Na manhã do dia 06 de
outubro de 2011 encontrei seu Manoel Raimundo Martins da Luz, em sua barbearia
à rua dr. Malcher, 234, Cidade Velha, Belém – Pará.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Jogo Cultural 3
Em homenagem ao dia da
Mulher – 8 de março
Pra concorrer e ganhar
um exemplar do livro “Lamina
Mea - Suzama Matriz ou Mulher Não chora”
você tem que responder certinho como se grafa corretamente o nome completo da escritora paraense Eneyda
de Morais. Claro, haverá sorteio entre
os que acertarem a grafia certa e o nome correto. Respostas para: slaredo@amazon.com.br
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
GUAMÁ GUAMARES
Para receber o pessoal, um painel feito pelo artista plástico e músico paraense Edilberto Barreiros, tendo
como suporte, papel jornal, foi colocado na asa norte do mercado de São
Brás - embocadura do Guamá - onde
aconteceu o lançamento do livro GUAMARES,
romance urbano, onde pontificam personagens, mitos e lendas que passeiam
pela Condor, Jurunas, Cremação e Terra Firme.
PALESTRAS
A cada dia crescem os convites, muitos e muitos pra bate-papo sobre
literatura local, palestras em escolas a respeito da formação do leitor crítico, colóquio sobre política do livro e leitura,
debate sobre educação e cultura, seminário sobre biblioteca e acervo
escolar e graças a Deus, tenho
atendido a todos, seja em Belém, grande Belém ou em localidades mais distantes. Qualquer contato deve ser feito pelo e-mail:
slaredo@amazon.com.br
sábado, 25 de fevereiro de 2012
NOVIDADES III
1-
Para quem perguntou, trabalho todo dia e
de forma disciplinada: leio, pesquiso, escrevo e ainda faço as fotos. Quer
saber mais sobre minha vida de escritor? Acesse o blog: www.slaredo.blogspot.com .
2-
A
qualquer hora chega nas livrarias o livro “O
meu dicionário de cousas da Amazônia”,
do grande escritor paraense Raimundo Moraes, que está sendo editado pela
gráfica do Senado Federal. Raimundo Moraes, que publicou 17 importantes obras,
faleceu em 1940. Falei da vida e da obra desse importante autor paraense, em
minha dissertação de mestrado, na UFPA, que está publicada no site da
Biblioteca Central. Leia!
3- Acrísio Motta , Raimundo Moraes, Lindanor
Celina, Vilhena Alves, Bertoldo Nunes, são escritores paraenses dos mais
importantes.
Procure ler suas obras
que estação disponíveis na Biblioteca Pública Arthur Vianna, no Centur.
4-
Abraço maparauara do Salomão Larêdo
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
NOVIDADES II
- O livro TERRA DOS ROMUALDOS, PAÍS DOS MAPARÁS, cuira pra seguir à gráfica. Falta só um empurrãozinho de quem patrocine. A obra tem mais de 800 páginas de material etnográfico sobre a região do Baixo-Tocantins.
- Já escaneamos muitas fotos que serão utilizadas no livro sobre o “VI Congresso Eucarístico, em 1953”. A entrevista com o antropólogo Samuel Sá, está uma beleza e será impactante.
- Minha viagem a Gurupá, em janeiro deste ano, rendeu um livreto de quase 80 páginas: MARIOCAI É SÃO BENEDITO DE GURUPÁ – LUGAR DE CANOAS. O texto entra agora na fase de revisão.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
FORMANDO LEITORES
Clique na imagem
Começou no sábado, dia 18, a experiência de fazer no
Horto Municipal – Rua dos Mundurucus – as manhãs de contação de histórias,
promoção do setor infanto-juvenil da Livraria da Fox, dirigido pela
entusiasmada psicóloga Luana Miranda Rodrigues e equipe e deu muito certo: não
choveu, veio bastante criança e o espaço tem tudo a ver com esse tipo de
atividade que deve ser implementada por todos que querem transformar esta Belém
numa cidade de leitores, investindo seriamente em Educação e Cultura
que passa pelo livro, leitura e biblioteca. Estive lá, com Maria Lygia e
Deborah Miranda, prestigiando e fiz esta foto que você, leitor, aprecia aqui
neste espaço aberto.
RETÁBULO – COOPERE
A Paróquia da Conceição já
encomendou o retábulo.
Na foto você vê o espaço onde ficará o retábulo.
Na igreja da Conceição, o
arquiteto sacro Cláudio Pastro pensou e
incluiu também elementos da nossa cultura, como
o muiraquitã.
O valor é alto e você, se quiser, pode ajudar a pagar. Veja como:
Clique na imagem para ampliar
Mais informações: (91) 3222-5962
(91) 3222-6655
(91) 3222-6655
(91) 3215-7006
A LENDÁRIA CONDOR
Clique na imagem
Deseja obter mais informações
do Bar da Condor?
Leia o livro Palácio
dos Bares que está à venda na Livraria da Fox.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
NOVIDADES
1-
Estou concluindo a pesquisa sobre a memória do “VI Congresso Eucarístico“ em Belém, em
1953. Temos muito material.
Clique na imagem
2-
Chegando nos finalmente o romance no romance GALO TESO, aguardando patrocínio para
chegar na mão do leitor.
3-
Pesquisa e redação intensas para o romance policial
O
CRIME DA CASA 6 que escrevo sobre o
assassinato de Izabel Tejada, na antiga Zona do Meretrício, na Riachuelo, centro da boemia de
Belém , lá onde fica o Teatro Cuira, dos amigos Edyr Augusto Proença e Zê
Charone envolvendo o galã RED LUCIER, em 1942. Aguardem.
Clique na imagem
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
CARNAVAL CAMETAENSE
Ferve o carnaval em Cametá que incrementa as marchinhas dos velhos carnavais.
Quem não deixa a tradição morrer é o ex-prefeito Alberto Mocbel, também poeta que gravou um cd com a Fornada 2012 contendo músicas inéditas e sucesso dos velhos carnavais.
"Praga de Urubu" e "Clarins " são muito solicitadas e os intépretes , se revesam: Zé Elias, Viviane, Cleide, João Almeida e Drica.
Com esta Fornada, Mocbel homenageia os maestros cametaenses Cupijó e Gabriel.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
AGUARDE O 3º ENCONTRO DA LITERATURA DO PARÁ
Vamos fazer mais bate-papo sobre
a produção literária do Pará. Em março, o 3º encontro já está agendado pela
direção da Livraria (Deborah e Jose) da Fox.
Neste segundo, os funcionários vieram, animados e - se animaram mais
quando lemos os poemas de Bruno de Menezes de seu livro Batuque e as quadras do Pinajé contidas no livro Belém, Belém, do escritor Alfredo
Oliveira -, mesmo sob chuva que começou na madrugada e rompeu o dia 15 e só deu trégua depois
do meio-dia. A novidade boa: o
encontro está aberto a quem desejar, a entrada é grátis e depois tem uma café
com bolo, no jeito. Topas? Uma
das abordagens do próximo Bate-Papo, a produção da escritora parauara, Eneida
de Moraes, grande cronista.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
BATE-PAPO SOBRE LITERATURA NA LIVRARIA DA FOX
Amanhã, dia
15 de fevereiro de 2012, estarei na Livraria da Fox em um bate-papo sobre a
produção literária dos autores locais.
O primeiro
bate-papo ocorreu em janeiro, apenas para os funcionários da FOX. E devido o
sucesso terá continuidade, agora ABERTO AO PÚBLICO interessado na Literatura
Paraense. Aguardo você!
Dr. Moraes, entre Mundurucus e Conselheiro - Batista Campos.
Quer saber
como foi a primeira rodada do bate-papo?
Leia no blog:
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
MARCAS D'ÁGUA
Suspira, palpita meu coração!
Desejo palavras românticas
Amo você e você não percebe
Teimosa passo novamente
você onversa com os seus colegas
Não me vê?"
Choro.
(de um diário achado no saco de lixo, a folha amarrotada)
Trecho do livro "MARCAS D'ÁGUA" página 54.
Autor: Salomão Larêdo
________________________________
Você encontra na Livraria da FOX da Dr. Moraes, Batista Campos.
QUE RIO É ESTE AMAZONAS¿
Manoel Pimentel – , revelando-se poeta, neste poema, revela o dilema : que rio é este ?
Que grande rio é este?
Que corta florestas
Que corre lentamente
Com rumo certo
Sem pressa
Já dizia o poeta
“esse rio é minha rua”
Rua que navego
Rua que mergulho
Rua que conta histórias
Rua da iara
Rua da Norato
Rua do boto
Do ribeirinho
Minha rua
Que rio é este
Sinônimo de esplendor
Onde o sol se banha ao entardecer
E faz em nós
Refrescar nosso pranto
Que rio é este
De histórias de navegantes
Ingleses, holandês e portugueses
De caravelas
De conquistas e reconquistas
Que rio é este
De histórias bem contadas
Que transpassa nações
Territórios e culturas
E outras mais...
Que começa tímido
Como um pingo d’água
E termina exuberante
Com grilhões de água
Que rio é este
De fantásticas histórias
De bravos povos
Mas que pede socorro
E grita em desespero
Grita àqueles
Que insensíveis de alma
O matam aos poucos
Como a congentitude patológica
Que consume seus órgãos sem cesar
Que rio é este
Que comunga
Das mesmas dores dos povos da floresta
Que massacrados são
Pelos cruéis “benfeitores” do progresso
Este diz um pescador
É meu rio
Onde nasci, cresci
Mas não sei se aqui morrerei
Pois o destino é incerto
É o rio amazonas
De tantas dores
Riquezas e belezas
Que desperta nos de fora
Sentimentos de propriedade
Enquanto em nós
Lamento dizer:
Sentimentos de cordialidade
Autor do poema: Manoel Pimentel
Cursante de pedagogia UFRA -GURUPÁ
Que grande rio é este?
Que corta florestas
Que corre lentamente
Com rumo certo
Sem pressa
Já dizia o poeta
“esse rio é minha rua”
Rua que navego
Rua que mergulho
Rua que conta histórias
Rua da iara
Rua da Norato
Rua do boto
Do ribeirinho
Minha rua
Que rio é este
Sinônimo de esplendor
Onde o sol se banha ao entardecer
E faz em nós
Refrescar nosso pranto
Que rio é este
De histórias de navegantes
Ingleses, holandês e portugueses
De caravelas
De conquistas e reconquistas
Que rio é este
De histórias bem contadas
Que transpassa nações
Territórios e culturas
E outras mais...
Que começa tímido
Como um pingo d’água
E termina exuberante
Com grilhões de água
Que rio é este
De fantásticas histórias
De bravos povos
Mas que pede socorro
E grita em desespero
Grita àqueles
Que insensíveis de alma
O matam aos poucos
Como a congentitude patológica
Que consume seus órgãos sem cesar
Que rio é este
Que comunga
Das mesmas dores dos povos da floresta
Que massacrados são
Pelos cruéis “benfeitores” do progresso
Este diz um pescador
É meu rio
Onde nasci, cresci
Mas não sei se aqui morrerei
Pois o destino é incerto
É o rio amazonas
De tantas dores
Riquezas e belezas
Que desperta nos de fora
Sentimentos de propriedade
Enquanto em nós
Lamento dizer:
Sentimentos de cordialidade
Autor do poema: Manoel Pimentel
Cursante de pedagogia UFRA -GURUPÁ
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
A NOVA IGREJA DA CONCEIÇÃO ESTÁ TOMANDO FORMA
Veja como toma forma a nova igreja da Conceição, na Cidade Velha, a única, em Belém, de telhado ecológico e de torre que guia o nauta caboco.
O pároco, cônego David Larêdo promete entregá-la dia 29 de dezembro deste ano e já abriu as portas da nave central que você pode apreciar nesta sequência de fotos em três tempos, feitas, sábado, dia 4 de fevereiro de 2012, logo, recentíssimas:
1ª foto, a foto mostra aspecto da parte lateral da igreja, aparecendo também o batistério.
2ª foto mostra os fiéis, aguardando a hora da missa das 18h30.
3ª foto mostra o Monsenhor Nelson Soares,90 anos de idade, em meditação, preparando-se para a celebração Eucarística.
A nova Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em construção com a efetiva e decidida ajuda dos paroquianos e dos amigos do Cônego David Larêdo é um projeto do arquiteto sacro Cláudio Pastro com engenharia de Roberto Valente e sua equipe e a participação de inúmeros e abnegados grupos de ação na construção , tem ainda um batistério com piscina e muitas novidades num prédio simples, moderno, elegante e de muito bom gosto.
Mas, faltam muitos acabamentos.
__________________________________
Quem quiser cooperar para que a igreja fique pronta, deve ligar para o stand da construção e falar com o Adriano pelo telefone: 3222-5962.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
“PINCEL” O RESTAURADOR DE GURUPÁ
João Rosildo Louchardo[1], conhecido em Gurupá pelo apelido de “Pincel”, nasceu no distrito do Mosqueiro, em Belém, mas tem descendência francesa: os avós são franceses. Para sobreviver, conseguiu emprego de motorista na prefeitura, “consertava coisas e pintava paisagem nos azulejos, trabalhando na Fábrica Bitar, de José Rachid Bitar, no Mosqueiro”.
Namorou e casou e veio morar em Gurupá. Tem oito filhos e é artesão que trabalha com mututi, fazendo barcos, em miniatura, que vende durante os dias do arraial de São Benedito.
Num certo dia, o padre Julio[2] mandou chamá-lo e disse que uma goteira fragilizou a imagem do padroeiro de Gurupá, Santo Antonio, que caiu do local e quebrou.
- Você acha que pode consertar?
- Padre, vou tentar. O senhor mande deixar em casa.
Assim foi feito. E João passava horas olhando aquele estrago na sala de sua casa e pensava uma maneira de recuperar, quando o padre lá retornou e disse que uma pessoa faria o serviço em Belém e levou o material.
Tempos depois a imagem retornou. Passado uns dias o padre pede que João Rosildo vá até a casa paroquial e informa que a recuperação não fora feita, ninguém quis e nem soube fazer e a situação permanecia a mesma.
- Você pode consertar?
- Padre, digo-lhe o mesmo da vez anterior: vou tentar. Mande deixar lá em casa que verei que jeito dou.
Não demorou muito, pois João, já sabia como fazer a recuperação.
A imagem do santo padroeiro de Gurupá tem armação de arame revestido com pano, emassado com massa comum e pintado. João procedeu o restauro, colocando também uma espécie de fasquio, de pinho, para fazer a sustentação. Quando padre Júlio foi ver, na casa de João, a imagem, quase morre de susto: estava perfeito, uma beleza!.
Altar com a imagem, do Santo Antonio, restaurada.
O padre combinou que a imagem sairia dali da casa de João, em procissão que rodou as principais ruas da cidade, com muitos fogos, cantos, reza de agradecimentos e foi colocado novamente no seu nicho no altar principal onde fica o santo padroeiro.
João contou que o padre Júlio remunerou bem o serviço de restauro que João provou ter competência ante a desconfiança do padre que levou a imagem a Belém e teve que pedir desculpas ao artista, solicitando fizesse o serviço que ficou a contento.
Estimulado, João passou a fazer imagens de santos, de mututi, notadamente, de São Benedito e vendeu as cinco que produziu, no primeiro ano. Agora, atende por encomenda e tem a ajuda de sua filha Benedita do Socorro Luchardo Ferreira, que encarna [3] as imagens.
____________________________________________
[1] Não há parentesco com o cinegrafista Líbero Louchard, que não era paraense.
[2] Padre Giulio Luppi , italiano, pároco de Gurupá, desde 1972( a paróquia foi criada em 1693), ou seja 40 anos nessa função, prelazia do Xingu.
[3] Pintar.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
EDUCAÇÃO É EVOLUÇÃO CABANA
Professores das várias universidades
federais, com mestrado e doutorado, estão se entranhando na Amazônia, cruzando
céus, rios, furos, várzeas, igarapés, campos, cidades, para encontrar
professores-alunos e procurar repassar-lhes conhecimentos que possibilitem ter,
dentro de alguns anos, o ansiado (e hoje obrigatório para que possamos, um dia sonhar em atingir
a ambiciosa conquista da universalização
do ensino superior) curso superior
necessário a quem exerce o magistério, notadamente no ensino infantil e na educação básica e fundamental e que deve ter a
consciência e a responsabilidade de, no mínimo, inocular, no outro, o vírus da leitura, do saber, do ser cidadão cultural,
político, cidadão da (e com) educação
que transforma e dá chance de cada um ajudar no processo de
desenvolvimento da comunidade e de todo o tecido e morfologia social
É uma nova revolução sócio-política que
se agrega à nossa contínua e nunca conclusa Cabanagem, a do saber, da instrução
à um novo momento da sociedade amazônica.
Os professores das universidades, enfrentando,
também as intempéries da floresta, deparam-se com a realidade amazônica que
leram ou souberam, no viés da teoria pelos mestres que os antecederam na missão
de fazer educação na região amazônica. Com essa prática, o professor
universitário sente na pele as agruras do povo, a carência de infra-estrutura,
de pequenos equipamentos urbanos e educacionais necessários à uma vida digna.
Os professores das universidades, nessa
jornada pelo interior do Pará através do programa de formação de professores –
Parfor-, dão de cara com as necessidades básicas da gente parauara, carente de
hospitais, de escolas, de bibliotecas, de livros e de quem possa traduzir o
imenso cabedal de conhecimento empírico que portam e não são aproveitados na escola
numa educação que aproveite língua e
linguagem, literatura e linguística, o que praticam culturalmente: a
fala, o sotaque, o costume, o folclore, as cores com as quais pintam suas casas
e seus objetos: cascos, remos; o material com que fazem o matapi, o abano, a
cadeira, o beiju, as relações sociais e de
sumanaria através do afeto e do
carinho de que todos nós somos e estamos
carentes nesta globalização pós moderna ou de vida líquida como apontam sociologias e filosofias
contemporâneas.
Percebi, nas andanças deste apostolado e
missão que docentes e discentes do nosso vasto interior permanecem usando material didático-pedagógico que vem de fora de sua realidade, que não fala
de sua cultura; que não diz de seu
costume; que não mostra o rosto antropológico
de sua gente. Docentes e discentes do interior permanecem presos a uma grade
curricular que não expressa suas necessidades e anseios numa escola da qual não
querem mais frequentar por que absolesceu, caiu de podre.
Esse povo deseja educação libertadora
inclusive das metodologias e práticas avaliativas, docentes e discentes desejam
e precisam ir a campo para entender a história dos ancestrais, sentir de perto
como se constrói uma canoa, como se esculpe um santo de altar, como tecer paneiro
de meio alqueire, como retelhar casa,
como curar entorse, calafetar barco, como
tirar madeira, mandar pra longe quebranto de criança, como fazer peixe
moqueado, no espeto. É necessário aproveitar saber e cultura do povo para
introjetar os conteúdos necessários ao desenvolvimento da comunidade, ensinar a
fazer política partidária e sair da mesmice de um conteúdo distante, de outra
realidade que professores e alunos não vivem, não compartilham.
Alunos e professores merecem e precisam
de mestres que os ajudem a pensar através das várias leituras de que dispõe a
comunidade, utilizando o lendário e o imaginário da rica região amazônica de
povo pobre e carente de políticas governamentais que contemple assistência
básica (escolas de qualidade, acesso aos bens culturais, hospitais, saneamento,
estradas e etc) sonegadas
sub-repticiamente por falsos
agentes da política-partidária que tem se
mostrado sempre cruel com a comunidade,
talvez por conta do sistema capitalista
selvagem que o fórum econômico mundial, formado pelos “donos do mundo”, os
ricos, tenha acordado para o monstro da ganância e do lucro fácil que se nutre da desigualdade do
povo pobre pra favorecer os mais ricos,
principalmente os de países em busca do desenvolvimento, como é o caso do
Brasil e possamos ter um sistema econômico (e democrático) que produza riqueza e bem-estar para todos,
aqui, incluso, o professore, pois não podemos entender, na mixórdia da
desigualdade, desembargador receber 40
mil de salário mensal e o professor, a
migalha de menos de um salário
mínimo, ou seja, menos de 700 reais (brutos) às suas necessidades, inclusive aquisição de
livros e revistas para manter-se
minimamente informado e atualizado, isso para não comparar o que auferem
mensalmente jogador de futebol,
parlamentar, funcionários dos parlamentos e similares e outros. Tudo porque é o
professor, o responsável pela formação do cidadão. Entenda-se essa contradição
quando se propala que se investe em
educação e se a quer, de qualidade.
Como?
Querem os professores das várias
instituições de ensino mergulhados nessa jornada , a prática docente diferente
daquela que exclui, reprova e faz com que o aluno seja sempre
refém da triste estatística da evasão da escola pública ou privada (mesmice
arquitetônica enquanto espaço físico de mau-gosto que não atrai ninguém para o
seu interior) seja de que rede for, cujos equipamentos nunca funcionam porque alguém retirou peça fundamental, as
carteiras são anatomicamente
desconfortáveis, a iluminação é
precária, calor insuportável, merenda mal preparada, não há espaço verde de lazer, nem biblioteca com bom e atualizado acervo.
Ninguém quer mais o ambiente refletindo gestores e técnicos
angustiados com uma burocracia que os deixa estressados, arrogantes, grosseiros, mal
remunerados, mal vestidos, mal cheirosos , mal amados numa convivência insuportável, todos carentes de atenção, de
carinho, do afeto que dê suporte a uma boa administração que contemple conviver com a diversidade, compartilhar problemas e
soluções, que haja espaço para o elogio,
que elimine a violência e propicie clima
de amor e paz que neutraliza tudo que impeça a prática do ensino motivado,
animador, otimizado .
Todos lutam para não se retomar e retornar ao ambiente escolar do qual se tem repulsa
por ser ruim, nunca ter ensinado e nunca
ter educado porque a prática foi amoral, anti-ética, ensejou corrupção
e sonegação dos valores, da leitura, das boas maneiras, do respeito e da
estima, serviu de espelho cujo
exemplo deformou milhares que enchem os
ambientes prisionais porque a escola não cumpriu seu papel e o gestor não soube
administrar os recursos humanos, materiais e financeiros, inobstante todo
preconceito dos dirigentes dos órgãos
responsáveis pela educação , os ínfimos recursos e a imposição
de projetos sem pensar ou levar em consideração a enorme diversidade cultural, sócio-econômica , financeira e geopolítica
deste país continental.
Só a região Amazônia contempla diversas
políticas educacionais. O Pará, imenso, mereceria e deveria ter, se se pensasse
e praticasse - com recursos bem aplicados através de fiscalização eficiente - a educação como um
processo de desenvolvimento e libertação dos povos, pelo menos, seis áreas (tocantina,
marajoara, tapajônica, bragantina, marabaense, xinguense) onde as
práticas pedagógicas e o material
didático tinham que ser diferentes uns dos outros, para que o resultado se
mostrasse eficiente e eficaz, e não é
assim, não por falta de gente com capacidade,
porque isso, graças a Deus, temos e muitos bom gestores, técnicos, educadores, docentes, teóricos, e, sim ,por vontade política.
Por tudo isso, sou dos que crê e confia, tem esperança de que, praticando a pedagogia do desejo do conhecimento e do saber mais, o discente, no futuro, dirá, qual o profeta Isaías: “seduziste-me, Senhor e eu me deixei seduzir”. Sim, porque o professor universitário, exercitando a pedagogia criativa e inovadora, motivará o discente a aderir e fazer a sua parte no processo e venha a dizer de forma consciente de que se deixou seduzir por conhecimento útil à sua vida e que o promove como ser humano que também precisa, quer e merece, como todos, ser feliz, viver numa sociedade mais humana, mais igualitária e mais fraterna, por que mais justa e mais feliz!!!
VISITA
A professora Izete Corrêa e o arquiteto
e publicitário Moisés Oliveira estiveram em nossa casa para agradecer minha presença na Escola Leonor Nogueira em
16-12-2011, por ocasião do 1º Festival Literário dessa escola e aproveitaram
para entregar-me os inúmeros e bonitos trabalhos das crianças – mapas e cartazes,
eleborados a partir, da leitura que fizeram de meus livros, sobretudo, aquele
que foi objeto de pesquisa, o “Moju Moju
Meu Amor”, cujo desenho feito por Jeniffer
Ilian e Anelice, o leitor pode apreciar aqui.
As foto registra essa visita, com Maria Lygia, minha mulher, presente.
As foto registra essa visita, com Maria Lygia, minha mulher, presente.
LITERATURA PARÁ
Fevereiro – Tempo de carnaval.
Leia! Quarta-feira de cinzas. Leia! Leia muito, leia sempre. Valorize o que é
seu: conheça os livros dos autores locais.
LANÇAMENTOS
O Chapéu do Boto e o Bicho Folharal, livro do trovador
paraense, de Afuá, Juracy Siqueira, dia 01, às 19h, no Instituto de
Artes do Pará, ao lado da Basílica de Nazaré.
Anani, a árvore que chora, livro do
escritor paraense Andersen
Medeiros, dia 02, às 18h30.Ilustrações:
J.Bosco.
DESTAQUE
O auto do Siri abençoado - Do lendário de Nossa Senhora de Nazaré na
Amazônia - Mais um importante trabalho de autoria do escritor paraense e poeta,
natural da Vigia de Nazaré, José Ildone Favacho Soeiro, lançado recentemente
com um conteúdo dos mais curiosos sobre o lendário da padroeira da querida
Vigia de Nazaré . É o poeta Ildone quem diz: “Antiga lenda do cais da Vigia de
Nazaré passa oralmente, de geração a geração. A ela agreguei outras, neste
recontado de traçado humano”. Ilustrações
do artista plástico e gráfico vigiense Wilker Silva.
LITERATURA PARÁ - Devido ao enorme
sucesso pelo vivo interesse e intensa participação, vai prosseguir o ciclo de bate-papo sobre a produção dos autores locais, que
começou dia 25 de janeiro e a sequência
é este mês de fevereiro em data que será
divulgada. A inciativa é de Deborah Miranda, diretora da Livraria da Fox, a
primeira, em Belém, que se preocupa em proporcionar formação continuada
a seus funcionários, a respeito dos
autores locais e suas obras pelo menos,
que eu tenha conhecimento. Local: auditório da livraria.
NOVIDADES
1-O pesquisador paraense Vicente Salles entregou à direção da
gráfica da Universidade Federal do Pará os originais do primeiro volume do seu
livro “Traços e Troças”, com a
memória do humor paraense.
2-O jornalista paraense Gilberto
Danin já está presidindo a Academia Paraense de Jornalismo.
3-O poeta paraense José Ildone está concluindo "Melo Palheta e o rei negro" – história
do café, em quadrinhos, para lançar, brevemente.
RECEBI:
O Rei de Quase Tudo - livro
para público de 8 a 80 anos. Autor: Eliardo
França, escritor mineiro agora editado pela Global e que também faz as
ilustrações desse clássico da literatura infantil.
BIBLIOTECAS
1–Aumentará, brevemente, o acervo da biblioteca Municipal de Gurupá, denominada “José do Patrocínio”, que fica às margens do
Rio Amazonas ,funciona das 8 às 20 horas, sem interrupção.
2–A Biblioteca Municipal de Tailândia está funcionando no horário comercial, inclusive com móveis
novos: cadeiras , mesas e estantes.
O ambiente refrigerado é conforto que estimula a leitura.
3–A Biblioteca Municipal de Tucuruí, denominada “Bruno de Menezes”, está precisando de novos livros e novas cadeiras ao seu espaço que tem setor destinado às obras do Pará.
4–Melhorou muito a climatização
ambiental da Biblioteca Central
da Universidade Federal do Pará, denominada “Prof. Clodoaldo Beckmann”, uma das
mais completas do Pará, em termos de acervo, espaço e equipamentos.
LEITURA RECOMENDADA
1–Visagens e Assombrações de Belém, do escritor
paraense Walcyr Monteiro, autor de inúmeras obras nessa linha de pesquisa.Walcyr prossegue o levantamento, mapeando quase todo
o estado do Pará, numa beleza de trabalho.
2–Antologia
do novo conto amazonense, organizado
pelo escritor Artur Engrácio, 2ª.ed.,
coordenação do escritor Tenório Teles.
3–Memórias, oralidade, danças, cantorias e rituais em um povoado
amazônico, obra da escritora paraense, de Cametá, Benedita Celeste de
Moraes Pinto.
LER É O MAIOR ESPETÁCULO DA VIDA
!!!
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