sábado, 30 de junho de 2012

GENTES E PAISAGENS OBIDENSES EM BONITEZA PARAUARA

Salomão Larêdo escritor e jornalista


Em toda Óbidos sente-se o amor e o carinho  de sua gente  por seu lugar de afeto e afeição e o espírito de oposição a tudo que não  seja legitimamente em prol do bem comum do povo. Esse sentimento esquerdista talvez seja justificado explicado pela posição geográfica, ficar à margem esquerda do rio Amazonas que detém uma particularidade, ser a parte mais estreita e mais profunda.


Quando estive em Óbidos, pela primeira vez, em maio de 2012, senti-me amado e acolhido por todos, parecia que era velho amigo e conhecido, um filho que visitava seu lugar. Senti a irmandade que une os ribeirinhos da Amazônia, essa sumanaria, o parentesco, talvez pelo comum da cabanagem, da minha descendência negra, índia e hebraica, pelo fobó ou fofo, Pauxis ou Camutá, Chupa-osso ou papa mapará, pela presença do mapará, na mesa, cozinha amazônica a fazer o ele entre Cametá e Óbidos, cidades históricas, uma, no Baixo-Tocantins, outra no Baixo-Amazonas. Esse carinho, senti em Santarém, Alenquer, Juruti, por aqui. Na zona do Salgado, na Vigia, em Bragança, por ali.

Mas, em Óbidos, talvez por ser mais recente a minha passagem, se enformou mais esse parentesco amazônico que nos faz irmãos.


Entrei no mercado municipal e uma voz chama: Salomão! Quem será meu Deus que me conhece nestas paragens? Era o Mauro, secretário de cultura e dono de um ponto de vendas, que me recebeu com uma cuia do melhor mingau e logo foi me apresentando pra turma do Clube da Purrinha onde me senti  ainda mais em casa e daí, o Jorge Ari Ferreira, cartorário se tornou o perfeito anfitrião da cidade, explicando-me as coisas, contando a história, narrando situações.

Jorge Ari Ferreira

A convite  do Jorge, fui ver o jogo do Clube da Purrinha e quando dei por mim, já visitava o cartório e bebia  café matinal com sua família onde almocei, depois de ter visitado a cidade, o que foi feito também  em companhia da Cleonice com quem  fomos  ver o Museu.

Cleonice e Jaíne Leila

Jorge e Cleonice pareciam meus irmãos de sangue  na atenção e no cuidado comigo. Como passei momentos agradáveis num papo sadio e despretensioso. O paraense é  um ser de alta generosidade, nem bem conhece o outro e já vai levando pra sua casa como se fosse velho conhecido. E somos, nossa  expressão caboca é a mesma, em Juruti ou Putiri, em Itacoatiara ou Icoaraci, em Vila do Carmo ou Curumu, em Alenquer ou Baião, Marabá ou Bragança, Xinguara ou Belém, Iatituba ou Afuá, Gurupá ou Altamira, tudo é Amazônia, tudo é gente brasileira, mostra de amor dessa humanidade linda que se chama Terra, Universo a unir versos diversos, em paz e amor.


Então pude fruir a cidade, conhecendo sua história cantada e decantada pelo casario, pelas gentes e pela paisagem obidense, boniteza parauara que não  esquecerei, jamais.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO DO CÔNEGO DAVID LARÊDO

Hoje, dia de São Pedro, 29 de Junho, o cônego David Larêdo completa 44 anos de ordenação sacerdotal, evento que será comemorado com uma missa às 18h30, na Igreja da Conceição, onde é pároco.

Diácono Ivanildo Cunha, Dom Milton Pereira, Pe. José Ribamar e o diácono David Larêdo

David Gonzaga  Larêdo é cametaense nascido na Vila do Carmo,  filho  caçula de José e Ana Teonila Larêdo, estudou em  Mocajuba, Belém e Recife, é sociólogo e  tem  curso em gestão escolar.  Fez  o curso  de Teologia  no seminário regional do Nordeste. Foi ordenado padre no dia 29 de junho de 1968,  na catedral de Belém por dom Milton Corrêa Pereira, cametaense, bispo da Diocese de  Garanhuns com quem trabalhou na paróquia de Lagedo e depois, em Belém, na paróquia de São Judas Tadeu, com Padre José Ribamar de Souza e posteriormente pároco da Conceição onde permanece até a presente data.

MAURO SENA E A CULTURA


MAURO VEM DO ARAPUCU

ÁREA QUILOMBOLA PRA SER

SECRETÁRIO DE CULTURA




Mauro Sena é o atual secretário de cultura de Óbidos. Nasceu na comunidade do Arapucu (dia comprido, em tupi) que existe a 350 anos e fica  às margens do lago, afluente do rio Amazonas e próximo à entrada do rio Trombetas. Mauro   Silva Sena   tem um box de vendas variadas no Mercado Municipal. É lá que se degusta os melhores mingaus. Brincalhão, Mauro se orgulha de sua afrodescendência,  sabe contar casos  de sua comunidade quilombola  e vai desenvolvendo, com sua equipe, seu trabalho a contento na secretaria de Cultura.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

ROCHA MACIÇA DE 8 TONELADAS ENTRA NA IGREJA DA CONCEIÇÃO


Altar Central


Chegaram de São Paulo 8 toneladas de rocha pura que se transformaram em altar central, ambão, pia de água benta e altar do sacrário e agora compõe o ambiente da nova Igreja de Nossa Senhora da Conceição que está sendo construida na Cidade Velha projeto do arquiteto Claudio Pastro e com a execução dos engenheiros Roberto Valente e Assis e equipe de construção sob a supervisão do administrador Frederico Mattar com a ajuda dos coordenadores da paróquia e dos diversos grupos e dos paroquianos e amigos do Cônego David Larêdo, o pároco.



Pia de água benta




OBRA DIVINA COM A AJUDA DO HUMANO




Quem olha as peças na igreja logo percebe que houve participação divina na ajuda aos cinco rapazes que atuam na paróquia porque é impossível manobrar 8 toneladas da calçada da rua Cesário Alvim até ao centro da nave colocar em seus devidos lugares, sem quebrar as peças e sem danificar o piso e nenhuma estrutura.



Altar do sacrário


Dinailson Gaia, Adriano Barbosa, Eduardo Rodrigues, Eduardo Dias, José Antonio Moreira, Isael Moraes, tomaram pra si a tarefa e a cada desafio davam um jeito intuindo as providências, desde emprestar o maquinário do Itaci (que muito colabora e recebeu agradecimento público em todas as missas, por sua disponibilidade), dono da Radiesel, até engraxar tábuas para deslize das peças, sem haver planejamento prévio, nem combinação de tempo e nem como proceder essa operação arriscada em todos o aspectos. Eles tiveram medo, sim, temerem pela segurança deles e do espaço fisico. É que o templo vem sendo construído há alguns anos com muito sacrifício e empenho de todos os paroquianos e amigos do cônego David e por isso, cada um tem um amor à obra como se sua fora.


COM DEUS E A VIRGEM DA CONCEIÇÃO


Ambão


Por isso, Ana Beltrão e Paola Resque Carvalho, da secretaria da paróquia – que participaram dessa operação especial rezando para que tudo desse certo, como efetivamente deu ,convocaram esses amigos pois o Cônego David queria agradecer a eles de maneira especial. Reuniram-se na secretaria, rezaram um salmo que evidenciava o zelo pela casa de Deus e cada um pode dizer como se sentiu ao fazer a inusitada tarefa. O Pároco agradeceu, Paola Resque Carvalho falou da importância do contributo individual e coletivo, Ana Beltrão leu os salmos, e depois de louvar a Deus e agradecer mais uma vez a presença de Deus através da intercessão da Virgem da Conceição, confraternizaram com um bolo que a foto registra.



Ana Beltrão, Eduardo Rodrigues, Eduardo Dias, Isael Moraes, Cônego David Larêdo, Adriano Barbosa, Dinailson Gaia, José Antonio Moreira, Paola Resque



Na saída, todos comentavam que toda a construção da nova Igreja da Conceição, é fruto da Providência Divina. Não há recursos, mas eles aparecem através das promoções e empenho de todos.


CAFÉ NA PORTA
E como as obras continuam, ainda faltam ser adquiridos o painel, os bancos e há muito por fechar nessa parte do acabamento, haverá, domingo, dia 01 de Julho, após as missas das 6h30 e das 8h30, o tradicional “Café da Porta”, sob o comando do Apostolado da Oração.

Quem quiser colaborar com as obras pode fazer através do Banco Itaú




Mais informações:
(91) 3222-5962
(91) 3222-6655
(91) 3215-7006
pconce@veloxmail.com


quarta-feira, 27 de junho de 2012

VARINHAS ARTÍSTICAS



No final da década de 1950 e início dos ano 60, a moda da galera  era todo mundo andar  em toda parte com essas varinhas, nas escolas, nas festinhas na casa do broto (jovem, namorada) nos clubes, nas esquinas, as varinhas faziam sucesso.


Mas, o maior charme, o local da curtição eram os colégios, onde apareciam as mais lindas, trabalhadas artisticamente. Qualquer um podia ter e produzir esse objeto de desejo,  uma espécie de fetiche, bastava ir fazendo os desenhos com uma lâmina e deixar secar um pouco no sol e pronto, podia sair esnobando  e mostrando sua criação artística. As meninas adoravam e muita gente ganhou namorada a partir da prosa com essas peças.


Você recorda? Então compartilhe sua vivência.

terça-feira, 26 de junho de 2012

ALEGRIA DAS NASSAR EM ALMOÇO DE IRMÃS


Marta, Maria Lygia e Rita Nassar




Pelo semblante dá pra perceber que elas estavam num animado encontro e numa descontração cheia de alegria e muito carinho.

Margarida e Maria Lygia

Assim se encontraram para uma confraternização junina - almoço dominical - num ambiente - a Terra do Meio - de paisagem amazônica: Maria Lygia, Margarida Maria, Marta e Rita de Cássia, todas, de origem, Nassar, entre afetos e ternuras, na boniteza da vida e na lindeza fraternal!

Margarida, Marta, Maria Lygia e Rita

WALDIR, ARTESÃO, 90 ANOS DE IDADE JÁ FÊZ QUASE 200 MIL MÁSCARAS FOBÓ

Waldir Marinho de Matos completou 90 anos dia 12 de abril de 2012. Mora na Rua dr. Picanço Diniz, número 26.


Casado com Antônia dos Santos Matos, 87 anos, 17 filhos, é funcionário público aposentado da Prefeitura de Óbidos.


Começou a fazer máscaras para o famoso carnaval de Óbidos (atualmente Carnapauxis) quando tinha 8 anos de idade e continua ativo na fábrica.



Todo dia tem encomendas avulsas, mesmo fora do carnaval os pedidos chegam. Neste  primeiro semestre, passou de uma centena  de encomendas.


Ele só precisa de barro, cimento, papelão e papel e muita, muita alegria e disposição e isso, jamais falta!


domingo, 24 de junho de 2012

CLUBE DA PURRINHA


CLUBE DA PURRINHA CENTENÁRIO FUNCIONA NO MERCADO MUNICIPAL DE ÓBIDOS – GOZAÇÃO E AMIZADE - O JOGO  É PAGO COM CAFÉ, PÃO E TAPIOCA, CUJO LIMITE É DEZ REAIS  NO CAFÉ DA LOURDES


Chegam de madrugada, a rua escura, o rio Amazonas  penetrou na cidade engravidando-a de água e interditando o livre trânsito no comércio da beira, mas não impede  o encontro matutino desses  amigos para o jogo da Purrinha, afinal, é um Clube, sem regras escritas, mas cheias de códigos e de muita gozação entre os associados.

O Clube da Purrinha de Óbidos  completou  cem anos de atividades, é uma tradição que começou com os magarefes e se mantém até hoje congregando as mais diversificadas profissões, como é o caso de Jorge Ari Ferreira , tabelião, que  chega cinco e meia da manhã e já encontra Ronaldo, fazendeiro; Fulico, barqueiro; Everaldo, marítimo, que tem  o barco/motor Rocha que faz linha (transporta passageiros); Álvaro, fazendeiro, Fernando, comerciante e muitos, muitos outros, em cada rodada há, quase sempre, uma média de vinte pessoas jogando até  às sete da manhã, quando cada um  sai pros  seus  trabalhos e negócios.


Muita gente que está ali, na verdade, acordou duas ou três da manhã, na fazendola  na várzea, pega o barco e atravessa pra cidade com as mercadorias e aproveita pra  um pequeno lazer: jogar purrinha.

Maria de Lourdes

E não se joga por dinheiro, é por diversão, quem perde paga sempre café, pão,  tapioca, no Café da Porrinha, de propriedade da Maria de Lourdes que se sente protegida por eles. São meus amigos – conta – aí de mim sem a ajuda que me proporcionam e quando tenho qualquer aperto de ordem financeira, eles me socorrem, tenho mais que tratá-los bem. Chego cedo e faço o melhor café, a tapioca mais gostosa e o pão quentinho. Aqui eu trabalho me divertindo com as gozações, piadas que rolam enquanto o jogo se sucede. No jogo, claro, há quem ganha e quem perde, sempre. Porém, existem os que não saem enquanto não ganham a partida. É o caso de seu Romualdo. Os amigos contam que ele faz tudo pra ganhar, é capaz de convidar um maluco que passa  pra jogar, só pelo prazer de sair tendo ganho a partida. Ele tem quase 90 anos de idade.

Todos estão sempre atentos, porque cochilou, dançou, a malandragem é grande.

O jogo começa – Valendo café

- Quem fala?  - Canta Romualdo

- Doze !

- Treze !

-Quero carneiro doente! Diz outro

- Nove!

Passa a loura Priante  e comenta:  vou  ganhar na mega-sena e levar ele comigo pra Itália!!A turma ri e manda ver.

-  Meia dúzia!

- Sete pau – alguém ganha e saem berros, cantam apelidos, o mercado  se agita.

Recomeça o jogo – Valendo pão.

- Quem que fala?

- Onze pau !

- Dez !

- Doze!

- Nove!

Alguém ganha, os amigos gozam. Começa nova rodada e assim sucessivamente.



Diversos homens, dentro do   Mercado Municipal, jogam à vontade. No ambiente, sai graça, gozação, berro. Eles param, descansam, vendem, compram, bebem café, sentados no mocho, em pé, com chapéu, camisa aberta ao peito, de bermuda, saem com os códigos e riem.

Mas, são unidos, fraternos, se estimam, se respeitam, não há briga, confusão, são amigos, exercitam a diversidade e riem e dizem que não perdem a brincadeira porque ela faz bem à saúde.

Pergunto: mulher não joga?

Joga, de vez em quando aparece uma. Não é proibido, porém  maioria é de homens, profissionais liberais, comerciantes, donos de talhos, pequenos fazendeiros, gente que tem na várzea, não mais que quinhentas  rezes e outros.

 Tentos - sementes compradas por Lourdes e postas à disposição dos jogadores.


De repente, um grita: aqui, quanto mais velho, mais ladrão! Todos riem e te segura que lá vem a resposta e ninguém se aborrece com as chacotas, as gozações, muito pelo contrário, se descontraem, riem e todos, todos são objetos de brincadeiras, pedem café à Lourdes que anota as contas. No final, cada um vai lá pagar o que pediu e o que perdeu. A conta não passa de dez reais, porque a filosofia é só haver a diversão e não  o vicio do jogo por dinheiro, aqui, o que vale é viver a vida com alegria, ninguém aporrinha ninguém, jogo (feito com tentos) e o Clube é da Purrinha!!!!! Contam, e a manhã de Óbidos, no final de maio de 2012, começa, o rio não vaza, a vida continua e é sempre bela!!!!!!

sábado, 23 de junho de 2012

MARTA EM LONDRES


 Maria Lygia, Marta e Salomão


Fará Londres, brevemente, a cineasta Marta Nassar - aqui, na foto com a irmã Maria Lygia e o cunhado, Salomão Larêdo - em circuito cultural. Não vou me surpreender se ela for convidada pra dirigir um longa-metragem na Inglaterra. Marta, em fase das mais criativas, tem experiência e competência, além de inteligência.

SEM USO / SEM FUNÇÃO?


Espaço bonito e ocioso à beira do rio Guamá, ao que parece, sem serventia, na cidade universitária da UFPA, em Belém. Informaram que teria sido construído para fins de liturgias ecumênicas, uma espécie de espaço do sagrado – caberia bem funcionar uma capela ali, bem equipada, com zeladoria e funções diárias, pois é local  aprazível e próprio à meditação , canto gregoriano, laudes e vésperas executadas pela escola de música da UFPA ou pelo madrigal, celebrações de missas, casamentos, sagração, salmos e outras envolvências oracionais -. Mas, os que estavam próximos, disseram que nunca viram nenhuma função religiosa sendo efetivada ali nos últimos dois anos e que o local está muito estragado, com aspecto de abandonado e que os cavacos da cobertura estão apodrecidos e há muita goteira  e que lá  tem sido abrigo de  muitos  animais (cachorros),  de  quem quer tirar uma soneca após o almoço ou outra droga qualquer. Poderia ser revitalizado e transformado num espaço de música erudita ou popular (rodas de carimbó ou samba de cacete), um redódromo ou feirinha de produtos regionais.

Qual sua opinião amigo leitor deste blog?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O MUSEU INTEGRADO DE ÓBIDOS


A ASSOCIAÇÃO CULTURAL OBIDENSE FUNDOU E MANTÉM

O MUSEU INTEGRADO DE ÓBIDOS – MIO -, FUNCIONANDO



Orgulho do obidense, o Museu Integrado tem de um tudo em sua sede. Acervo memorial que conta a história sócio-política e cultural da  cidade, os usos e costumes da população que coopera com que tem, doando  ao museu para que o painel fique sempre enriquecido com mais informações que esclarecem os primórdios.




Quem  dirige a entidade e o museu é o cartorário  Jorge Ari Ferreira e a professora Cleonice Maria Alfaia de Barros Nogueira que se dispuseram abrir o museu para que eu visse as  peças, apreciasse os trabalhos patetasse para cada objeto antigo, conservado com muita dificuldade por falta de apoio do poder público, o MIO – Museu Integrado de Óbidos, que tem sede próprio com dois auditórios e uma potente biblioteca e documenteca.

A Associação  responsável pelo Museu, precisa de museólogos e recursos humanos especializados  em trabalho nos museus para ampliar o atendimento, mas necessita, principalmente, de ajuda financeira,  do apoio de todos.




O Museu, é um empreendimento importante e bem demonstra o amor do obidense por suas coisas. E, claro, há sugestões para anemizar a situação, por exemplo, colocar a professora Cleonice, funcionária pública à disposição da Associação para poder encaminhar o muito que há por fazer. Incrementar a área à venda de comidas típicas. Ampliar mais a participação no bloco “Xupa Osso”, que dá um bom suporte financeiro ao Museu, implementar o festival de Jaraqui, reunir os amigos do Museu, entre os quais, pedi aos  amigos Jorge e Cleonice que me incluam, e, outras ações, o importante é não deixar o Museu fenecer.





Chamo a atenção do leitor para o equipamento de projeção de filmes, uma verdadeira relíquia do mundo cinematográfico, a mostra de  máquinas elétricas e objetos eletrônicos e sua evolução, fotos e fatos da história, objetos do cotidiano popular ribeirinho.



Um oratório e outros bonitos trabalhos – inclusive uma via-sacra – que pertenciam à antiga catedral e que foram descartados e a turma do museu juntou do lixo da  rua onde foi jogado  e preserva com muito carinho e cuidado .



De tudo isso, o melhor, é a consciência que obidense teve e tem da memória de seu lugar e que deve ser preservado a qualquer custo e que os dois atuais dirigentes, o Jorge Ferreira e a Cleonice são ardorosos defensores, curadores e cuidadores desse patrimônio material e imaterial do povo da Amazônia, do Pará e de Óbidos.



Os museus do interior: Cametá, Óbidos, Santarém, Gurupá, Marabá deveriam merecer dos governos municipais, da câmara de vereadores – que deveria ser zelosa com as coisas do povo, por ter a representação dele em sua essência  popular  , do governo do  Estado que tem inclusive na Secult, um órgão denominado SIM – Sistema Integrado de Museus, atenção, para não apenas justificar a sigla, mas efetivamente ajudar na manutenção e preservação de patrimônios tão significativos  da sociedade amazônica. 

FOMOS OBSERVADOS


O observatório do livro e da leitura já sabe e postou na notícia, publicada neste blog no dia 06 de junho, que chegou aos ouvido do diretor da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, que se empolgou coma ideia e assim noticiou ao Brasil inteiro:

"Hospedado no hotel Sandis, o escritor Salomão Larêdo sugeriu que houvesse livros também, ao lado dos filmes, que estavam disponíveis ao hóspedes, numa estante. A ideia deu certo e desde então o autor não perde tempo: onde se hospeda, dá a dica da biblioteca para clientes."


quinta-feira, 21 de junho de 2012

LIVROS DE PANO


Na biblioteca municipal de Altamira estão expostos os livros de pano com a produção de textos para crianças, resultado das oficinas de produção textual. O projeto – Escrevendo para as criança de Altamira -  é liderado pela escritora Sonia Portugal e  tem sido o maior sucesso. Agora no segundo semestre o projeto prossegue nos municípios de Brasil Novo, Vitória do Xingu e Medicilândia.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

ENEIDA, SEMPRE LIVRE NA FOX

 Prof. dr. José Guilherme de Oliveira Castro e a filha Milena.
Enorme sucesso o 6º Bate-Papo sobre Literatura Paraense, neste dia 20, no auditório da Livraria da Fox, em Batista Campos e o tema: simplesmente, ENEIDA.

E quem pontificou lá foi o prof. dr. José Guilherme de Oliveira Castro, doutor em teoria literária e escritor e professor da UFPA e da Unama, cuja dissertação de mestrado foi sobre a nossa pujante escritora Eneida de Moraes e quando um “valor mais alto se alevanta”, passamos a palavra e a ação pra ele que, com riqueza de detalhes e muito conhecimento, falou carinhosa e literariamente sobre a nossa querida Eneida de Moraes. Lemos a crônica Banho de Cheiro, porque o ambiente junino do auditório foi preparado com bandeirinhas e alguidar de cheiro-cheiroso, música junina e a alegria contagiante do auditório.


Prof. Guilherme falou também de seu livro “Coisas da Vida”, de crônicas e sua filha, a arquiteta Milena Castro, deu um show também sobre Eneida de Moraes, explicando o trabalho que desenvolve no campo da moda aproveitando os textos de Eneida e envolvendo a literatura e a cultura paraense.


Salomão, Milena, Guilherme e Ivone

A dra Ivone Castro, mulher do prof. Guilherme, enfermeira, mostrou a alegria da família encharcada com o lirismo enediano e Deborah nos agradecimentos sublinhou a honra da presença de ilustres figuras (funcionários, todos e os visitantes) no Bate-Papo e assegurou que a atividade vai continuar no segundo-semestre.

Munguzá, bolo de milho e inúmeras iguarias fizeram o congraçamento do compadrio na fogueira imaginária que encerrou com a cantiga pra Eneida sempre viva, sempre livre e sempre amor! 



O escritor Salomão Larêdo, coordenador das atividades, no encerramento, agradeceu a presença de todos, especialmente de seu colega escritor Guilherme Castro e família, frisou a importância do trabalho que visa valorizar a Literatura Paraense, o autor local e sua produção, valorizando a cultura amazônica, a fala paraense, o sotaque caboclo, o livro, a leitura que faz pensar e o leitor crítico, sua bandeira de trabalho e de luta há muitos anos.




GILDO, SECRETÁRIO DE CULTURA DE ALTAMIRA


"Não gosto de aparecer. Trabalho fora de cena para que tudo aconteça bem". É assim que Gildo Rabelo Normandes, titular da Secretaria de Cultura de Altamira se sente bem, trabalha e muito, para que tudo tenha muito êxito. Assim esteve presente no Circuito Literário, no Jirau da Literatura e no festival folclórico de Altamira, comparece às avaliações e está sempre contente, tranquilo. Procedeu por estes dias a abertura da temporada de verão em Altamira e já está atento ao festival de música.

Gildo Normandes conta que a prefeitura de Altamira disponibilizou, neste 2012, de quase 90 mil distribuídos entre 9 grupos folclóricos e dispensou, para poder viabilizar o festival, as taxas, pagou serviço de som, ofereceu abadás, camisetas, gráfica, mídia e doou à AGFAL – Associação dos Grupos Folclóricos de Altamira, a bilheteria e a venda de comida e bebida dentro do ginásio de esporte, nos três dias de atividade, tudo como apoio e incentivo. Não dá pra fazer mais, porque temos muitas demandas, mas, tudo que é possível, fazemos, afinal, é a população quem usufrui dessas atividades culturais e elas são muito importantes, pra todos.