outras obras suas que ainda,não tinha. Não poderiam faltar em minha pequena biblioteca. Sucesso. Parabéns. Abraço"
(Victor De Moura Carvalho Vallinoto)



"Um escritor que fala a língua do papa-chibé, que conta nossos causos com uma simplicidade ímpar.
É você,
Salomão Larêdo
Um escritor por excelência!
PARABÉNS!!!!!"
(Tânia Brasil)
"Não são 45 anos somente de atividades literárias; são 45 de ensinamento e, acima de tudo, conhecimento. Não é empréstimo é doação do saber. Parabéns pelo lançamento do Livro à epígrafe."
(Hugo Júnior)
"Prezado amigo Salomão
O lançamento de seu livro foi um sucesso! Já esperava por isso, pois como bons amazônidas amamos nossa história e gostamos de fazer memória de nosso vida, do nosso modo de ser e dos laços de família. Obrigada! Você tirou do baú belos depoimentos que nos fazem felizes. Você é o nosso escritor querido. Deus o ilumine sempre!
Abraços."
(Orlanda R. Alves)

Maria Lygia Lar}êdo, Edmilson Rodrigues e Salomão Larêdo

"O lançamento dessa nova obra do Salomão Laredo foi uma das maiores festas literárias da qual participei. Centenas de fãs abarrotaram a Fox. Cametaenses em êxtase, aos montes. Parabéns! Obrigado pelo presente dado ao nosso povo e a nossa história."
(Edmilson Rodrigues, Deputado e ex-Prefeito de Belém-PA)
________________
 
O livro tem 738 páginas 

O livro TERRA DOS ROMUALDOS PAIS DOS MAPARÁS tem os seguintes apoiamentos:








quarta-feira, 13 de novembro de 2013

AOS QUE VALORIZAM O QUE É NOSSO, O QUE É SEU, ESPECIALMENTE A LITERATURA PARAENSE, AGRADEÇO, EMOCIONADO!


O coração cheio de felicidades e alegria agradece a presença de centenas de amigos e amigas que foram prestigiar o lançamento do meu mais recente livro o “Terra dos Romualdos País dos Maparás”, na Livraria da Fox, em Belém. E estavam presentes os amigos de todo o Baixo Tocantins: Barcarena, Abaetetuba, Igarapé-Miri, Mocajuba, Baião, Cametá, Tucuruí, Limoeiro, Oeiras; de Belém, familiares, colegas, parentes e muita gente que gosta da literatura que faço. E a todos que vieram prestigiar-me e apoiar-me em mais este lançamento, meu agradecimento que segue com afetuoso abraço abraçado (Salomão Larêdo, escritor e jornalista).  
Confira abaixo as fotos do dia do lançamento:





























Aguarde ainda postaremos mais fotos....