terça-feira, 30 de abril de 2013

SUCINTA BIOGRAFIA DE MILTON LARÊDO

Salomão Larêdo escritor e jornalista

Nasceu Milton Barroso Larêdo em 02 de fevereiro de 1915 no sítio de nome São Vicente, Vila do Carmo, Cametá, filho de Manoel Larêdo da Costa, professor de matemática, e, de Almerinda Biósia Barroso Larêdo, prendas do lar.


Auto-didata, calígrafo, escrevia e lia cartas para seus conterrâneos que não possuíam essas habilidades. Voraz leitor, lia muito e anotava em cadernetas registros de acontecimentos de sua vida e dos seus, por isso, mantinha no bolso da camisa ou da calça, papel e caneta. Curioso e observador, tudo anotava e estudava e gostava de fazer discursos em ocasiões especiais no meio familiar e em sua comunidade.

Em 1926 morre sua mãe de nome Almerinda Biósia Barroso.

Em 1930 foi trabalhar com Ivo Gaia, no Paruru em comércio grande, com muitas filiais; seu irmão Jaime tinha ido trabalhar antes com Ivo Gaia que era bom patrão e político, chegou a ser prefeito de Cametá. É padrinho de batismo do Cônego David Larêdo.

1937 – Milton volta a Vila do Carmo. 

Adquire, com a ajuda do irmão Jaime, o barco a vela “Carmelita” que fazia frete para Belém. Capacidade: 7 a 8 toneladas.

17.07.1943 – Casou com Maria do Carmo Larêdo, sua querida Lady Larêdo, com que teve cinco filhos: Adalcinda, Ocirema, Salomão, José e Abrão Larêdo. Ensinava a noite os filhos, contava histórias, emprestava e lia o noticiário dos jornais, revistas, lia, cada noite, capítulo por capítulo, romances, contos, contava histórias, falava das lendas amazônicas, mitologia grega, curiosidades dos diversos continentes, ensinava os significados de expressões latinas, explicava noticiário das emissoras de rádio, política, economia, música erudita e popular e contava de tudo que amealhava em leitura sobre cultura geral, como as 7 maravilhas do mundo antigo, monarquias, senado romano, filmes etc. Sempre que tinha folga do serviço, lia e uma de suas leituras prediletas e permanentes era o dicionário da língua portuguesa.

Serviu ao Exército, no 34º BC – Batalhão de Caçadores, em Belém. O 34 ficava ao lado da Basílica de Nazaré, depois passou para a av. Almirante Barroso, tornando-se 26º e hoje 2º Batalhão de Infantaria de Selva. 


Foi soldado, depois cabo e fazia curso para sargento quando, em l944, não mais quis continuar no exército e então foi relacionado e excluído, o sargento deu baixa contra a vontade, porque Milton estava fazendo ótimo curso para sargento e tinha ótimas condições para seguir carreira brilhante na caserna. Para explicar a razão de sua saída, Milton foi conversar com o sargentinho que prometia xadrez para quem quisesse dar baixa. O sargentinho entendeu as razões, lamentou a saída de Milton e desejou-lhe boa sorte.

Antes desse episódio, Milton fez exame de vista, coração e dentadura para poder embarcar para a Itália, mas a guerra terminara logo em seguida. Fora relacionado para embarcar, mas felizmente o conflito acabara. 

Por interesse do sr. Raimundo Albuquerque – que não avisou e não o consultou – veio a ser comissário de polícia de Vila do Carmo.

Esteve em Tucuruí e falou com o diretor da Estrada de Ferro do Tocantins, de nome Cirano, que mandou que se apresentasse ao Creão que o examinou e considerando apto, foi admitido. Creão, é o sr. Erostácio Correa Filo- Creão, conhecido como Yoyô.

Milton na EFT foi telefonista, encarregado de despachar o trem, foi chefe de estação de trem em Breu Branco e Remansão. Morou, por causa disso, em Tucuruí, durante muitos anos e depois do fechamento da EFT foi transferido ao DNER, em Belém.

Viajou para Marabá no motor e passou 4 dias na mata pois a embarcação partira na cachoeira e aí, na floresta amazônica, para sobreviver, comeu carne de macaco e outras carnes de caça e frutos do mato.

Em 1969, falece seu pai Manoel Larêdo. 

Trabalhou no DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagens, hoje DNIT, em Belém, até aposentar-se, recebendo elogios como funcionário.

O inesquecível e amado Milton Larêdo, esposo e pai afetuoso, o homem modesto, simples, humilde, honesto, correto, honrado, justo, faleceu em Belém, no Hospital da Beneficente Portuguesa, acompanhado por seu médico Júlio Bernardes, às 19h30, do 1º de maio de 1993. Seu filho Salomão e sua mulher Maria Lygia e sua filha Ocirema estavam presentes junto ao leito e assistiram ao último suspiro de Milton Larêdo, testemunhando a morte do pai querido. O corpo de Milton Larêdo foi velado no Recanto da Saudade e após missa de corpo presente celebrada por seu primo e cunhado cônego David Larêdo, foi enterrado no dia 2 de maio, pela manhã, no jazigo da família no cemitério de Santa Izabel, em Belém do Pará.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A BIBLIOTECA DO MUSEU GOELDI NÃO FECHA

Salomão Larêdo, escritor e jornalista

Salomão Larêdo e Francileila Jatene Cavalcante

Já está funcionado, de 8 às 17h – não fecha para o intervalo do almoço - a biblioteca “Domingos Soares Ferreira Pena”, do Museu Goeldi, no campus de Pesquisa na av. Perimetral. Criada em 1895 - lembre-se que o Museu Paraense Emilio Goeldi, a mais antiga instituição científica da Amazônia e um dos maiores museus de história natural do Brasil, foi fundado em 1866 - é “especializada nas áreas temáticas do Museu Goeldi e em assuntos amazônicos.
Seu acervo conserva importante conjunto de periódicos e livros, além de repositório da produção cientifica institucional...”

O Museu da Amazônia procedeu na Biblioteca uma boa e significativa reforma, deixando o espaço ainda maior, confortável - aeração refrigerada, cadeiras e mesas modernas - para que pesquisadores e leitores possam trabalhar com tranquilidade, num local, na ilharga da natureza e num ambiente dos mais aprazíveis e bonitos de Belém e reabriu seu espaço físico e todo o seu importante e significativo acervo, neste mês de abril, sob a direção  de Aldeides Camarinha e de competente equipe, cuja chefe da biblioteca é Andréa Abraham de Assis.
faz o atendimento durante oito horas, diariamente, sem interrupção.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

ILHAS DAS FLORES - REDE DE AMAR

Salomão Larêdo escritor e jornalista

 Trecho do livro

"Conforme a lenda na região cametaense, havia uma ilha com o charmoso e terno nome de Ilha das Flores, lugar de mulher bonita e de muita mulher - parecia até que alí só nascia gente do sexo feminino ou que criança que nascia do sexo masculino era jogada no meio do rio.
A Ilha das Flores era local de refúgio predileto de um político e por isso mesmo o lugar mudou de nome, hoje chamada de Itapucu.

De qualquer maneira, os dois nomes são poéticos, faça sua escolha estética.


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Leia Salomão Larêdo, o melhor da Literatura Brasileira produzida no Pará.


O livro cartilha "Ilha das Flores - rede de amar", você encontra na livraria da Fox Vídeo, Tv. Dr Moraes, 584 - Batista Campos - Belém (Pa). Fone: (91) 40080007.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NO CAMPUS CASTANHAL DO IFPA

Salomão Larêdo escritor e jornalista
Fui a Castanhal, mais precisamente ao campus do IFPA - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará -, atender ao convite da professora Inácia Thury para conversar com os estudantes dos diversos cursos daquela instituição de ensino, sobre a importância da leitura, dia 18, o Dia Nacional do Livro Infantil, data de nascimento do escritor José Bento Monteiro Lobato.
Professores Inácia Thury, Salomão Larêdo e Elissuam Barros.
Auditório lotado de alunos querendo saber sobre a literatura paraense e a cultura amazônica.  
Com o apoio e ajuda do Prof. Elissuam Barros, a professora Inácia Thury, que se emociona e vibra com eventos culturais que promovam o livro, a leitura e faça conhecido os escritores do Pará e por isso sempre promove atividades culturais naquele campus, realizou importante encontro que caiu no gosto da plateia que também interagiu em forma de perguntas e  o interesse  ficou ainda mais intenso, ficando evidente que atividades extra-classe é o que desejam os estudantes reivindicando outra forma de obter conhecimento sobretudo sobre a região e a riqueza do Pará do qual pouco usufruem e precisam obter cidadania cultural para uma ação política concreta.
Saí feliz com o bate-papo e certo de que a formação do leitor com espírito crítico deve ser prioridade em toda parte, sobretudo nas escolas, entre os estudantes, que, diferentemente do que se propaga, gosta de ler. Parabéns aos alunos e à professora Inácia Thury que planejou e executou a significativa atividade que deve ser imitada e ao prof. Elissuam que aderiu e apoiou.
O agradecimento afetuoso que recebi, entre outras, veio também em forma de presente material do que os alunos produzem na instituição, colocando em prática o que aprendem em sala de aula formal: mel puro de abelha, milho verde e ovos, uma delícia!!!!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

As Intolerâncias do Baratismo


Castigo sem crime
O que poderia fazer um jovem músico, negro, pobre, contra a violência do autoritarismo, a intolerância, senso comum entre os baratistas no interior?
Os fatos que se reconstituem neste livro, demostram bem a prepotência e a injustiça.
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Leia Salomão Larêdo, o melhor da Literatura Brasileira produzida no Pará
A venda na livraria da Fox Vídeo, Tv. Dr Moraes, 584 - Batista Campos - Belém (Pa). Fone: (91) 40080007.

A ETERNA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO DIALÉTICO

Salomão Larêdo, escritor e jornalista

Filipe Larêdo

Filipe - dando continuidade aos seus comentários literários – nos brinda com o mais que competente comentário a respeito da obra clássica de Ivan Turguêniev de título “Pais e Filhos”. E diz: “ ... quando o li pela primeira vez, era adolescente...” e revela que retirou da “biblioteca da casa de meus pais”. Vale a pena ler todo o comentário completo no site papodehomem.com.br e o livro, aqui, agora, apenas uns excertos.

Filipe Larêdo é um amante dos livros e aprendeu a editá-los. Atualmente coordena o catálogo estrangeiro da Editora Novo Século (São Paulo – SP). É formado em Direito e em Produção Editorial.


Pais e filhos (Ottsy i Deti) | Livros pra macho #9

 em 13/04/2013 às 0:00 |

"Da belíssima biblioteca da casa de meus pais, retirei diversos livros que marcaram a minha vida. Muitos deles foram tão importantes para mim que tive de “surrupiá-los” e, hoje, embelezam a minha, que ainda é modesta. E para marcar a minha relação familiar,
Pais e filhos, de Ivan Turguêniev* (1818-1883), está entre eles.

Quando o li pela primeira vez, ainda era um adolescente, e minhas convicções políticas e filosóficas eram mais furiosas do que fundamentadas. Não que hoje elas estejam totalmente alicerçadas, uma vez que acredito na eterna construção do conhecimento dialético, mas, nessa época, passava pela típica fase da revolta contra tudo, inclusive contra minha própria família.
Ao usar o adjetivo “típica” para qualificar o substantivo “fase”, quero dizer que, na adolescência, muitas pessoas passam pelas mesmas experiências hormonais. Isso alimenta uma sensação de revolta incontrolável e faz com que pensemos ter sempre a razão nos nossos argumentos.

Tal comportamento – comum aos adolescentes, mas não exclusivamente deles –, quando bem explorado, traz frutos importantes para a formação do indivíduo e, muitas vezes, até mesmo para a coletividade. Dessa forma, a pessoa consegue canalizar uma fúria interna para assuntos que acredita serem essenciais para si mesmo e, quando chega à fase adulta, a sua personalidade será a soma de todas as decisões e posicionamentos que tomou até aquele instante.

Eu sei, estou me estendendo um pouco e, sobre o livro, que é bom, ainda não falei quase nada. Pois então, vamos começar.

Pais e filhos é um daqueles clássicos que trazem a marca cultural de uma região e de um contexto político, fazendo-nos entender o que se passava no momento da narrativa, além de fornecer ampla circulação a um termo bastante usado pela juventude da época: niilismo.

Esse romance, assim como outros da literatura russa, tais como os de Fiódor Dostoiévski e Maksim Górki, exerceu – e recebeu – profunda influência nos pensamentos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, no que se refere à definição de um comportamento iconoclasta e contra tradições estabelecidas sem pragmatismo. Em outras palavras, o niilista (do latim nihil, nada) era uma pessoa revoltada contra o padrão político-social e desejava destruir a ordem aristocrática vigente.
A história começa com dois jovens, o médico racionalista Bazárov e seu seguidor e admirador Arkádi, chegando à casa do pai de Arkádi, Nikolai, no interior da Rússia. O pai, já viúvo, mora junto com o irmão, o aristocrata Pável. Ao serem recebidos, o carinho paterno é intenso, mas logo percebe que o contraste das ideias entre seu irmão e o amigo do filho vai gerar bem mais do que apenas discussões, já que os mais antigos viviam sob um modelo cada vez mais ultrapassado.
Para que os leitores possam entender esse modelo, é interessante fazer uma digressão histórica, de modo a visualizar como andavam as coisas em 1862, ano da publicação de Pais e filhos.

Naquele cenário, a Rússia passava por profundas transformações. O tsar Nicolau I buscava o fim da escravidão no país e considerava aboli-la. Porém, por medo de que os proprietários de terras se voltassem contra ele, preferiu não ir tão longe em seus propósitos, limitando-se a apenas melhorar as condições dos servos. Detalhe: diferentemente do que acontecia nos países americanos, onde os escravos eram negros africanos, na Rússia os escravos eram camponeses nativos da própria terra.
Velhos camponeses russos no final do século XIX

Predominantemente agrário, o modelo de governo russo era muito semelhante ao adotado durante o feudalismo, o que demonstrava o quão atrasado era aquele país, se comparado a outras nações, principalmente às do ocidente europeu. Como contestadores e reformistas, os jovens surgiram para reivindicar mudanças e, do outro lado, os pais, acostumados às tradições antigas, preferiam permanecer sob os costumes de uma Rússia parada no tempo.

Como uma verdadeira caricatura da juventude de sua época, Bazárov pode ser considerado o personagem principal do livro. Ele, como muitos outros jovens, desejava que o país se desvinculasse das tradições antigas e abraçasse o progresso do mundo civilizado. Para isso, era necessário que as autoridades fossem destruídas e o racionalismo, verdadeiramente adotado.

“– O que Bazárov é? – sorriu Arkádi.

 – Tio, o senhor quer que eu lhe diga?

 – Faça-me esse favor, meu sobrinho.

– É um niilista.

– Como? – perguntou Nikolai Petróvitch.
– Ele é um niilista – repetiu Arkádi.

– Niilista – disse Nikolai Petróvitch. – Vem do latim nihil, nada, até onde posso julgar; portanto essa palavra designa uma pessoa que… que não admite nada?

– Digamos: que não respeita nada – emendou Pável Petróvitch.

– Aquele que considera tudo de um ponto de vista crítico – observou Arkádi.

– E não é a mesma coisa? – indagou Pável Petróvitch.
– Não, não é. O niilista é uma pessoa que não admite nenhum princípio sem provas.”

(Trecho de Pais e Filhos)

Para todos, Bazárov parece ser seguro e inteligente. Em suas conversas, ele mostra o quanto acredita nos argumentos niilistas e afirma que está disposto a lutar até o fim por suas convicções. Porém, existem coisas que ninguém, nem mesmo o mais sensato dos homens, consegue entender: as coisas do coração.
Folha de rosto da segunda edição de Ottsy i Deti, o Pais e Filhos
Clique na imagem para ampliar

Bazárov se apaixona pela viúva Odíntsova e, quando isso acontece, não consegue ser tão racional. Embora saiba exatamente o que deve fazer, seus conflitos emocionais o traem e ele não entende porque não consegue ser correspondido. Esse é um ponto em que fica evidente que o niilista padrão nunca deixou de ser humano e, assim, é suscetível aos mesmos problemas de todos, embora o negue veementemente.

Turguêniev foi corajoso. Escrever sobre um tema no momento em que ele está ocorrendo é difícil. Mais difícil ainda é quando esse tema diz respeito às possibilidades de transformações tão grandes. Aí a dificuldade se torna risco, já que as transformações podem não ocorrer e, como normalmente acontece, os contestadores passam a ser perseguidos.

É por esse e outros motivos que admiro a obra e a figura histórica de Turguêniev. Ele, como poucos, soube identificar as características de sua cultura e as transportou para o texto, proporcionando-nos, com detalhes, a experiência que apenas a literatura de boa qualidade consegue reservar.

*Ivan Turguêniev (1818-1883), nasceu em Orel, região da atual Ucrânia. Foi amigo íntimo de Gustave Flaubert e de Liev Tolstói, com que tinha graves brigas. Quando morreu, já era tido com um dos grandes escritores russos e foi enterrado em São Petersburgo acompanhado por uma multidão de seguidores.
 



COMENTÁRIO

Caramba cara, muito bom o texto, e me deu uma vontade tremenda de ler o livro. Eu vivo um certo conflito, claro que nem se compara ao vivido pelo Bazárov, mas não deixa de ter a sua importância. Estudo Jornalismo em uma universidade "medíocre" onde a parte intelectual das coisas não é levada a sério, me esforço pra tentar entender a essência dos pensamentos e das ideias, por conta própria, pra me tornar um ser pensante. Mas mesmo com a minha pouca experiência de vida e tudo mais já deu pra perceber que isso não é tomado como importante pela maioria. Mas o que me conforta é saber que existe muita coisa pra me ajudar, e sei que a literatura é uma delas e gostaria muito de ter esse tipo de livro na estante dos meus pais para poder "surrupiá-lo" também. :)
Obrigado pela dica e também pelo ótimo texto. Abraço! Nilson BrazVer mais


sexta-feira, 12 de abril de 2013

II SEMINÁRIO DO PARFOR/UFPA LOTADO DE PARTICIPANTES

Salomão Larêdo escritor e jornalista

Com relatos de experiência de ensino e extensão desenvolvidos pelo Parfor – Plano Nacional de Formação Docente, informa ao nosso blog o prof. Dr. Doriedson Rodrigues, coordenador do curso de Letras – Lingua Portuguesa, do Parfor/UFPA, encerra-se o II Seminário Parfor 2013, que começou ontem, 11 de abril, no centro e convenções da UFPA e discutiu projetos e práticas de formação docente no Parfor - Ufpa e contou com a presença da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Pará e aos docentes das redes públicas em Formação nas licenciaturas e se constituiu importante momento de discussão do que o Parfor oferece e seus impactos na formação docente.


Nas fotos, aspectos do evento e a presença maciça de participantes no auditório na cidade universitária à beira do rio Guamá, em Belém.








segunda-feira, 8 de abril de 2013

Lá vem a procissão dos índios!

Salomão Larêdo escritor e jornalista

Trecho do livro "Tio David Padre David":

As irmãs de David contam que, bem garoto, ele, imitava “celebrar” missa nos pés das cuieiras, cacaueiros e outras árvores frutíferas do quintal da casa dos pais , que era grande.
É o próprio David quem comenta:

“Minhas irmãs contam, mas eu não me lembro de imitar a celebração da missa no pé da cuieira. Recordo das procissões”.

Em conversa telefônica com tia Zita, às 17horas no dia 19 de abril de 2008, ela contou que tio David quebrava a rama de um arbusto chamado “capim de bode” e enfiava na cuieira para ser o altar e lá, ele imitava celebrar a missa que era assistida por muitas crianças, a maioria nossos parentes que iam pra lá se meter nas brincadeiras que David armava. 

 - Ele usava alguma coisa que parecesse paramento que os padres usavam quando celebravam missa?

- Não, ele estava brincando, usando roupa normal.

No quintal, eles todos faziam um andor de miriti, enfeitavam com “capim de bode”, colocavam uma imagem do Coração de Jesus e saiam cantando um hino do qual eles só sabiam o refrão que era assim:

É o coração de Jesus !
É o coração de Jesus !
É o Coração de Jesus!


A gente ouvia longe a voz das crianças ecoando pela Vila do Carmo, nosso lugar, naquela época, tão pequeno e tão pobre !

Mamãe dizia: lá vem a procissão dos índios!

É que naquela época, as crianças, filhos de gente simples e pobre – toda a comunidade era de parcos recursos -, andavam com pouca roupa e assim eles iam brincar, nus da cintura pra cima, meninos e meninas. Os menores, acompanhavam nus, totalmente, então, da cintura pra cima, estavam todos sem roupa, por isso ela falava procissão dos índios.
Este livro - Tio David Padre David - pretende apenas conter algum informe relacionado às efemérides – 45 anos de vida sacerdotal de David Larêdo, 37 de sua atividade à frente da Paróquia da Conceição paroquial e os 66 anos de criação da Paróquia da Conceição – para posteriormente ser melhor trabalhado e servir de subsídios à pesquisa.

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Leia Salomão Larêdo, o melhor da Literatura Brasileira produzida no Pará
A venda na livraria da Fox Vídeo, Tv. Dr Moraes, 584 - Batista Campos - Belém (Pa). Fone: (91) 40080007.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

AMANDA LARÊDO FAZ VIAGEM AO CONHECIMENTO E RECEBE MENÇÃO HONROSA DA NATIONAL GEOGRAPHIC CHANNEL

Salomão Larêdo escritor e jornalista

Amanda dos Santos Larêdo, filha dos professores José Larêdo Neto e Thereza dos Santos Larêdo, aluna do Colégio Santa Rosa, recebe menção honrosa por sua participação na Viagem do Conhecimento /Olimpíada de Geografia da National Geographic Channel. O módulo educacional do projeto Viagem do Conhecimento se caracteriza por uma grande competição estudantil que busca aferir o conhecimento dos jovens estudantes brasileiros principalmente na disciplina de Geografia.
  

   Amanda Larêdo, estudiosa, leitora, inteligênte e esforçada.

O evento reuniu mais de 165 mil estudantes em sua primeira etapa, cerca de 10 mil estudantes participaram da segunda prova.

 Para reconhecer o esforço destes alunos, este ano o Comitê Gestor, irá premiar com um certificado de menção honrosa, os 177 estudantes que tiveram melhor desempenho na prova de múltipla escolha e na dissertação.

Em entrevista a este blog, Amanda comentou: “... Não fui classificada entre os 13 finalistas por causa de apenas 1 questão objetiva, mas tive boa nota na redação. De acordo com a nossa coordenadora já é uma grande conquista por que foram quase 200.000 inscritos...”.

Entre os 13 finalista estão os paraenses Ana Luíza Aires Silva do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré e Paulo Victor Quaresma Correa do Grupo Educacional Ideal. 
Da direita para esquerda, Amanda, seu pai José, a mãe Thereza e as irmães Bia e Sara Larêdo.


Mais informações acesse o site:



terça-feira, 2 de abril de 2013

LITERATURA PARÁ

Salomão Larêdo escritor/Jornalista

Abril – O mês de todos os tons do livro e da leitura, além do dia nacional do livro infantil, mundial do livro, tem a feira Pan Amazônica. Vamos ler?!!!
NOVIDADES
- Dia 4, na Fundação Casa da Cultura de Marabá, lançamento do livro: “Marabá, ontem e hoje”, com a memória de Marabá, que comemora o seu centenário.
- De 26 de abril a 5 de maio a - XVII Feira Pan Amazônica do Livro. A homenagem é ao nosso Pará e ao escritor paraense, de Santarém, Rui Guilherme Paranatinga Barata, poeta.


FIQUE ATENTO
Caro leitor, aproveite a Feira Pan Amazônia e procure ler as obras dos autores locais. Temos significativa e intensa produção literária com autores de suma importância na literatura brasileira que se faz no Pará. No Hangar, fique atento, seja no estande dos escritores do Pará ou em outros, adquira e leia, procure conhecer os autores locais, eles merecem apoio na aquisição e na leitura de suas obras, muita gente editando com extrema dificuldade, vindo do interior do Pará objetivando mostrar sua produção. Na Feira, as novidades, os lançamentos da arte literária paraense, todo dia, toda hora. Não perca.
- Jirau da Literatura pode acontecer proximamente em alguns municípios da área da Transamazônica, é o que anuncia o poeta João de Castro, presidente da UEAma, que está em entendimentos com a coordenadora da UFPA, em Altamira que propôs a atividade.

LEITURA RECOMENDADA
Paranatinga – livro de Alfredo Oliveira, escritor paraense, contendo depoimentos sobre a vida, obra poética e musical do poeta Rui Guilherme Paranatinga Barata, que nasceu em Santarém e neste abril – Ruy faleceu no dia 23 de abril de 1990 - recebe justa homenagem da XVII Feira do Livro do Pará. 

A Reviravolta - é o livro da escritora paraense, Sultana Levy Rosemblat, este romance que arrebata o leitor que vai até o fim do enredo de uma sentada só. 
Incêndios e Naufrágios – antologia poética do poeta paraense, de Afuá,Antonio Juraci Siqueira. A obra reúne grande parte da vasta produção poética de Juraci , que estreou na literatura em 1981 com o “Verde Canto”.

O Mundo Mágico, livro do escritor paraense, Rafael Costa, jornalista, mestre do texto, prosador de primeira linha a lecionar como escrever e contar as histórias amazônicas.

Pescador Aprendiz – da escritora paraense, de Óbidos, Bella Pinto de Souza, que faz magia com os textos infanto-juvenis.
666 O tragicômico percurso – livro do escritor paraense, de João Bosco Maia, alentado romance muito bem escrito e premiado pelo IAP.

Bello Monte – Poemas do poeta João de Castro, bom portador e atual presidente da União dos Escritores da Amazônia- UEAma. 
Altar em Chamas - livro com poemas do poeta João de Jesus Paes Loureiro, natural de Abaetetuba e professor da UFPA, além de intelectual com vasta produção.

E todas as orquestras acenderam a lua – Livro da professora Lilia Silvestre Chaves, paraense, de Belém, e da qual Benedito Nunes recomenda: “...Cada qual, lendo a poesia amorosa de Lilia, vira amante e amado numa só pessoa”.
Mala sem fundo um lugar de ilustrar – Livro de poemas, da escritora paraense, de Castanhal, Heliana Barriga.
Terra da sombra e do não - livro do escritor paraense, de Belém, Vicente Cecim, romance, premiado pela Semec.


Visagens e Assombrações de Belém, do escritor e sociólogo, paraense, de Belém. Walcyr Monteiro, em múltiplas edições, a obra, uma das mais procuradas e lidas de nossa literatura.


Estrela Mágica – livro da escritora paraense Thereza Nunes Bibas. Poemas em prosa, trovas e outros poemas.